Quer dizer, Merkel decide como é, como tem que ser, mas a decisão é do governo português, que ela apoiará sem reservas… Como vai bonito este jogo de faz de conta!
Eliminados fisicamente todos os adversários, Putin foi a votos. Voltou a ganhar com os habituais 90%!
Longe vão os tempos em que tinha de alternar com o fantoche Medvedev... Isso foi até dar a volta à Constituição, agora já nem precisa de entreposta pessoa para se eternizar no poder ... "por vontade do povo". Que no entanto protesta... Na Rússia, sendo preso. E um pouco por todo o mundo, sem esse risco imediato, à porta das embaixadas russas...
Neste mandato Putin baterá o recorde de Estaline - que governou 29 anos - e tornar-se-á no líder russo que mais tempo permaneceu no poder. Provavelmente também o mais temível. E o menos escrupuloso!
Segundo umEstudo de Opiniãopromovido pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa e realizado pela Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica, a bandeira nacional, com 43% das referências, e Fátima, com 37% são, para os portugueses, os principais símbolos nacionais.
A bandeira é um símbolo por excelência e a mais universal das referências nacionais. Mas Fátima?
Por amor de Deus! Mas não deixa de ser simbólico...
O Benfica surgiu hoje em Rio Maior no seu jeito, com o seu futebol que não entusiasma os adeptos, nem massacra o adversário. O efeito Kokçu notou-se logo na constituição do onze inicial, com Neres a pagar a factura. Saiu da equipa, daquela que vinha sendo dada como, finalmente, o onze base de Schmidt, para lá entrar - evidentemente - João Mário. A mensagem é simples, e fácil de perceber!
Com João Mário na ala esquerda - ainda por cima onde rende menos -, e Di Maria com lugar cativo na direita, e ambos com tendência a vir para dentro, o jogo do Benfica afunilou sempre, como é habitual. Se a tarefa do Casa Pia era defender, assim, tornava-se mais fácil. Com essa tarefa facilitada, e como o Benfica resolveu dar a primeira parte de avanço, o Casa Pia teve até oportunidade de querer mais qualquer coisa do jogo.
O Benfica acumulava posse de bola e pontapés de canto. Pouco mais. O mais perto que esteve do golo foi quando João Neves cabeceou a bola para dentro da baliza, que o árbitro anulou, por fora de jogo.
O intervalo não mudou nada. O Benfica voltou com os mesmos 11 jogadores, como quem acredita que fazendo as mesmas coisas, e da mesma maneira, seja possível atingir resultados diferentes. Foi preciso mais um quarto de hora para mudar alguma coisa, com a entrada de Arthur Cabral para o lugar Marcos Leonardo (é cada vez mais difícil encontrar-lhe atributos para ponta de lança fixo: não consegue jogar de costas para a baliza, nem tem o que se chama de faro de golo) e de Neres para o de ... Florentino. Que não foi muito apreciada pelas bancadas, maioritariamente benfiquistas, como sempre. Mas que nas circunstâncias do efeito Kokçu se compreende: Florentino tinha sido amarelado no final da primeira parte, e João Mário passaria a formar a dupla do meio campo com João Neves, para o que está mais talhado. E na verdade não correu mal.
Neres dinamizou o ataque, mas também ele vinha muito frequentemente para o meio. Uma espécie de "pecado original" da equipa. E Arthur Cabral dava o desconforto à defesa do Casa Pia que o seu compatriota nunca dera. Os cantos sucediam-se, mas agora também oportunidades claras de golo.
O problema é que, golos - já se sabe - apenas em transição. O Casa Pia também o sabe.Tomou todos os cuidados quando subiu no terreno e tentou evitar todas as oportunidades de transição rápida ao Benfica. Não o conseguiu por duas vezes: na primeira, ainda antes das substituições, Rafa não conseguiu marcar (um toque do defesa empurrou-o para um toque a mais na bola); na segunda, Arthur Cabral fez de Rafa e marcou um grande golo. Ainda antes da entrada no último quarto de hora.
A partir daí foi controlar o jogo, e levá-lo até ao fim. No registo do costume. Que não entusiasma, mas mantém a chama acesa.
António Silva viu o quinto amarelo, deixando-o já de fora, e arrumando com qualquer probabilidade de ficar de fora do dérbi. Nesse aspecto até poderia ter sido "encomenda". Mas não foi, foi apenas ridículo. E uma bizarria. Como bizarra foi aquela "cena" do Aursenes. É no que dá tanta mudança de posição. Já se estava a ver a guarda-redes!
Ao fim 36 anos de poder – cumpridos exactamente hoje, e a menos de três meses de bater o record de Salazar –, quando finalmente vê o seu poder absoluto contestado na Região, e no próprio PSD Madeira, Alberto João Jardim acha que é tempo denovos desafios. Por exemplo: de constitiuir um novo partido!
É verdade, Jardim diz que com são precisos novos partidos. E começa por criar um para si. E como não acredito que pense garantir com ele o poder vitalício, com um novo partido Jardim pretende reservar desde já a tribuna no espaço de oposição - mesmo que ao seu partido de sempre (?) - ao novo poder que se avizinha. Ele sabe, afinal melhor que ninguém, o que é governar sem oposição!
Talvez assim se perceba por que não quis nada com Bruxelas...
Sei quesão sempre os mesmos que comem, e sei que não fazem ideia do que é a moral... E que a vergonha há muito que também fez as malas e desapareceu deste país!
O Benfica deixara demonstrado, há uma semana, na Luz, que era muito melhor que o Rangers. Melhor dito - que os jogadores do Benfica são muito melhores que os do Rangers. Poderia então ter praticamente deixado resolvido o apuramento para os quartos de final da Liga Europa mas, ter os melhores jogadores, não foi suficiente (falhou no ataque, ao falhar golos feitos, e falhou na defesa, ao oferecer os dois golos ao adversário, nas suas duas únicas oportunidades), e deixou tudo para decidir hoje, no temível e lendárioIbrox Stadium.
Cedo o Benfica voltou a mostrar que é muito melhor que o Rangers. Via-se claramente. Tão claramente quanto se via que muita coisa faltava para que essa superioridade se materializasse no jogo. E tudo o que se via que faltava, percebia-se com igual clareza, era "trabalho de casa". Era treino e preparação do jogo.
Raramente os jogadores do Benfica faziam bem duas coisas seguidas. Porque lhes faltava confiança, e porque lhes faltavam rotinas de jogo. Depois, e mais relevante ainda, era aflitivo ver como o Benfica "embarcava" no jogo que convinha à equipa escocesa. Um jogo de grande intensidade física, de duelos, "partido", de ataque e resposta.
Com "armas" bem mais sofisticadas, o Benfica fazia a guerra do corpo a corpo.
Foi assim toda a primeira parte em Ibrox. Numa toada de parada e resposta, num ritmo elevado, num relvado cada vez mais massacrado pela chuva, que nunca deu tréguas. Mesmo deixando-se cair no jogo do adversário, o Benfica teve mais bola, e as duas únicas ocasiões (um frango de Trubin quase dava em golo, mas foi só isso) para marcar: uma num cruzamento de Di Maria, em que Marcos Leonardo (hoje a rifa calhou-lhe a ele) não fez o necessário para estar no sítio certo; e outra num excelente passe de João Neves, em que Rafa e Marcos se atrapalharam um ao outro.
Com uma primeira parte altamente desgastante, temia-se que, na segunda, na mesma toada, e com o relvado cada vez mais pesado, o jogo pudesse cair para o lado britânico. Schmidt trocou Marcos, que pareceu sempre "peixe fora de água" por Tengstedt, e os primeiros minutos quiseram mostrar isso mesmo, com o Ranger a dispor de duas oportunidades - a primeira com Dessers a rematar junto ao poste direito de Trubin, batido; e logo a seguir um quase auto-golo de António Silva.
Mas com o golo de Rafa, a meio da segunda parte, tudo mudou. Quando o Rangers queimava os últimos cartuchos - é notável que o Benfica tenha resistido fisicamente bem melhor que os escoceses -, finalmente numa transição rápida, Di Maria assistiu Rafa, ainda dentro do seu meio campo, que cavalgou para a baliza e bateu, com a classe habitual nestas circunstâncias, o guarda-redes do Rangers. O árbitro assistente assinalou fora de jogo, mas era evidente que o VAR haveria de confirmar o golo. Tanto que se tornou incompreensível o tempo que demorou.
O Benfica, melhor fisicamente, e com jogadores muito melhores, passou então a dominar o jogo. Não atingiu um nível por aí além mas, nem os tempos são para isso, nem o estado do relvado permitia muito mais. Poderia ter voltado a marcar pelo menos por mais duas vezes (no remate de Bah, com grande defesa do guarda-redes, para canto, do qual resultou um desperdício incrível de António Silva), e evitado a ansiedade que um resultado tangencial sempre provoca. E que aumentava à medida que se via Di Maria esgotado continuar em campo, com Tengstedt desviado para a ala que ele já não conseguia cobrir. E Tiago Gouveia, cheio de força - e talento - sentado no banco... Até ao minuto 90+2!
E lá vamos para os quartos de final. E lá somos a única equipa portuguesa presente na Europa. E lá fomos a primeira equipa portuguesa a ganhar na Escócia...
Que fique o exemplo deste senhor alemão, que foi um grande jogador de futebol de um dos maiores clubes do mundo, a que até hoje presidia. Porque foi condenado por fuga ao fisco, Hoeness abandonou os cargos que ocupava no Bayern de Munique e simplesmente escreveu em comunicado: «Dei instruções aos meus advogados para não recorrerem. Isto corresponde à minha ideia de decência, conduta e responsabilidade pessoal. A fuga aos impostos foi o erro da minha vida».
Por, cá recorre-se à procura da prescrição. Por cá, usam-se os clubes como escudo de protecção, sabem que ninguém ousa tocar-lhes enquanto por lá estiverem... Pois, não é tanto a produtividade que nos sepra da Alemanha!
Talvez porque a esquerda ainda esteja à espera de perceber o que aconteceu no passado domingo, Mariana Mortágua lançou o desafio para, em conjunto, analisarem os resultados das eleições. Todos o aceitaram, pelo que irão todos juntos proceder a essa análise. Não sei se todos estarão dispostos "a deitar-se no divã", ficando ainda a faltar saber quem faria de psicanalista (por mim sugeriria Rui Tavares), e tenho muitas dúvidas sobre as conclusões a que cheguem.
O PCP há muito que finge não perceber nada de tudo o que há muito está a acontecer, pelo que não será agora que deixará cair o fingimento. E... o poeta é um fingidor - já ele o dizia!
O Bloco não percebe que as causas de que se alimentou já deixaram de o ser. Estão assimiladas e são hoje, ou património comum da civilidade, ou fermento de ódio do reaccionarismo mais básico. E que as outras, velhas de sempre, requerem hoje menos dogmas e mais pragmatismo. E outra comunicação.
O Livre, o mais unipessoal destes partidos, terá percebido essa parte. Talvez por isso tenha sido o único a sair-se bem, e também quadruplicou a sua representação parlamentar, exactamente como o unipessoal do outro lado.
O PS poderá não ter percebido o que lhe aconteceu, mas o Pedro Nuno Santos percebeu. E bem. "Acabaram-se os tacticismos" - disse, logo na primeira oportunidade. Disse tudo nessa frase, e mais ainda na forma de expressão. E será o que, no divã, mais terá para dizer.
Noutro tom, noutro registo. Porque aquele a que se sujeitou na campanha foi enterrado com os "tacticismos".
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