UM ANO!
Por Eduardo Louro
Completa-se hoje um ano de António José Seguro. Depois de, há poucos dias, um ano de governo. E de um ano de troika!
É o mesmo ano. Um ano mau de mais!
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Por Eduardo Louro
Completa-se hoje um ano de António José Seguro. Depois de, há poucos dias, um ano de governo. E de um ano de troika!
É o mesmo ano. Um ano mau de mais!
Por Eduardo Louro
A 99ª edição do Tour chegou hoje aux Champs Eliysés, onde precisamente acaba todos os anos. Nem sempre foi assim – embora tenha acabado sempre em Paris - mas é assim nos últimos largos anos!
Foi o dia da consagração final de Bradley Wiggins (na foto), o digno vencedor, mas também de Mark Cavendish, que ganhou a etapa que toda a gente quer ganhar e, ganhando-a, igualou com três vitórias os seus rivais do sprint que na fase inicial da competição: o eslovaco Peter Sagen – uma das principais revelações deste Tour – e o alemão Andre Greipel, e tornou-se no ciclista em actividade com mais vitórias (23) em etapas desta que é a maior competição mundial de ciclismo, ultrapassou Lance Amstrong – vencedor de sete edições do Tour e de 22 etapas – e ameaça o recorde de 34 vitórias do mítico Eddy Merckx. Ao fazê-lo pela quarta vez consecutiva, igualou este lendário belga - o Canibal, como ficou conhecido - também ele vencedor por quatro vezes em Paris.
Hoje a festa foi britânica: um inglês inscreveu pela primeira vez o seu nome na lista de vencedores do Tour, outro inglês foi o segundo classificado e ainda outro ganhou a etapa. Todos da mesma equipa, a Sky, também inglesa!
Foi o corolário normal e esperado de três semanas de competição que estes ingleses dominaram por completo. Um domínio que não foi ainda maior pelos contratempos de Cavendish na primeira semana da competição, quando duas quedas lhe retiraram a possibilidade de outras tantas vitórias. Este trio inglês é composto apenas pelo melhor contra-relogista e campeão mundial da especialidade (Wiggins), pelo melhor trepador, mas também o segundo melhor no contra-relógio (Froome) e pelo melhor sprinter e campeão mundial de velocidade. E todos na mesma equipa!
Wiggins é um justo vencedor deste Tour, aquele que aqui dávamos pelo mais aberto dos últimos anos: Lance Amstrong já arrumara a bicicleta, Alberto Contador estava ainda impedido de competir e Andy Schleck estava afastado por lesão. Cadel Evans vencera no ano anterior, mas nunca estaria à altura destas três super estrelas. Tinha vencido um Tour onde não estava nenhum deles. Nem Wiggins, vítima de queda na primeira semana.
É injusto retirar mérito à vitória de Cadel Evans na competição do último ano pelo seu desempenho na deste ano. Mas já não é a imagem do ano passado que subsiste. Essa está esbatida. Bem nítida é a da sua impotência para seguir na roda do seu jovem companheiro de equipa – Van Garderen - nas montanhas deste ano nos Alpes e nos Pirenéus. Ou a da dobragem por esse mesmo jovem no contra-relógio de ontem, que tinha partido 3 minutos depois.
Wiggins justificou a vitória essencialmente nos dois contra-relógios. Que ganhou, sempre com o seu colega Froome logo atrás. Mas ficará para sempre a dúvida se o que lhe ganhou nessas duas etapas seria suficiente se Froome tivesse podido atacar nas montanhas, onde deixou evidente ser bem mais forte. Mas Wiggins justificou ainda pelos elogios que soube dirigir a este seu colega, e pela forma como soube trabalhar para as duas últimas vitórias de Cavendish: hoje e anteontem.
As figuras neste Tour não se esgotam nestes nomes. Voeckler, o vencedor do Prémio da Montanha, é uma figura incontornável do Tour. Como o já referido Peter Sagen, o vencedor da classificação por pontos que, aos 22 anos, deixou indicações para o futuro. E mais três jovens de respeito: o americano Van Garderen, também já referido, o melhor – no sexto lugar, à frente de Cadel Evans, o líder da equipa, que tanto rebocou - e por isso o camisola branca, e ainda as esperanças francesas Pierre Rolland e Thibaut Pinot, os melhores franceses, que fecharam o top tem.
Dos portugueses não há muito a acrescentar ao que foi dito nas últimas edições. Sérgio Paulinho não justificou mais qualquer registo. Já Rui Costa esforçou-se por dar nas vistas nas três últimas etapas em linha, sucessivamente em fuga. Incluindo hoje, em plenos Campos Elísios, onde tentou ganhar a mais improvável das etapas. Andou na frente, primeiro num grupo de onze fugitivos e, depois, num trio que seria alcançado pelo pelotão já nos últimos três quilómetros. Acabou num 18º lugar da geral que, sabendo a pouco, está longe de ser uma desilusão.
Acabou o Tour número 99. Viva o Tour centenário!
PS: Uma nota para a cobertura televisiva da RTP Informação. Um trabalho excelente, com o saber e a capacidade de comunicação de Marco Chagas a merecerem nota alta. Um reparo apenas para o excesso de patrioteirismo colocado na avaliação do desempenho dos portugueses. Acho que não se justifica e prejudica o excelente trabalho produzido!
Por Eduardo Louro
Percebi, por um spécimen que tenho na família – por intrusão, porque pelos genes é tudo encarnado – que é grande a euforia lá pelas bandas de Alvalade. Já são os campeões da pré-época!
E não é por serem nesta altura deste campeonato os maiores compradores. Não percebi grande entusiasmo com essas contratações todas a custo zero. Eles só verdadeiramente se excitam com compras a sério, daquelas em que é preciso largar dinheiro. Com a do tal Rojo – como gostam de rojos que ficam verdes – essa sim, a grande contratação dos últimos anos. Porque custou dinheiro – essa coisa que dizem não ter – mas acima de tudo porque, acham eles, roubaram-no ao Benfica!
E isso fá-los sentir grandes: roubar jogadores ao Benfica é coisa do Porto, agora mesmo eles … É o máximo!
Lamento ser desmancha-prazeres, mas tenho que os avisar que estão enganados. O Benfica andou a namorar um jogador com esse nome, também argentino, mas esse é lateral esquerdo. Abandonou o namoro logo que percebeu que não precisava de mais um lateral esquerdo: já lá estão o Luís Martins e o Luizinho. E o Jorge Jesus ainda está a enxertar o Fábio Coentrão no Melgarejo…
Ora, o Rojo que o Sporting contratou é defesa central. É o próprio que o confirma, e era disso que o Sporting andava à procura. Lamento, mas é melhor acalmarem-se!
Por Eduardo Louro
Numa sala de cinema em Denver, a realidade misturou-se com a ficção e a loucura com o terror.
O que poderá levar um jovem de 24 anos, estudante de Neurociência numa faculdade de Medicina, a entrar num cinema e começar a matar?
Provavelmente surgirá uma resposta. Ou várias! Mas seja qual for, ou sejam quais forem, nunca responderão a coisa nenhuma. Porque não pode haver resposta: actos hediondos como este, gestos tresloucados desta natureza não se explicam. Nunca serão outra coisa que o absurdo, e o absurdo não se explica!
E do absurdo nem os super-heróis nos livram!
Por Eduardo Louro
O Tour despediu-se dos Pirenéus, que mais não fizeram que confirmar os Alpes e a superioridade de Bradley Wiggins e Chris Froome e da sua equipa, a Sky. E confirmar ainda que entre os dois ingleses é o segundo quem está melhor, como ainda hoje ficou provado, quando Froome esperou várias vezes pelo seu chefe de fila na última subida do dia, inclusivamente deitando fora a vitória na etapa, que sobrou para Alejandro Valverde por escassos 19 segundos. Tivesse Froome seguido seu ritmo, sem outras preocupações, e o espanhol teria sido apanhado antes de cortar a meta em Peyragudes.
A dupla jornada de alta montanha pirenaica, para além de confirmar este domínio britânico, confirmou todos os restantes jovens de que aqui se falou da última vez. E confirmou as desgraças de Cadel Evans, longe de confirmar a vitória do ano passado – em que Wiggins se viu obrigado a desistir, logo no início, vítima de uma das muitas e frequentes quedas que invariavelmente marcam a primeira semana desta prova – e de Frank Schleck, este mesmo afastado antes de subir ao Tourmalet. E pela pior das razões: teste positivo no controlo anti-doping. Sem que antes tivesse oportunidade de confirmar a condição de favorito que injustificadamente – a sua participação no Tour nem estava sequer prevista e resultou de uma imposição provocada pela ausência forçado do irmão - lhe era atribuída.
À falta de outra dimensão do espectáculo – porque uns estão ausentes, pelas deficientes condições do australiano e do luxemburguês e porque a Sky não permite veleidades a ninguém (o italiano Nibaldi voltou a tentar, mas na hora da verdade nem sequer conseguiu acompanhar os dois ingleses) – surgem alguns heróis. Nos Pirenéus o protagonismo maior coube a Thomas Voeckler (na foto), um francês que parece ter mau feitio mas que é um ciclista desconcertante. No ano passado andou 10 dias de amarelo, lutando pela manutenção desse símbolo de forma verdadeiramente heróica. Perdê-lo-ia na montanha. Desta vez foi em plenas montanhas dos Pirenéus que brilhou: venceu duas etapas e desatou a ganhar metas de montanha, a ponto de, vindo em branco dos Alpes, ter aí conquistado os pontos que lhe garantem já o troféu de melhor trepador deste Tour.
Os portugueses também aproveitaram os Pirenéus para dar nas vistas. Sérgio Paulinho e Rui Costa entraram em fugas, chegaram a andar na frente e a deixar a ideia de poderiam ganhar uma etapa. O Sérgio ainda conseguiu ser terceiro numa dessas oportunidades e o Rui Costa – que se queixava que o pelotão não o deixava fugir – teve hoje a sua melhor oportunidade. Andou no grupo da frente, onde tinha mais dois colegas de equipa sem que disso tirasse qualquer vantagem. Atacou e isolou-se, sendo depois de alcançado pelo seu colega Alejandro Valverde. Estranhamente não seguiram juntos, dividindo esforços, com o espanhol a deixá-lo para trás quando faltavam 30 quilómetros para a meta, onde chegaria no trigésimo segundo lugar, com 7 minutos de atraso para o seu colega de equipa (?) e vencedor da etapa. Porque Froome foi leal colega de equipa de Wiggins!
Assim não admira que tenha sido Miguel Relvas o português com maior destaque nos Pirenéus!
Se depois dos Alpes se percebia que seria um inglês a ganhar (pela primeira vez) o Tour, agora já se sabe que será Wiggins. Mas não deixaria de ser irónico que, depois de tudo o que tem acontecido para que seja assim, Froome ganhasse os pouco mais de dois minutos a Wiggins no contra-relógio do próximo sábado. Porque aí ninguém tem de esperar por ninguém!
Mas contra-relógio é à medida do seu chefe de fila… a rolar. Se fosse a subir… seria bonito. Lá isso seria!
Por Eduardo Louro
O Conselho de Ministros aprovou ontem uma medida que está a ser unanimemente saudada pela inteligência nacional, designadamente a especializada: dedução de no IRS de 5% do IVA do suportado pelo consumidor final até um máximo de 250 euros. Medida que, de resto, já esteve em vigor – em extensão e com eficácia bem diferentes, como se verá – e que foi revogada – mal - em nome da maximização imediata da receita fiscal.
A medida tem em vista, como tinha no passado, combater a evasão fiscal e, em particular, implementar na sociedade o hábito de reclamar a factura. Ou, em última análise, colocar o consumidor ao serviço da administração fiscal, como já acontece com largas faixas da sociedade. Mas, ao contrário da anterior, não passa de uma medida pouco mais que inócua. E enganadora!
Ao deixar de fora, por exemplo, as obras de construção civil, abrange apenas os pequenos serviços – cabeleireiros, restauração e mais uns tantos pequenos serviços que, ou estão isentos de IVA, ou pura e simplesmente se recusarão – até por impossibilidade financeira na maioria dos casos – a entrar no sistema. Ao contrário da que vigorou há meia dúzia de anos atrás, ao deixar de fora as obras na habitação – onde o crime compensa – a medida pretende apenas evitar que se atinjam os vinte e tal mil euros de despesas anuais que permitem a dedução máxima - os 250 euros, e assim não tocar na sagrada colecta de IRS -, transforma-se numa simples cenoura mostrada ao contribuinte.
E quando uma medida destas não passa de cenoura nem de boa intenção se pode falar. Há medidas que não resultam em nada, mas de que se aproveitam as intenções. As boas, mesmo que dessas já o inferno esteja cheio. Nem sequer é este o caso, por muito que custe aos muitos especialistas fiscais que correram a louvar esta medida!
Por Eduardo Louro
Faz hoje 94 anos um dos mais respeitados homens do universo. Uma referência da Paz e da dignidade humana, um símbolo da esperança para África e para o Mundo.
Feliz aniversário Nelson Mandela!
Por Eduardo Louro
Como se vê por aqui, e por centenas de outras placas idênticas espalhadas pelo país, em tantas outras centenas de inaugurações em 2003 e 2004, Miguel Relvas já se apresentava por Dr muito antes da negociata do canudo na Universidade Lusófona, em 2007.
Miguel Relvas não precisou de forjar uma licenciatura para ostentar o Dr. Nem para que lhe arranjassem muitos e bons empregos. Nem para tratar da vidinha, multiplicando negociatas, inventando subsídios e ajudas de custo e fantasiando viagens. No entanto há milhares de portugueses que, para arranjar um emprego, escondem licenciaturas, mestrados e doutoramentos do seu currículo. Para encontrarem um trabalho, por mais modesto que seja, que lhe garanta a subsistência. Porque sabem que se revelarem as suas verdadeiras qualificações académicas ficam de fora. E até por vergonha!
A vergonha que o ministro não tem e que, nem que fosse só por isto, deveria ter!
Por Eduardo Louro
Atrasado, tão atrasado que quase já não o apanhava lá, o Metro (de Lisboa) chegou finalmente - 12 anos depois - ao aeroporto. Valeu-lhe a passada larga da crise, a tempo de colocar umas curvas no caminho lesto de Mário Lino!
Por Eduardo Louro
Numa daquelas entrevistas ligeiras na Revista do Expresso deste fim-de-semana (agora tudo ali é ligeiro!) Pedro Proença - dado como protagonista e melhor árbitro português de sempre – tem algumas respostas curiosas.
Por exemplo, questionado sobre quem é o melhor árbitro português de sempre, responde com dois nomes, dois: Vítor Correia e Vítor Pereira. E a gente desconfia que o primeiro é referido para disfarçar. E porque já não faz parte dos vivos…
Sobre os jogadores que mais apreciou, também dois nomes, dois: Maradona e Platini. Não sei se também o primeiro é para disfarçar, mas é incontornável!
Apenas um nome para o melhor árbitro de sempre: Colina!
Que as preferências de Pedro Proença recaiam no presidente do Conselho de Arbitragem, no patrão dos árbitros da UEFA e no próprio patrão da UEFA, é simples coincidência…
Por que é que o jornalista (Pedro Candeias) não lhe perguntou qual era o melhor dirigente desportivo? Daria um ou dois nomes? E qual seria o primeiro, para disfarçar?
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
51 seguidores