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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Atrapalhados

Por Eduardo Louro

 

Há muito que este governo bateu o recorde de trapalhadas do governo de Santana Lopes, a que há 10 anos o presidente Jorge Sampaio teve de colocar ponto final. Como Passos Coelho também há muito percebeu que é um tipo com mais sorte que Santana -  o menino guerreiro é mesmo um mal amado, agora até há um tipo que, só para o deixar a salivar, não aparece a reclamar os 190 milhões do euromilhões - e que pode continuar a somar trapalhadas, já sabemos que irá continuar assim até às eleições.

Passos já diz uma coisa de manhã e outra à tarde, uma numa semana e outra na seguinte. Mas hoje foi mais longe: num discurso escrito, repunha os salários dos funcionários públicos em 2016 como, de resto, determinou o Tribunal Constitucional. Logo a seguir, meia hora depois, nada disso, e garantia que encontraria formas  para que esses salários fossem apenas repostos, ao tal ritmo de 20% ao ano, em 2019. E mesmo assim ainda há quem venha dizer que se há coisa de que não podem acusá-lo é de falta de coerência. Francamente!

Não menos trapalhada foi ouvir também hoje Paulo Portas, na conferência dos 25 anos do Diário Económico, dizer que, por ele, a reforma do Estado está feita. Fez o trabalho que lhe competia: fez o guião e apresentou-o em conselho de ministros. Que gora é com os ministros!

Para qualificar esta trapalhada não é preciso lembrar que o governo está a chegar ao fim do mandato sem ter tocado o que quer que fosse na estrutura e organização do Estado. Nem sequer é preciso lembrarmo-nos desse famoso guião. Basta recordar que o tema da reforma do Estado foi agora recuperado justamente por Passos Coelho para, na sucessão das picardias destas últimas semanas, entalar Paulo Portas. E reforçar o estado deprimente da coligação!

Amigo de fazer negócios

Por Eduardo Louro

 

Pires de Lima anda com Paulo Portas pelo México onde, para além de levarem umas tampas do ora mais rico do mundo - que já é outra vez - ora ex-mais rico do mundo - o mexicano Carlos Slim, ali sempre lado a lado com Bill Gates - vão mandando umas bocas sobre tudo e mais alguma coisa. Claro que a coisa que mais os preocupa é mesmo essa da coligação para as eleições que aí vêm, tudo o resto são coisas à volta dessa coisa... É de tal forma assim que Pires de Lima já não faz outra coisa que entrar na onda de Portas, e adoptou já aquele registo estridente pouco dado à seriredade e ao rigor.

Foi nesse registo que veio hoje anunciar que Portugal surge em 25º lugar nos melhores países para fazer negócios: “É muito importante conhecer hoje que Portugal progrediu do 31º para o 25º lugar no ranking ‘Doing Business’. Que "o país é mais amigo de fazer negócio", à frente de meio mundo. Claro que não explicou as razões dessa classificação. Que não disse que "o país é mais amigo de fazer negócio" porque  o IRS não pára de subir enquanto o IRC desce. Porque os despedimentos são mais fáceis e muito mais baratos. Porque as horas extraordinárias são mais baratas e os salários são mais baixos. Muito menos que o país pode ser "amigo de fazer negócios", mas que tem uma enorme dificuldade em ser amigo dos portugueses, na linha da teoria do líder parlamentar do PSD, segundo a qual o país está melhor, os portugueses é que ainda não.

Nada disso vale coisa nenhuma, o que lhe importa é cavalgar a onda de Portas e, à toa, concluir que "nós, portugueses, somos melhores a fazer negócios ... do que estas nações, com as quais gostamos de nos comparar”. Mesmo que na verdade, nesse mesmo ranking ‘Doing Business’, do Banco Mundial, Portugal tenha, pelo contrário, caído do 23º lugar (do ano passado) para o 25º, como é explicado no Observador!

É que, com estes critérios que tanto orgulham Pires de Lima, haverá sempre mais e mais países amigos de fazer negócio... 

 

Mais notícias de empreendedorismo

Por Eduardo Louro

 

 

Manuel Pinho, o antigo ministro da economia de José Sócrates traído por aquele gesto aqui de cima - lembram-se? - e exemplar dessa espécie nada rara e longe da extinção que corria do BES para o governo e vice-versa, exige agora, nessa mesma condição, qualquer coisa como 2 milhões de euros por conta de uma reforma antecipada prometida por Ricardo Salgado. Tudo isto  porque, no início do ano, foi interrompido o pagamento de um salário mensal (14 meses por ano) bruto de 39 mil euros. Que recebia por contrapartida de nada, de trabalho nenhum, pago por uma holding sem actividade - BES África, que detinha o BES Angola, donde voaram os tais 6 mil milhões de euros.

Não se sabe se com ou sem o conhecimento de Pinho, que há uns anos está a dar aulas de energias renováveis nos EUA!

O que se sabe é que vai processar o banco para receber esse valor. Não se sabe bem qual, mas desconfio que seja o bom... O novo, aquele que nós pagamos!

Que se lixem as eleições

Por Eduardo Louro

 

 

Em estado de choque com o golpe do BES, e ainda com tanta coisa por saber… Com a PT a seguir a toda a velocidade na enxurrada que provocou, e com milhares de empresas penduradas no crédito que se evaporou… E com apenas dois terços da banca a responder positivamente aos testes de stress do BCE, Passos Coelho não tem dúvidas que a banca portuguesa tem feito um grande trabalho e "está em mehores condições que muitos outros bancos".

O que vale é que, na senda daquela de ter exigido aos comentadores que peçam desculpa aos portugueses, voltou hoje a dizer que só aqueles que não querem ver é que não concluirão que o país está melhor, e que  “estamos hoje todos em melhores condições para responder às necessidades e aos desafios do futuro”. É que assim ficamos todos muito mais descansados!

E se o homem não quisesse que se lixassem as eleições?

Dilma

Por Eduardo Louro

 

 

 

Confirmaram-se as sondagens e Dilma ganhou dentro da margem de erro que sustentava o empate técnico para que apontavam. Ou, dito de outra forma, com um pouco menos que 52% dos votos (obrigatórios) dos brasileiros, Dilma Roussef está reeleita presidente do Brasil!

O efeito champions

Por Eduardo Louro

 

 

Quem viu a primeira meia hora deste jogo de Braga não julgaria possível que acabasse como acabou. O que se viu foi o Benfica a jogar – e a jogar bem – e o Braga a fazer faltas!

Aos vinte minutos já o Benfica podia ter o jogo resolvido, e o Braga devia estar a jogar com menos um. Mas nem o Benfica concretizou em golos as oportunidades que criou, nem o árbitro expulsou o Danilo, mostrando-lhe o primeiro amarelo quando deveria estar a mostrar-lhe o segundo. Que acabaria por ver só quando o jogo estava a acabar!

O Benfica fez, nesse período, o que de melhor se viu fazer nesta época. O problema foi perceber-se que isso foi muito mais demérito do adversário que mérito próprio. Foi perceber-se que tudo aquilo saía bem porque o Braga estava perdido no campo e dava todos os espaços para Gaitan, Enzo, Talisca e Salvio fazerem tudo o que sabem. E sabe-se que Gaitan sabe muito…

Por volta da meia hora de jogo, um alívio da defesa daria num contra ataque que, no primeiro remate do Braga, deu o empate. E a partir daí toda a superioridade do Benfica se esfumou, começando a perceber-se que as coisas não iam correr bem. Este era um jogo de champions, tinha Jorge Jesus avisado. Esse é o problema, os jogos da champions... Mas não, era um jogo da liga portuguesa e apenas a segunda dificuldade que o calendário apresentava! 

Se o último quarto de hora da primeira parte deixava perceber isto, o primeiro da segunda confirmava-o, e o cheiro a golo mudou de baliza. O Benfica desapareceu do jogo e só voltaria a criar oportunidades de golo quando já estava a perder, e mais de 80 minutos de jogo tinham passado.

É certo que até ao apito final do árbitro – que fez uma arbitragem desastrada deixando, entre uma infinidade de erros, passar em claro penaltis para ambos os lados, e uma agressão do Ruben Micael – criou oportunidades suficientes para ganhar o jogo. Mas era tarde…

Mas ficou muito por fazer para ganhar este jogo. Especialmente da parte de Jorge Jesus, que levou um banho do Sérgio Conceição.  O efeito champions não se fez sentir apenas nas pernas dos jogadores, em especial nas de Gaitan e Salvio, fez-se sentir também na cabeça. Especialmente na do treinador!

O que não ficou por fazer foi aquilo que já é habitual em Braga: confusão. A confusão que fez com que nos 6 minutos de compensação praticamente não se jogasse mais que um!  

 

O cheiro a eleições

Por Eduardo Louro

 

 

Passos Coelho está imparável!

Até aqui limitava-se a fazer como o tal tipo em contra mão na auto-estrada, achando que ele ia bem e todos os outros mal. Agora vai mais longe e quer que todos os outros invertam o sentido, sigam atrás dele e lhe peçam desculpa por se terem enganado!

Se já vai nisto, onde irá chegar quando o cheiro a eleições se começar a tornar mais intenso?

Testes de stress na banca

Por Eduardo Louro

Já se conhecem os resultados dos testes de stress aos bancos europeus que o BCE se prepara para apresentar amanhã. E confirma-se que o Millennium BCP não passou. Que será um dos 25 bancos europeus em que o BCE vê fraquezas...

Até aí, nada de mais. Toda agente sabe com aquele que era o maior banco privado nacional andou com grande falta de ar. Que, quer Passos Coelho quer Maria Luís Albuquerque, digam que os três bancos nacionais sujeitos aos testes estão bem e recomendam-se, também não admira. Já ninguém os leva a sério, e a falar de bancos ainda menos...

Se calhar é por isso que nem se dão ao trabalho de esclarecer que os testes se reportam à data de 31 de Dezembro do ano passado. E que o MBCP já aumentou o capital - em 2.250 milhões -durante este ano!

Importa é saber se é suficiente. E isso não pode o BCE deixar de fazer saber...

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