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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Um jogo de paradoxos

Por Eduardo Louro

 

 

O Benfica teve hoje, em Coimbra, o jogo mais tranquilo do campeonato, e porventura o mais fácil, contrariamente, depois do afastamento das competições europeias, ao que se poderia esperar. Ganhou tranquilamente, criou inúmeras oportunidades para golo e não consentiu uma única à Académica. E no entanto terá sido este jogo de Coimbra o que mais clara deixou a enorme diferença de qualidade entre esta equipa e a da época passada!

Passo a explicar. Na primeira metade – agora deu nisto, só dá para meias partes – da primeira parte, ou mesmo até perto da meia hora de jogo, o Benfica jogou bem. A equipa esteve a bom nível, criou imensas oportunidades de golo, mas fez apenas um, logo aos 8 minutos, fruto da qualidade extra de dois jogadores excepcionais: Enzo, na assistência – um passe longo de grande exigência técnica – e Gaitan, soberbo na recepção, no domínio com a coxa, a passar pelo guarda-redes e a colocar a bola na baliza!

Depois, esgotada essa primeira meia hora, foi ver a equipa senhora do jogo, a querer jogar como na época passada, com tudo para ser igual mas sem que nada saísse igual. Porque falhava um passe, e depois outro e outro… Porque falhava uma recepção e a partir daí já não era a mesma coisa… Porque a bola ia lá parar, ao sítio certo. Só que ninguém lá estava, no sítio certo…

E isso foi sempre tão flagrante que nunca outro jogo evidenciara com tanta clareza a diferença entre os que partiram (e os que continuam indisponíveis, por lesões ou por outras insondáveis razões) e os que chegaram. Ou alguns dos que ficaram… Coisa que o sumiço que Talisca levou, o erro de casting de Samaris, a vulnerabilidade mental de Jardel (é hoje claro que não consegue manter os níveis de concentração exigidos durante muito tempo, numa, pequena que seja, sequência de jogos) ou o fim do prazo das promessas de Ola John ajudam, evidentemente, a explicar!

Nunca uma ameaça pode ser um argumento. António Costa devia saber isso...

Por Eduardo Louro

António Costa tem todo o direito de pedir maioria basoluta. É legítimo, e até oportuno, que o faça ao encerrar o congresso. Mas... sustentado em méritos próprios... Através de chantagem ou de ameaça é que não!

Não é democraticamente aceitável que António Costa peça ao eleitorado uma maioria absoluta argumentando que, se assim não for, o país perderá um ou dois meses a negociar uma coligação, prolongando a agonia da governação deste governo. Isso não argumento, é ameaça!

Fantasias de Natal

Por Eduardo Louro

Capa do A Bola

Dei uma espreitadela ali para o outro lado da segunda circular e... não gostei muito do que vi.

Falha a luz, falham as redes das balizas... Até a marcção dos livres falha. Tem que se insistir, têm que pontapear a bola duas vezes para cobrar a simples marcação de um livre. Aquela relvado é, também ele, estranho. Reparei que está igualzinho ao do Estoril... Não sei se não haverá mais semelhanças, até mesmo para atenuar o desconforto do Marco Silva, para que consiga repetir o quarto lugar das duas últimas épocas!

Manifestamente exageradas são as notícias que dão conta que ali mora o melhor futebol que por cá se joga. Quanto mais repetidas são maior é o exagero. Mas, depois de um jogo como o de ontem, uma capa destas rompe a barreira dos exageros e entra no domínio das fantasias de Natal!

 

 

Entendimentos

Por Eduardo Louro

 

 

Pedro Passos Coelho continua, nesta altura do campeonato - voltou a fazê-lo nesta entrevista à RTP - a reclamar entendimentos com o PS, vá lá saber-se por quê. Mas, sobre o entendimento alcançado sobre os subsídios vitalícios dos detentores de cargos políticos, nada... António Costa, voltou hoje a dizê-lo em pleno congresso, nem quer ouvir falar disso. Mas, da mesma forma, faz de conta que não se passou nada nessa tentativa concertada de repôr aqueles subsídios. 

Talvez porque a Isabel Moreira, estranhamente quem mais colocara o pescoço no cepo, já tratou de matar e enterrar o assunto ... 

 

 

 

Agora há que passar aos outros... Faltam tantos!

Por Eduardo Louro

 

Beneficiando de informação previlegiada decide comprar os terrenos onde irão ser construídas as instalações do IPO. Ali para Oeiras, que tem bons ares... E como essa de ir ao Totta é do passado, foi ao BPN dos amigos e criou o homeland. A coisa deu para o torto, o IPO ainda continua em Palhavã e os terrenos deixaram de valer um chavo...

Não há problema... O BPN era para isto mesmo, que se lixe a pátria (homeland). Não havia ninguém para matar... E Duarte Lima foi hoje condenado a dez anos de prisão e a devolver uma pequena parte do dinheiro. Agora há que passar aos outros... Faltam tantos!

Nada de novo. E pouco que interesse...

Por Eduardo Louro

 

 

Não gostei da entrevista do primeiro-ministro e, francamente, não gostei do entrevistador. Não trouxe nada de novo, e creio que o João Adelino Faria ficou muito aquém do que, no momento actual, se exigia. Talvez por a entrevista ter sido agendada – e pensada – antes dos últimos acontecimentos…

Não me interessa muito que o primeiro-ministro tenha confirmado a participação do governo na resolução do BES, desmentindo a ministra das finanças. Nem que recupere o tema do enriquecimento ilícito, o que acho muito bem. Mas acharia ainda melhor que a maioria aproveitasse para, desta vez, tratar seriamente do assunto evitando introduzir-lhe, propositadamente ou não, inconstitucionalidades e impraticabilidades.

Também não me interessa muito que tenha enviado o recado para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao BES. A conclusão que pediu à CPI já estava encomendada, já se sabia que não havia qualquer falha de supervisão do Banco de Portugal. E que a resolução era a única solução possível, na linha do guião da inevitabilidade que o governo apregoa.

Mas já me interessa, e preocupa, que Passos Coelho, na sua velha retórica de colocar o público contra o privado, ache que a corrupção é própria e exclusiva do que é público. E que por isso não há corrupção no que aconteceu no BPN, no BPP ou no BES… E por isso criar a confusão entre intervenção do Estado e a corrupção. E achar que evitar a destruição da PT seria criar condições para a corrupção… Coisa com que a política dos vistos gold não tem nada a ver...

Não me interessa, nem me preocupa, que Passos Coelho ache que o país lhe deve gratidão, e que não pode ser ingrato nas próximas eleições. Mas já me interessa e preocupa que queira que os portugueses julguem que tudo está resolvido, quando continuam sem emprego, sem os salários e as pensões que lhe tiraram, pobres, e afogados em impostos e em dívidas. Sem que isso tenha resolvido coisa nenhuma…  

Sousa Veloso (1926-2014)

Por Eduardo Louro

 

Depois do Senhor Boletim Metereológico, há dias, chegou a vez do Senhor TV Rural... Partiu mais um Senhor da televisão, também aos 88 anos, dono do mais duradouro (30 anos) programa de televisão, um dos poucos - se não mesmo o único - para que não há antes e depois do 25 Abril. Apenas Portugal, o Portugal rural e o Portugal agrícola... Um programa tão ligado a esse Portugal que, hoje, não sabemos se em 1990 acabou porque acabava a agricultura portuguesa se, pelo contrário, a agricultura portuguesa acabou em 1990 por ele ter acabado.

Sousa Veloso despediu-se hoje de nós pela última vez. "Com amizade", evidentemente... 

Nada de novo. E pouco que interesse...

Por Eduardo Louro

 

 

Não gostei da entrevista do primeiro-ministro e, francamente, não gostei do entrevistador. Não trouxe nada de novo, e creio que o João Adelino Faria ficou muito aquém do que, no momento actual, se exigia. Talvez por a entrevista ter sido agendada – e pensada – antes dos últimos acontecimentos…

Não me interessa muito que o primeiro-ministro tenha confirmado a participação do governo na resolução do BES, desmentindo a ministra das finanças. Nem que recupere o tema do enriquecimento ilícito, o que acho muito bem. Mas acharia ainda melhor que a maioria aproveitasse para, desta vez, tratar seriamente do assunto evitando introduzir-lhe, propositadamente ou não, inconstitucionalidades e impraticabilidades.

Também não me interessa muito que tenha enviado o recado para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao BES. A conclusão que pediu à CPI já estava encomendada, já se sabia que não havia qualquer falha de supervisão do Banco de Portugal. E que a resolução era a única solução possível, na linha do guião da inevitabilidade que o governo apregoa.

Mas já me interessa, e preocupa, que Passos Coelho, na sua velha retórica de colocar o público contra o privado, ache que a corrupção é própria e exclusiva do que é público. E que por isso não há corrupção no que aconteceu no BPN, no BPP ou no BES… E por isso criar a confusão entre intervenção do Estado e a corrupção. E achar que evitar a destruição da PT seria criar condições para a corrupção… Coisa com que a política dos vistos gold não tem nada a ver...

Não me interessa, nem me preocupa, que Passos Coelho ache que o país lhe deve gratidão, e que não pode ser ingrato nas próximas eleições. Mas já me interessa e preocupa que queira que os portugueses julguem que tudo está resolvido, quando continuam sem emprego, sem os salários e as pensões que lhe tiraram, sem património que lhes valha, e afogados em impostos e em dívidas. Sem que isso tenha resolvido coisa nenhuma…  

Nada de novo. E pouco que interesse...

Por Eduardo Louro

 

 

Não gostei da entrevista do primeiro-ministro e, francamente, não gostei do entrevistador. Não trouxe nada de novo, e creio que o João Adelino Faria ficou muito aquém do que, no momento actual, se exigia. Talvez por a entrevista ter sido agendada – e pensada – antes dos últimos acontecimentos…

Não me interessa muito que o primeiro-ministro tenha confirmado a participação do governo na resolução do BES, desmentindo a ministra das finanças. Nem que recupere o tema do enriquecimento ilícito, o que acho muito bem. Mas acharia ainda melhor que a maioria aproveitasse para, desta vez, tratar seriamente do assunto evitando introduzir-lhe, propositadamente ou não, inconstitucionalidades e impraticabilidades.

Também não me interessa muito que tenha enviado o recado para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao BES. A conclusão que pediu à CPI já estava encomendada, já se sabia que não havia qualquer falha de supervisão do Banco de Portugal. E que a resolução era a única solução possível, na linha do guião da inevitabilidade que o governo apregoa.

Mas já me interessa, e preocupa, que Passos Coelho, na sua velha retórica de colocar o público contra o privado, ache que a corrupção é própria e exclusiva do que é público. E que por isso não há corrupção no que aconteceu no BPN, no BPP ou no BES… E por isso criar a confusão entre intervenção do Estado e a corrupção. E achar que evitar a destruição da PT é criar condições para a corrupção… Mas que já a política dos vistos gold não é palco privilegiado para a corrupção…

Não me interessa, nem me preocupa, que Passos Coelho ache que o país lhe deve gratidão, e que não pode ser ingrato nas próximas eleições. Mas já me interessa e preocupa que queira que os portugueses julguem que tudo está resolvido, quando continuam sem emprego, sem os salários e as pensões que lhe tiraram, e afogados em impostos. Sem que isso tenha resolvido coisa nenhuma…  

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