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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Portugal merece mais

Por Eduardo Louro

 

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Ontem, na Quadratura do Círculo, Pacheco Pereira referiu que o texto do Programa Eleitoral da coligação usava a linguagem das empresas, "o tecnoquês dos Relatórios de Gestão", feito por especialistas de comunicação com o propósito de dizer sem que nada seja dito. Leu algumas passagens deixando perceber que aquilo não passava de um inintelegível alinhamento de palavras sonantes, mas despidas de conteúdo. "Um insulto para todos nós"! 

Pacheco Pereira não esgotou, nem de perto nem de longe, tudo o que de absurdo e de hilariante faz "Agora Portugal pode(r) mais".

Apenas mais uma pequena contribuição. Por exemplo, na página 71 (link ali em cima, logo no início, façam o favor de ir lá confirmar), com a letra C, no topo direito da página, lê-se: 

"Caixa de correio eletrónico disponível 24h, destinada às comunicações dos agentes económicos, nas quais identifiquem constrangimentos na aplicação da legislação em vigor".

Ficamos assim a saber que esta maioria, se vier a ser governo e se, depois, cumprir as suas promessas - o que, como se sabe, é sempre muito difícil - terá uma caixa de correio electrónico (sim, como deve ser) disponível 24 horas.

Esfregamos os olhos, aquilo parece pouco de mais... Mas logo a seguir condescendemos: pronto, também não é assim tão grave. Esqueceram-se de escrever "por dia". Queriam dizer "24 horas por dia" ... E, logo aí chegados, percebemos o alcance único da medida, a verdadeira, a grande reforma da administração pública, coisa nunca antes vista ...

Um correio electrónico disponível 24 horas por dia? Mesmo assim? Sem hora de almoço, nem nada? Não fecha nem um bocadinho para descansar? Nem uma simples pausa para um café por trás de um "Volto Já"? Como é que vão conseguir?

Cá por mim tenho dúvidas. Mas isso sou eu, que tenho a mania de desconfiar de tudo o que vem desta gente...

Não sei se, "agora, Portugal pode mais". Mas tenho a certeza que Portugal merece mais!

A gente sabe o que é que o está a preocupar...

Por Eduardo Louro

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Acho que ninguém em Portugal tem dúvidas sobre o interesse do país em manter um grande banco público. Pode até haver quem se esteja a chegar à frente e a levantar o dedo, mas isso isso é apenas um impulso irreflectido de mentes liberais mais empedernidas. Depois de tudo por que temos passado, e com o BES bem fresquinho na memória - tão fresquinho que até já andamos todos a fazer contas a quanto é que desta vez nos vai tocar (agora sim, é que se justificaria o tal simulador, que há uma semana tiveram tanta pressa em disponibilizar no site das finanças) -, não há alminha que, por mais enraizada que estivesse a ideia na sua cabeça, ache que a Caixa Geral de Depósitos deva ser privada.

E no entanto, mesmo assim, o primeiro-ministro não pensa noutra coisa. Sabemos que é uma ideia antiga, e sabemos que é um sujeito teimoso.

Por isso anda preocupado com a Caixa

Argumenta - não argumenta, evidentemente, põe o seu exército de escribas e pensadores a intoxicar a opinião pública, porque é essa a receita de sempre - que os bancos privados, ao contrário do banco público, já devolveram, em parte ou na totalidade, os montantes da ajuda financeira que receberam através daquelas obrigações com aquele nome meio mal cheiroso, as CoCo bonds. Mas não diz, nem diz para dizerem, que o banco público não está em atraso com nenhum reembolso. Nem que a banca privada procedeu aumentos de capital para efectuar esses reembolsos, isto é, teve acesso a capital não remunerado para substituir capital altamente remunerado. Coisa para que o accionista da Caixa, que o sujeito precisamente representa, não está disponível. Nem diz que, assim, sem acesso a capital accionista, aqueles 900 milhões de euros das CoCo bonds são importantes para os rácios de capital da Caixa. E que, se calhar, é por isso e não por qualquer problema de liquidez, que a Caixa não procedeu ao reembolso antecipado, com fizeram ou estão a fazer os banco privados.

Esteja descansado senhor primeiro-ministro. Não tem mais motivos de preocupação com a Caixa do que com os outros bancos. Tem razões para se preocupar com o sistema financeiro, tem sim senhor. Mas isso é outra coisa. Disso o senhor não fala... 

O senhor quer apenas aproveitar todo e qualquer pretexto para chegar ao seu porto de abrigo. E neste caso é - ou era? - apenas a mais apetecida das privatizações!

A gente sabe do que é que está a falar...

 

Era só o que faltava...

Por Eduardo Louro

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A coligação no poder apresentou ontem o programa eleitoral. Com pompa, muita pompa... Dada a circunstância - em cima das férias, fora de tempo de discussão - nada mais prentendia que pompa.

Podia, mesmo assim, a coligação ser mais comedida na charlatanice

Recorro ao velho slogan publicitário: Poder, podia... Mas não era a mesma coisa!

No meio de tanta aldrabice, a sem vergonha tinha ainda de chegar à ameaça com as agências de rating

Tinha. Porque é aí, já em pleno território do absurdo, na fronteira com a loucura, que a charlatanice atinge o climax da conclusão no tal slogan publicitário.

Era o que faltava... Era o que faltava no discurso charlatão. Já não falta!

O que falta - e a falta que lhes faz - é que as agências de rating assinem por baixo o discurso dos milagres dos charlatães. Não assinam por baixo, não caucionam e mantêm o país no lixo, donde não não saiu como ainda se atascou mais...  

É tal a vertigem que ja nem conseguem parar, para pensar. E acabam por se espetar, com estrondo: para ameaçarem com o papão das agências de rating não conseguem esconder que afinal  o país é - continua - lixo, sem nada a ver com o que apregoam.

 

Uma questão de dimensão

Por Eduardo Louro

 

 

Maior, muito maior, que as estruturais diferenças entre Portugal e os Estados unidos, é a conjuntural diferença entre os seus Chefes de Estado...

Ouvir o discurso de Obama em África - e a propósito de África - só dá outra dimensão á tormenta da nossa triste sina. Pôr o dedo na ferida, chamar as coisas pelos nomes, apontar sem ambiguidades, sem rodeios nem receios, com a autoridade de quem diz vir da mesma tribo, é de Homem grande. Que torna liliputiano quem perante Obiang mete o rabinho entre as pernas ... e sai de mansinho...

Não! Não é porque Obama é presidente dos Estados Unidos e Cavaco de Portugal. Não é pela dimensão de cada um dos países, é mesmo pela dimensão de cada uma das pessoas. Pela dimensão que uns têm e outros nunca terão!

Cavalo de Tróia ou bombista suicida?

Por Eduardo Louro

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Toda a gente sabe que o acordo imposto à Grécia pelo Eurogrupo não resolve coisa nenhuma. Nem à Grécia nem à União Europeia, daqui por (poucos) meses tudo volta á mesma!

Tsipras disse-o desde logo: “assino, mas não concordo” – mais ou menos isso – e por todo o lado, gente de todos os quadrantes afirmou e reafirmou que nada tinha ficado resolvido, tudo tinha sido adiado, empurrado para a frente. Muitos salientaram ainda os riscos da humilhação. A História está farta de os mostrar, e se alguma coisa emerge deste acordo a que a Grécia foi forçada é justamente a humilhação a que foi sujeita.

Vem isto a propósito da onda de indignação que por aí anda por parte da mais cega ortodoxia da direita a propósito de um eventual plano secreto do governo grego para abandonar o euro, confirmado até num suposto vídeo de Varoufakis. A Grécia é – dizem – o cavalo de Tróia do euro!

Sendo evidente para toda a gente que se a União Europeia não mudar – e não só não se vê como possa mudar, como essa mesma ortodoxia de direita e germanófila não quer que mude – a Grécia não cabe no euro (nem, nessas condições, Portugal, mas isso eles não percebem), normal é que o governo grego esteja a trabalhar num plano de regresso à sua moeda. A não ser que fosse ainda mais incompetente e irresponsável do que o que o pintam. O governo grego só não saiu – nem teve condições de ameaçar fazê-lo, e daí ter de se sujeitar à humilhação – pelo seu próprio pé porque não estava em circunstâncias de o poder fazer. Por razões (menores, apesar de tudo) conjunturais de política interna – os gregos queriam manter-se no euro – mas acima de tudo – que não é pouco, é mesmo tudo – porque não teve apoio externo. Nem Rússia, nem Estados Unidos, nem China, e sem reservas de divisas para pagar importações, nunca podia adoptar uma moeda própria …

Antes de acusar o governo grego de cavalo de Tróia, haveria que acusar a União Europeia de fazer da Grécia um bombista suicida. Se o governo grego estiver a preparar a sua saída está apenas a fazer o que a realidade lhe impõe. O que lhe compete. O que a lucidez aconselha.

Que no meio disso tudo recuse apertar os explosivos à cintura é o que nós devemos ardentemente desejar!

 

Um teste ao respeito por nós próprios

Por Eduardo Louro

 

 

Passos Coelho é capaz de tudo. É até capaz de chegar à Madeira e bater todos os recordes de aldrabice de Alberto João Jardim... Capaz de fazer do primeiro Chão da Lagoa sem Jardim, o mais charlatão de todos os Chão da Lagoa. 

Podemos dizer que esta gente perdeu o último pingo de vergonha. Podemos dizer que nunca ninguém foi tão longe no descaramento. Podemos indignar-nos com a falta de respeito pela nossa inteligência. Podemos ficarmo-nos pelo simples "é preciso ter lata"...

Mas também podemos achar que isto é apenas um teste ao respeito que temos por nós próprios... Com resultados a conhecer lá para 4 de Outubro!

 

 

 

 

Tour de France 2015: Ponto final.

Por Eduardo Louro

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E em Paris ganhou um alemão... Não é grande novidade. Nos Campos Elíseos ganhou Andre Greipel!

Ganhou pela quarta vez, como fizera o seu compatriota Kittel no ano passado, confirmando-se indiscutivelmente como o melhor sprinter doTour. Não se sabe se o melhor do  mundo, porque Kittel, não tendo podido - por doença - estar lá, está aí.

Desceu o pano sobre um dos maiores espectáculos do mundo, para o ano há mais. Porque este é, entre todos os grandes acontecimentos desportivos mundiais, o único que se repete todos os anos.

Ontem, quando tudo ficou resolvido, referi-me aqui à forma como este Tour se decidiu, ao erro de cálculo da Movistar, que ganhou colectivamente mas podia também ter ganho com Quintana, e aos protagonistas maiores da classificação geral. Falta referir outras figuras de uma competição fantástica, mas demasiado previsível.

Começo por aqui, pela previsibilidade. Que é o maior inimigo do espectáculo desportivo, da própria competição. Sem um verdadeiro contra-relógio individual - no mínimo um, é indispensável - e com inevitáveis estratégias de equipa a determinarem tudo o que se passa na corrida, este Tour tornou-se demasiado previsível. Repare-se como até os momentos mais espectaculares - os ataques de Quintana - eram previsíveis. Todos iguaizinhos... Primeiro Valverde, a ganhar uns metros. Sabia-se que depois viria o colombiano.

Há que referir Peter Sagan, o vencedor por pontos (camisola verde) pela quarta vez consecutiva. Ao contrário dos anos anteriores, o (ainda) jovem eslovaco não ganhou uma única etapa. Mas foi o rei dos segundos lugares... 

E os portugueses. Rui Costa foi forçado a abandonar muito cedo, nunca se recompondo da queda colectiva em que se viu envolvido logo na terceira etapa, mas também vítima de uma série de problemas gástricos. O Sérgio Paulinho não esteve presente, ficou-se pelo Giro, para ajudar o Contador a ganhar, e vai regressar na Vuelta, para ajudar o polaco Rafal Majka (27º, a mas de hora e meia). Os três restantes estiveram muito discretos, quase não ouvimos falar deles. O Nelson Oliveira (44º, a pouco mais de 2 horas, no meio de gente grande: logo atrás - mais 37 segundos - de Sagan, e à frente de Richie Porte) foi o melhor, e ainda apareceu uma ou outra vez. Como hoje, quando deu umas voltas aos Campos Elíseos na frente, que lhe valeu... muita televisão. O Tiago Machado (67º, a quase 3 horas), numa equipa de ponta - a Katusha, de José Azevedo - não teve qualquer protagonismo. E o José Mendes (134º, a mais de 4 horas) ainda conseguiu entrar numa fuga, no dia em que ganhou o Ruben Plaza, o colega do Rui e do Nelson que foi um dos animadores - entrou em todas as fugas - dos Alpes. 

Para o ano há mais. Para os portugueses, também...

 

 

Estado de direito?

Por Eduardo Louro

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Ricardo Salgado saiu do tribunal sujeito prisão domiciliária, ficando em casa vigiado por dois polícias. Há exactamente uma ano também foi ouvido em tribunal. Então levado pela polícia, detido para apresentação em tribunal. Então, a medida de coação foi uma caução de 3 milhões de euros...

Desta vez a caução seria um grande embaraço. Donde viria o dinheiro, com as contas supostamente congeladas e todos os bens arrestados? 

Alguma coisa teria de ficar à mostra. Daí a prisão domiciliária, mas sem o estigma da pulseira electrónica...

Estranho? 

Mas estranho é que, há um ano, em pleno centro da crise BES/GES, Ricardo Salgado foi ouvido e sujeito à prestação da tal caução no âmbito do processo Montebranco. E que, num ano, não haja qualquer percepção de que alguma coisa tenha avançado...

Mais estranho é que um ano depois do colapso do BES, e seis meses depois de uma comissão parlamentar de inquérito ter tornado público o que tornou, a Justiça não tenha incomodado Ricardo Salgado. Estranho é que tenha acabado de ser interrogado pelo tribunal, não por iniciativa do Ministério Público, mas por processos movidos por terceiros, lesados evidentemente.

Mais estranho ainda é que, um ano depois, quando num país a sério os culpados estavam encontrados e condenados, do MInistério Público não se conheça sequer uma iniciativa. Estranho é que quando há milhares de portugueses lesados, roubados pelo BES e enganados pelo Banco de Portugal, o Ministério Público faça de conta que não ouve, não lê e não vê. Provavelmente para esconder a falta de meios para investigar... 

Mas ainda mais estranho é que se diga que vivemos num Estado de Direito!

 

 

Tour de France VI

Por Eduardo Louro

 

Chris Froom venceu - vai ganhar amanhã - pela segunda vez o Tour de France. Venceu, mas desta vez não convenceu...

Não convenceu porque o jovem colombiano Nairo Quintana deixou a ideia que era mais forte. Porque lhe ganhou por duas vezes, e apenas perdeu para o britânico por uma vez, logo naquela primeira abordagem aos Pirinéus, que decidiu - como então aqui se prevera - o vencedor deste ano. Porque o minuto e doze segundos que no cimo do Alpe d´Huez lhe faltou anular é bem menos que os mais de dois minutos que perdeu na primeira semana, naqueles cortes que o vento sempre provoca. E porque, no fim, ficou a ideia que Quintana atacou tarde de mais. Que, para recuperar os quase quatro minutos de atraso que resultaram dos tais cortes provocados pelo vento e da única vez que foi, de facto, derrotado por Froom, naquela décima etapa, teria de atacar mais cedo. Mais cedo, mesmo que já nos Alpes. Ou, em última análise, mais cedo mesmo na etapa de ontem.

Ontem atacou - a sério - apenas quando faltavam cinco quilómetros. Hoje corrigiu, mas já era tarde. Atacou na nova subida de hoje ao Croix de Fer, a mais de quarenta quilómetros da meta, para abdicar pouco depois. E lançou o ataque definitivo à entrada da subida final para o Alpe d´Huez, com a mesma estratégia de sempre: ataque inicial de Valverde - que grande Tour, o do campeão espanhol! -  para depois sair que nem uma flecha para se lhe juntar. Ganhou perto de minuto e meio - numa dúzia de quilómetros - em cima do meio minuto de ontem, em cinco. Seria difícil ganhar muito mais do que isso em cada etapa a um ciclista como Froome, com uma equipa como a Sky, que tem sempre três ou quatro corredores disponíveis para ajudar. Como hoje voltou a acontecer, com Porte - que, de saída da equipa e a fazer um fraquíssimo Tour, já tinha sido decisivo na tal décima etapa - a levá-lo montanha acima. 

Claro que nunca se saberá se Quintana poderia fazer mais. Sabe-se é que Froome, não!

Lá no alto foi Pinault - também ele a fazer uma parte final da prova em crescendo - que ganhou, resistindo por 18 segundos à subida demolidora do colombiano, com Valverde, em quarto, a chegar com Froome. E a confirmar, com inteiro mérito, o seu lugar no pódio. Este foi o melhor Tour de sempre de Valverde, que foi dos maiores animadores da competição.

Os quatro candidatos que aqui se perfilaram acabam por ocupar as primeiras cinco posições da classificação. Valverde, e logo no terceiro lugar, foi o intruso. Froome ganhou, como se esperava se bem que talvez como não se esperasse. E ganhou ainda o prémio da montanha. Quintana foi segundo, mas bem podia ter sido primeiro. Que seguramente será, dentro em breve... Nibali - que hoje foi francamente azarado, quando teve uma avaria no início da última subida que o afastou do centro de decisão da etapa, mas não o impediu de mais uma clara demosntração de categoria - acabou em grande, a honrar o número 1 que ostentava nas costas. Pode dizer-se que corrigiu os Pirinéus com os Alpes. Onde esteve ao nível do melhor dos melhores: basta ver que ficou a 8 minutos de Froome, quando logo na primeira etapa dos Pirinéus já estava a 7!

Contador foi o quinto, mas sem grande honra e não mais glória. Pode ter alimentado a ideia de que estaria ao seu alcance a proeza de ganhar o Giro e o Tour. Mas ficou apenas a ideia que o Giro foi a sua única hipótese de este ano ganhar alguma coisa!

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