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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Dias interessantes

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Puigdemont não apareceu, nem na mala de um automóvel, e o Parlamento da Catalunha não empossou governo nenhum, deixando tudo na mesma. Trump fez o seu primeiro discurso do Estado da União, e parece que conseguiu não chocar ninguém,  parecendo até cordial. A investigação judiciária entra por todas as portas dentro, até pela própria, como sugere o próprio nome escolhido: "operação lex". E atinge dois juízes desembargadores, marido e mulher, ao que se diz. E ainda ao que se diz, o presidente do Benfica. O que talvez finalmente explique por que é que o clube tem sido deixado ao abandono na defesa do seu bom e glorioso nome.

E já que fomos dar à bola, passamos pela saga Centeno, agora com a pouca vergonha a saltar fronteiras - o PPE quer levar o assunto a discussão ao plenário de Extrasburgo. E até por um guarda-redes, o do Moreirense, que no fim do jogo, que empatou, foi à "flash interview" convencido que tinha perdido. 

Ora digam lá se não há uns dias mais interessantes que outros?

Rombos e fitas

 

No primeiro jogo sem Krovinovic o Benfica regressou a tempos bem recentes, que se julgavam ultrapassados. Ao tempo de uma equipa sem sorte, mas também sem muito fazer por ela. De jogadores sem chama, e de um treinador sem rasgo e sem capacidade de revolta.

Desde cedo se percebeu que iria ser assim. E durante todo o jogo se foi percebendo que as coisas iriam correr como acabaram por correr. Foi, nesse aspecto, um jogo previsível. Mesmo que com muita história. E com muito vento, como é frequente no Restelo.

Era um dérbi, e os dérbis têm sempre alguma coisa de especial, mesmo este, que o Benfica ganhava consecutivamente há 10 anos. Logo de início o Belenenses mostrou ao que vinha, e que as palavras do seu novo treinador antes do jogo não eram só basófia. Muita agressividade, muita pressão sobre a bola, quando não a tinha, e jogadores muito juntos para a poder trocar quando a recuperava. Com isto, ganhava todos os ressaltos e todas as segundas bolas, e colocava o jogo a seu jeito. 

Na primeira parte, só depois dos 10 minutos, e durante perto de um quarto de hora, o Benfica pareceu capaz de impôr o seu futebol, aquele que tem vindo a mostrar. Depois, voltou ao eclipse.

Na segunda parte foi diferente. Mesmo sem nunca atingir - nem perto disso - a qualidade e o caudal ofensivo dos últimos jogos, o Benfica criou oportunidades mais que suficientes para ganhar. Mas as coisas não correram bem. Um ou dois penaltis por marcar e quando, ao terceiro, foi finalmente assinalado, Jonas desperdiçou. É certo que o "fiteiro" guarda-redes de Belém saiu da linha de baliza muito antes de a bola partir, e que o penalti deveria ter sido repetido. Mas também é certo que, pela forma como Jonas partiu para a bola, se percebeu logo que a coisa não ia correr bem.

Seguiram-se ainda mais três oportunidades flagrantes (é curioso, e revelador, que as estatísticas da Sport TV tenham dado duas oportunidades e um golo para cada lado). Todas falhadas, a apelar àquela velha máxima do futebol: "quem não marca, sofre". E assim foi, mas vale a pena contar como foi.

Quando o Benfica saía em mais uma vaga de ataque, o - mais uma vez - fiteiro guarda-redes do Belenenses deitou-se no chão. Quando a bola já ia a caminho da sua baliza, o árbitro parou o jogo. Claro que o jogo não pode continuar com o giuarda-redes no chão, mas não é comum ver, do nada e sem nada, como se confirmou, um guarda-redes deitar-se no chão quando o adversário vai para a sua baliza. Depois de largos minutos de "fita" o jogo recomeçou, com bola ao solo, naturalmente. Que os rapazes de azul, com todo o fair play, e ao contrário do que os do Benfica sempre tinham feito (entregaram a bola ao guarda-redes, ao "fiteiro") mandaram-na pela a linha lateral, lá muito à frente, ali bem à beirinha da grande área do Varela. E pronto - lançamento, defesa encarnada a dormir, e golo. Ao minuto 86!

No último minuto e no último lance, numa notável cobrança de um livre, Jonas marcou o golo do empate. Qua salvou a equipa da derrota, mas que não deve ter dado para muito mais. Aquilo que era a forte convição benfiquista no penta levou hoje um forte rombo.

Pelo resultado e por tudo. Até pela falta de resposta à ausência de Krovinovic!

 

 

"Anda tudo doido"!

Capa do Correio da Manhã

 

Ora aí está. Não se faz a coisa por menos: Mário Centeno prá rua. Nem mais, nem menos - Mário Centeno vai ser constituído arguído e, para o Correio da Manha (sem til) o assunto até já foi discutido, tratado e arrumado com o primeiro-ministro, logo que isso aconteça, apresenta a demissão.

Se o ridículo matasse, estávamos livres destes apontamentos de loucura da nossa imprensa. Como não mata, pelo contrário, em Portugal até dá vida, lá temos nós de andar a levar com estas coisas. O homem pediu um bilhete para ele e outro para o filho para ir à bola... Mas o que é isto?

O esquizofrénico submundo da bola passou a exportar doideira para todo o lado. Anda tudo doido!

 

 

Coisas da ciência*

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Não foi notícia de abertura de telejornais, nem capa de jornal. Mas foi notícia, num destes últimos dias, mesmo que possa ter passado despercebida à grande maioria das pessoas.

O título dificilmente poderia ser mais bombástico, ao dizer que “os homens vão acabar”. Logo a seguir, um subtítulo mais esclarecedor: “o sexo masculino tem os dias contados”.

Ninguém resistiria a isto. Tinha mesmo de se ler tudo. Falava de um estudo de investigadores da Universidade de Kent, no Reino Unido. Novo, novinho em folha, que conclui que está a ocorrer de forma notória uma crescente falta do cromossoma y. Que, como se sabe, é o que contém a genética masculina.

Não ficavam dúvidas a estes cientistas: se o cromossoma está a desaparecer, e se é dele que se fazem homens, os homens vão desaparecer. Até aqui, percebia-se. Não se percebia bem era como é que, desaparecendo os homens, não desapareceriam também as mulheres.

Era preciso chegar mesmo ao fim da notícia. No fim, bem no fim, lá estava a explicação que faltava: o estudo revelava que é um processo que vai demorar 4 milhões e meio de anos!

Notável!

Estes cientistas são fantásticos, as conclusões a que são capazes de chegar. Daqui a 4 milhões e meio de anos, não há mais cromossomas y. Por isso é que eles nem se preocuparam com as mulheres. Nem com ninguém que os possa desmentir!

Têm cada uma, estes cientistas…

 

* A minha crónica de hoje na Cister FM

"Muito culpado"

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No Brasil, o Tribunal da Relação Federal, em segunda instância, confirmou a culpa de Lula da Silva e reforçou ainda a condenação dada em primeira instância. No recurso, a pena passou dos nove anos e meio de prisão para 12 anos e um mês.

Não sei se Lula é ou não culpado na acusação de corrupção. Sei que as opiniões se dividem conforme o posicionamento político de quem as emite, mesmo que umas pareçam mais fundamentadas que outras. E nesse aspecto confesso que me sinto bem mais convencido pela argumentação da defesa do que da acusação.

Talvez isso, a maior solidez da argumentação, me faça inclinar para a tese do golpe. Mas nunca me conseguirei esquecer da deprimência das declarações dos deputados que ditaram o impeachement de Dilma, do que foi a tomada do poder de Michel Temer, e da forma como o tem exercido. Nem do insólito das declarações dos mais variados juízes, incluindo um dos que, ontem, fez parte da unânime decisão de agravar a pena, que esqueceu a dicotomia básica do "culpado" ou "não culpado" para passar à graduação da culpa. Para esse juiz, Lula é "muito culpado"!

Talvez por tudo isso eu tenha ficado muito convencido que é a consumação de um golpe. Que de nada valerão recursos superiores - e ainda tem mais quatro instâncias de recurso - e que Lula será mesmo preso antes ainda de apresentar o próximo recurso, para que seja definitivamente afastado do processo das eleições de Outubro.

Ah... a fotografia? Pois...

 

 

Uma imagem vale mais que mil palavras

 

António Costa lá se reuniu ontem à noite, em Davos, com o presidente angolano, João Lourenço. No fim, em declarações à imprensa, disse - como também  o Presidente Marcelo, mesmo sem lá estar e antes desse encontro, havia dito - que as relações entre Portugal e Angola são excelentes, do melhor que há. E que isso mesmo ficara provado na forma calorosa como o presidente angolano tinha recebido a delegação portuguesa.

Está tudo bem, garante o primeiro-ministro. Para ele há apenas uma questão jurídica, que passa completamente ao lado das autoridades políticas dos dois países. E que impede visitas oficiais aos dois países, mas só isso. Não tem importância nenhuma...

De João Lourenço, nem uma palavra. E quando nem uma palavra é acrescentada às últimas que foram ditas, só essas ficam... Como as fotografias!

É bem capaz de ter razão quem garante que uma imagem vale mais que mil palavras...

 

Obescenidades

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Os mais poderosos do mundo estão reunidos em Davos, a pequena localidade perdida nos Alpes suíços que todos os anos vira capital económica do mundo. Não sei se por lá chegarão notícias do relatório da Oxfam, que dá conta que, em 2017, 1% da população ficou com 80% da riqueza produzida. Mas desconfio que não esteja lá ninguém muito preocupado com isso!

Surpresa

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Arranca hoje o julgamento da Operação Fizz, que envolve o ex-vice presidente angolano e "ex-patrão" da Sonagol, Manuel Vicente. Que está provocar um terramoto nas relações entre Portugal e Angola e, por causa disso, um forte mau estar entre o poder político e o judicial em Portugal.

As razões que assistem às partes são conhecidas. O poder político em Portugal quer naturalmente evitar clivagens com o poder político em Angola, porque são muitos e fortes os interesses económicos envolvidos. Angola argumenta com o acordo judiciário assinado entre os dois Estados no âmbito da CPLP, e a Justiça Portuguesa com a desconfiança na Justiça angolana: teme que, com a trasferência do processo de Manuel Vicente para Angola, se não faça justiça.

Trata-se de um processo de corrupção envolvendo um cidadão estrangeiro, por acaso figura de topo do regime do seu país. E vem-me à memória outro caso de corrupção envolvendo cidadãos nacionais, por acaso também do topo do regime, e estrangeiros. Teve a ver com umas compras de uns submarinos. No estrangeiro foram identificados, julgados e condenados os corruptores. Em Portugal, a Justiça portuguesa não encontrou corrompidos. Arquivou tudo. Como arquivou tudo o que tinha a ver com umas fraudes com uns fundos comunitários, provadas e reclamadas pela União Europeia, que também tinham a ver com figuras gradas do regime.

Há aqui certamente alguns problemas de legitimidade. Mas há, acima de tudo, surpresa. E grande!

Surpreende que a Justiça Portuguesa não desconfie de si própria...

 

Força Krovi!

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Duas semanas depois o Benfica regressou à Luz para, nesta segunda jornada da segunda volta, defrontar o Chaves, mais um adversário disposto a facilitar-lhe a vida, que lhe estendeu a passadeira para que pudesse continuar a perseguir os seus dois adversários no topo da classificação. De tal forma que cedo ofereceu ao Benfica o golo que lhe daria a vitória, quando um dos seus centrais entregou a bola a Jonas, ali ao lado, sozinho, só com o guarda-redes pela frente.

Agora a sério, até porque Luís Castro, um excelente treinador e um homem sério, não se escondeu atrás de nada, nem avocou aos seus jogadores erros provocados e não provocados, menos concentração ou falta de agressividade e disse apenas a verdade que toda a gente viu: "um Benfica demasiado forte para as possibilidades do Desportivo de Chaves". Porque, ao contrário de outros, não se quer meter onde não tem que se meter. Se quisesse, poderia ter dito que é um Benfica demasiado forte para as possibilidades de qualquer adversário, como ficara demonstrado na última vez que se jogara na Luz.

O Benfica regressou a casa, de novo cheia que nem um ovo, duas semanas depois da memorável exibição com o Sporting, durante as quais espalhou pelo Minho a magia do futebol que vem praticando nos último jogos, claramente o que de melhor se pode ver nos relvados portugueses. Regressou no seu melhor porque, não haja dúvidas, só uma grande equipa, com um grande futebol, consegue fazer gato-sapato de uma boa equipa, como é esta de Luís Castro.

A primeira parte foi verdadeiramente espectacular, com o carrossel do Benfica a funcionar em pleno, impulsionado pelo fantástico Fejsa, como que o dínamo da equipa, e alimentado por Grimaldo, Cervi, Krovinovic, Salvio e Jonas, qual deles o mais brilhante. Cheirava a golo, sentia-se na bancada um forte cheiro a golo quando, aos 13 minutos, Jonas fez o primeiro. E que golo!

Seis minutos depois, Jonas, que no seu cardápio de golos tinha a página do Chaves em branco, bisou. Ainda a primeira parte não ia a meio. O resto foi um prazer para a vista, mesmo sem mais golos.

A segunda parte começou no mesmo tom, e logo a abrir Pizzi fez o terceiro. O jogo não acabou, até porque havia ainda muita coisa para mostrar. Por exemplo, que, com a equipa a jogar este futebol, até o Douglas - que jogou no lugar do castigado André Almeida - joga à bola. Quem julgaria possível ver o que se viu Douglas fazer naquela segunda parte?

Independentemente dos erros cometidos na preparação da época, e dos que se lhe acumularam na maior parte da primeira metade da temorada, o Benfica não tem sido uma equipa com sorte. Mesmo nos pontos já perdidos, há muito dessa coisa da (de falta de) sorte. Que a equipa nem sempre fez por merecer, como aqui muitas vezes se disse. As coisas estavam agora a correr bem. Demasiado bem para assim poderem continuar. A três minutos do fim, num movimento para evitar que a bola saísse pela linha lateral, Krovinovic fez uma rotura de ligamentos e vai falhar o resto da competição. E o próprio campeonato do mundo, na Rússia! 

Quando atravessa uma fase de grande brilhantismo, com os adverários a sentirem-lhe o bafo, o Benfica perde o mais influente jogador da equipa. Aquele que personifica a viragem da equipa, na sua nova dimensão táctica. Dificilmente podia ser pior! 

Desumanidades*

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A notícia que nos chegou no início da semana, de um casal americano que mantinha os seus 13 filhos em cativeiro, dentro de casa, é um dos mais atrozes exemplos da desumanidade dos nossos dias.

Na Califórnia, não muito longe da capital do glamour e do mundo cor-de-rosa – Los Angeles, mesmo que agora com algumas assombrações e vestidos pretos, continua feita de cor-de-rosa sobre passadeiras vermelhas – uma menina de 17 anos conseguiu saltar por uma janela e fugir da casa que, em vez de lar, lhe servia de prisão. A ela e aos seus 12 irmãos, sete adultos – cinco raparigas e dois rapazes – e outras cinco crianças, a mais nova com 2 anos. Subnutridas, que vegetavam acorrentadas num ambiente pérfido sem sol, nem luz, nem sequer ar…

Não há maior exemplo de desumanidade que estes pais, capazes de manter nestas condições inumanas os seus próprios filhos. Que condição humana, que sentimentos, ou que dignidade podem ter este homem e esta mulher que, ao longo de uma vida, geraram e colocaram no mundo seres humanos para lhe negarem essa condição?

Não é porém menos significativa a “desumanidade social” revelada nesta trágica notícia. Que humanismo pode haver numa comunidade que não se apercebe de uma realidade destas?

De que forma nos socializamos? Que relações de vizinhança criamos quando, por mais nauseabundo que seja, nem “cheiramos” o que se passa ao nosso lado?

Quando parece que mais comunicamos, menos nos relacionamos. Quanto mais fácil é comunicar, parece que mais difícil é estabelecer relações. E a fragilização dos laços sociais é um sério obstáculo à construção da dignidade humana!

 

* A minha crónica de hoje na Cister FM

 

 

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