Demissões
É evidente que o Estado falhou: mais de 100 pessoas morreram queimadas pelo fogo em apenas quatro meses. É claro que a estruturas da protecção civil não funciona(ra)m. E é inquestionável que ninguém no Ministério da Admnistração Interna tem condições para continuar. A ministra deveria há muito apresentado a demissão, e ter ido de férias. Ter-nos-ia pelo menos popupado a ouvi-la, agora e nestas circunstâncias, falar exactamente da falta de férias. Ou a outros dislates, como exigir mais resiliência às vítimas.
Até o próprio Secretário de Estado, que parecia ser a única pessoa equilibrada daquela equipa, acabou queimado nas labaredas do insane discurso da autoprotecção.
Mas - francamente - seria ontem o dia de alguém demitir alguém, ou de alguém se demitir do que quer que fosse?