Suicídios... políticos
Sabia-se que Passos Coelho não conseguiria resistir - a desorientação é grande e tudo o resto bem pequeno. Depois da saga Sebastião Pereira, e de uma tal Sofia Vala Rocha ter aproveitado a tragédia para anunciar que o diabo chegou mesmo, Passos não podia esperar mais. E tratou de arranjar suicídios: “Tenho conhecimento de vítimas indiretas deste processo, de pessoas que puseram termo à vida, pessoas que, em desespero, se suicidaram, e que não receberam, a tempo, o apoio psicológico que devia ter existido".
Não tinha. Um correlegionário, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Pedrogão Grande e candidato do partido à presidência da Câmara Municipal local, na imagem, com desmedida vontade de apresentar serviço, tinha-lhe dado conhecimento de um suicídio. Não confirmou, e logo transformou em plural. Não o plural majestático, mas o plural patético.
Foi desmentido. Por todos os agentes e pela própria realidade. Em vez de recuar, deu mais um passo: não tinha morrido ninguém, mas havia muito gente internada em hospitais por tentativas de suicídio. Voltou a ser desmentido. E só não foi envergonhado porque já não tem vergonha. Mas devia ter...