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Por Eduardo Louro
Cá trago mais uma vez o Sérgio de Almeida Corria, no Delito de Opinião. É leitura recomendada: Um dia isto muda. Não se está a ver é quando...
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Por Eduardo Louro
Cá trago mais uma vez o Sérgio de Almeida Corria, no Delito de Opinião. É leitura recomendada: Um dia isto muda. Não se está a ver é quando...
Por Eduardo Louro
... Emprego público, só para os amigos. Mais nada!
Por Eduardo Louro
As nomeações da rapaziada continuam. Técnico especialista ou assessor, não há dia sem novidades!
Desta vez é o Despacho nº 14730/2013 do Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Paulo Lopes da Silva Monteiro, publicado no Diário da República do passado dia 4: “designo como técnico - especialista João Melo de Castro Ulrich para realizar estudos e trabalhos técnicos no âmbito das respectivas habilitações e qualificações profissionaisno meu gabinete”.
Claro que os termos do despacho chamam a atenção: o Secretário de Estado designa o rapaz “técnico especialista". Para quê? Pois, "para realizar estudos e trabalhos técnicos no âmbito das respectivas habilitações e qualificações profissionais”. Para que não haja, nem nunca possa haver, a mínima desadequação entre as qualificações e o posto de trabalho. No tacho é normalmente assim... Dá sempre com o testo! Acrescento que o rapaz é jurista, pelo que a sua função será a de realizar estudos e trabalhos jurídicos…
Mas o nome do rapaz não lhe fica atrás!
Desconfio que o papá Fernando passará agora a sujeitar-se a alguma continência verbal. De outra forma melhor seria que tivesse arranjado um lugar para o menino lá no BPI…
Por Eduardo Louro
Enquanto a população sofre cada vez mais as agruras da crise, disparam os números da emigração e o país perde os mais novos e mais capazes, os boys vão-se instalando, aconchegando e acomodando.
Em Maio, como então aqui foi dada nota, já o governo tinha nomeado mais de 4 mil – 4463, com precisão. Dos motoristas – só o primeiro-ministro tem onze por sua conta –, com vencimentos superiores a médicos, soube-se até de um caso em que, à data da nomeação em Diário da República, o motorista nem sequer tinha ainda carta de condução.
Há três semanas atrás, como também aqui se deu conta, era o Secretário de Estado Carlos Moedas que nomeava dois jovens de 21 e 22 anos, acabados de sair da escola, mas especialistas. Desta feita, como conta o João Garcia no Expresso deste fim de semana, foi Jorge Barreto Xavier, o Secretário de Estado da Cultura, área que não tem orçamento para coisa nenhuma e onde o governo vai cortar 15 milhões de euros em despesas com pessoal, que recrutou para o seu gabinete um rapaz de 24 anos cuja qualificação é ser boy do PSD. O seu currículo não engana, e lá constam três workshops no Centro de Formação de Jornalistas (Cenjor) e um estágio de seis meses na Renascença, onde se seguiram oito meses de trabalho, antes de transitar para consultor de comunicação do PSD, onde permaneceu os cinco meses que antecederam esta nomeação. Que deixa este Secretário de Estado, como refere Henrique Monteiro hoje na edição digital do Expresso, com quatro adjuntos, sete técnicos especialistas, duas secretárias pessoais, um chefe de gabinete, dez técnicos administrativos, três técnicos auxiliares e, evidentemente, três motoristas.
Este boy tem um vencimento superior a 3 mil euros. Tanto quanto – conforme também João Garcia escrevia no Expresso – um médico chefe de serviço hospitalar sem exclusividade, mais do que um juiz de primeira instância e o dobro de um professor efectivo em início de carreira!
Esta gente não tem vergonha, nem por onde ela passe…
E lembrarmo-nos nós que ainda temos de aturar o discurso das Margarida Rebelo Pinto e dos João César das Neves …
Por Eduardo Louro
António Pires de Lima, actual ministro da economia e ex-ministro da economia do novo ciclo, do CDS, anunciou em Londres que Portugal está a preparar o programa cautelar para começar a negociar no início de 2014.
Moreira da Silva, actual ministro do ambiente, da ordenação do território e da energia, e ex-Marco António Costa do PSD, diz que sabe o que é um programa de resgate, que é aquilo a que Portugal está sujeito até Julho do próximo ano, mas que não sabe o que é um programa cautelar. E reforça: "Essa notícia deve ser clarificada. Programa cautelar é uma definição que ainda não existe no espaço público e por isso não me quero pronunciar".
Quer dizer: o programa cautelar - que Moreira da Silva nem sabe o que é - existe no governo, não existe é no espaço público. E quando vier a existir, Moreira da SIlva diz que não será o CDS a dar-lhe existência. Continua bem a coligação. De boa saúde, recomenda-se...
Entretanto, à cautela, Carlos Moedas reforça a equipa de "acompanhamento da execução de medidas do memorando". Com dois especialistas, de 21 e 22 anos, de "excelentes currículos académicos" e vasta experiência profissional:um estágio profissional de 3 meses no Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia e Emprego!
Não há programa cautelar que nos resgate a esta gente!
Por Eduardo Louro
Paulo Braga Lino foi Director Administrativo e Financeiro da Metro do Porto, e nessa qualidade responsável por aqueles contratos ruinosos a que decidiram chamar swaps - a única coisa que têm a ver com swaps deverá ser o momento da assinatura, foram provavelmente assinados ao mesmo tempo que os contratos de swaps. Mais nada!
Entrou depois para o governo, onde foi Secretário de Estado da Defesa, donde saiu em finais de Abril. Foi, como mais alguns dos envolvidos naqueles contratos - a Secretária de Estado Maria Luís Albuquerque é a excepção, não para confirmar a regra mas por ser o braço direito de Gaspar –, demitido do governo. Porque não podia ser de outra maneira…
Demitido em finais de Abril, Braga Lino passou os primeiros dias de Maio a tentar explicar-se por tudo o que era jornal e televisão. Percebe-se agora por quê!
É que já estava – nem uma semana de férias, vejam bem – de volta à Metro do Porto. Já era o Director Administrativo – sem Financeiro – da empresa onde, como Director Administrativo e Financeiro, tinha dado cabo de umas centenas de milhões de euros que todos nós estamos a pagar.
Quer dizer, ao contrário do que o despedimento do governo poderia – e quisera – sugerir, este boy – exactamente como todos os outros, que apenas rodaram à volta da mesa das empresas públicas - não foi penalizado coisísssima nenhuma. Mas nós voltamos a ser. É que a função administrativa e financeira da Metro do Porto custa-nos agora o dobro. Pelo menos, se é que, agora Director Administrativo na qualidade de ex-governante, não vai receber mais que o anterior Director Administrativo e Financeiro, agora sem o Administrativo, apenas Director Financeiro!
Um mimo em toda a linha esta rapaziada…Também nos boys não fica a perder para ninguém!
Por Eduardo Louro
Nunca se poderá dizer que este é governo com sorte. Nem assim, com todos estes esforços, o desemprego deixa de galopar para números nunca vistos…
Por Eduardo Louro
Ao mesmo tempo que dá uns tiros na coligação o governo segura-a com o melhor dos cimentos: o boyismo!
À tempestade do Relatório do FMI, com ministros e deputados do CDS a ameaçar partir a loiça toda, segue-se a bonança de mais um conselho de administração nas mãos de um dos seus boys.
Fica-se sem saber se é o governo a dar uma no cravo e outra na ferradura ou se apenas a estratégia clássica do mais pequeno, que berra para lhe darem o brinquedo.
Manuel Queiró é o novo presidente da CP. Boa pessoa, certamente. Capaz, eventualmente. Aos 60 anos – ou à beira disso -, não se lhe conhece currículo para tamanha tarefa. Não se lhe conhece o exercício de funções executivas onde quer que fosse nem qualquer experiência ou especiais aptidões em transportes, ferroviários ou outros. Mas entrega-se-lhe a responsabilidade maior pela gestão da maior das empresas do sector que mais dores de cabeça dá ao país!
Continuamos a brincar: é o que é. E depois diz-se que o Estado é mau gestor. Tem que começar a dizer-se é que mau accionista… Não sabe escolher os seus gestores!
Por Eduardo Louro
Começaram por ser 131. Depois, vistas as coisas com um pouco mais de atenção, o número duplicou e eram já 233 os assessores e adjuntos – boys, em linguagem comum – que, ao contrário de todo o funcionalismo público, receberam o subsídio de férias. Afinal soube-se hoje que o número é dez vezes superior: quase 1500 boys, com tudo a que têm direito!
Por Eduardo Louro
Tomaram-lhe o gosto ... não querem outra coisa. Agora foi a vez do subsídio de desemprego!
O Ministério da Solidariedade anunciou baixar o valor mínimo do subsídio mensal de desemprego de 419,22 para 377,29 euros. Enviou a proposta aos parceiros sociais para, logo perante as primeiras reacções, imediatamente vir dizer que era só uma proposta.
É a velha estafada estratégia de mandar o barro à parede, particularmente cara a este governo e onde todos querem fazer o seu número. Mas, francamente: ainda não perceberam que são apenas mais tiros nos pés?
Seria assim tão difícil encontrar outra medida que produzisse o mesmo efeito de euros no corte de despesa? Têm a noção que se está a falar de 6,3 milhões de euros? Será que sabem que nós sabemos que continuam a entrar pelo governo dentro boys à tripa forra?
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