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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Fim de festa

ECO da Campanha: nem o mau tempo arrefece a caça ao voto (in)útil – ECO

 

Foto do ECO

Chegou ao fim a campanha eleitoral, com a chuva a estragar o fim de festa. Agora ... é reflectir, coisa que muita gente acha estúpida. 

Reflectir não só não é estúpido, como faz falta. Não sei se funciona. Se calhar não, se não seria como o outro dizia do liberalismo: "funciona e faz falta".

Já o dia de reflexão, é outra coisa. Esse sim, é meio estúpido. Só meio, não mais que isso. É que, depois de semanas de barulheira, sabe a descanso. E sem descanso podemos não conseguir reflectir, coisa que "funciona e faz falta".

Para trás ficaram semanas - na realidade meses, desde 7 de Novembro que o país está em campanha eleitoral - de debates, comícios e arruadas. De promessas e juras que deixam de contar logo que os votos sejam contados, mas  fazem parte ... Que nem correram nada mal, pelo menos em comparação com o que seria possível esperar.

O lamaçal esteve sempre lá, mas não houve porco para lutar. O pé fugiu-lhes muitas vezes para a chinela, mas só isso. O de Manuela Ferreira Leite fugiu-lhe um bocado de mais. Tanto que perdeu o pé ...

Quem não quis deixar a campanha chegar ao fim sem lá meter a colher foi Marcelo. O Presidente Marcelo é assim. Pensa que pode tudo. E que tudo lhe fica bem. Mas ... "olhe que não". "Olhe que não", Sr Presidente!

 

A estrebuchar

ELEICAO DA ASSEMBLEIA DA REPUBLICA 2024 CIRCULO ELEITORAL DE SETUBAL AGENDA  DE CAMPANHA - Rostos On-line

À medida que o dia 10 se apressa, Ventura, a ver o chão a fugir-lhe debaixo dos pés, estrebucha. Dava-lhe jeito que a lata de tinta lhe tivesse calhado. Não era a mesma coisa que uns tiros sobre a caravana, estragados pela motorizada de escape livre, mas servia... Só que, nem isso... E a brincadeira daquele imbecil, que o Bloco de Esquerda resolveu de imediato, que quis aproveitar para replicar Trump e Bolsonaro, também morreu logo à nascença. E então lá volta à garantia a 99% que formará governo. Para garantir essa certeza de 99% lança nomes. Nomes de que se vai lembrando, mas que não se lembram sequer de alguma vez terem falado com ele, depois de ter abandonado a casa mãe e fundado a sua própria "tasca".

Dos nomes de que não se lembra mesmo é dos que lhe financiam a "tasca". Não se lembra dos nomes que (não) aparecem a lista de donativos, logo em 2019, logo no seu primeiro ano de actividade. Mas lembrou-se que seria melhor deixar de apresentar listas de donativos nos anos seguintes...

 

Coincidências

Marcelo diz que ataques com tinta por ativistas climáticos perderam eficácia

Desde que é Presidente da República, e nessa função, seja em que eleições for, das autárquicas às legislativas, Marcelo encontra sempre maneira de cruzar algures, num evento qualquer ou por "mera casualidade", com o candidato do seu partido durante a respectiva campanha eleitoral. Ontem, na abertura da Bolsa de Turismo de Lisboa, uns imbecis atiraram uma lata de tinta a Montenegro, que teve de perder uma hora para tomar banho e tirar a tinta do cabelo - que não "a irritação na pele e na face" - fizeram gorar "a coincidência" e Marcelo já só encontrou Nuno  Melo. E teve que se limitar a um simples "está tudo a correr bem?".

Que sim, à excepção de uma lata de tinta, respondeu o líder centrista. "Já ouvi falar" - respondeu!

E pronto. Não deu para mais. Pode ser que fique para a próxima...

Passos, Montenegro e a sueca

Depois da intervenção de Passos Coelho, António Costa terá de vir à campanha  eleitoral, até porque a situação está fácil para o PS" | CNN Fim de Tarde |  TVI Player

Passos apareceu logo no arranque da campanha, levando a malta do comentário televisivo ao êxtase: era trunfo forte de Montenegro, jogado logo no início.

Não é. Passos é hoje uma carta seca. Bem se vê que nunca jogaram à sueca. Na política, como na sueca, as cartas secas - ou furadas, é a mesma coisa - jogam-se logo no início. Os trunfos guardam-se para a melhor oportunidade. E o ás de trunfo está sempre à espreita da bisca. 

Os profissionais que trabalham na campanha de Montenegro sabem jogar à sueca. Se tinha que ser - e tinha porque, estando no baralho, tinha que estar naquela mão - então que fosse logo no início, para não atrapalhar lá mais para a frente. E para dar tempo para ser esquecido. 

 A direita do comentário político é que, pelos vistos, nem as cartas distingue. Para eles são todas do mesmo naipe!

Banha da cobra para o crescimento

Intestino Poroso...mito ou realidade? - Scimed

Portugal tem um indesmentível e complexo problema de crescimento económico. Hoje tão iniludível que foi finalmente trazido para o debate eleitoral, nesta campanha. Se não se pode dizer que seja transversal a toda a campanha, menos se poderá dizer que tenha sido trazido em toda a sua plenitude. E, menos ainda, em modo de debate sério

Portugal tem vários problemas estruturais que confluem no problema do crescimento, como uma vasta rede de afluentes a desaguar no rio. Olhar para o estado do rio sem ver o que vem dos afluentes a montante é não querer perceber nada. E o que se não quer perceber, não se quer resolver.

É verdade que o tema veio para a campanha pela mão da direita, e em particular pela da Iniciativa Liberal, que dele faz prato principal. Daí passou para a agenda do PSD. A esquerda, mal, pouco mais fez que ignorá-lo, e deixou a direita sozinha a tratar do assunto da forma que entendeu. Com um mau diagnóstico, a receita nunca poderia ser mais que banha da cobra.

O diagnóstico partiu da comparação do crescimento dos países de leste, do lado de lá da antiga cortina de ferro, com o de Portugal. Não é por acaso, é um diagnóstico propositadamente enviesado para apontar ao fim político. Ignora que todos os países crescem mais nos primeiros 15 a 20 anos da adesão à Comunidade Europeia, por razões tão óbvias, que me dispenso de enumerar. Ignora as qualificações desses países à partida. Ignora o grau de especialização industrial da sua maioria. E ignora a sua centralidade geográfica e, em particular, as paredes meias com as maiores e mais desenvolvidas economias da União.

Ignora tudo isto para relevar as suas políticas liberais. De liberalismo.económico, evidentemente. Porque os outros não lhe importam. Os meios não devem justificar os fins, mas é campanha eleitoral... Temos de ser condescendentes.

O problema é a receita. Nessa já não pode haver condescendência. E a receita, adiantada por Cotrim de Figueiredo e logo apadrinhada por Rui Rio, é baixar o IRC. É simples: baixa-se o IRC e a economia desata a crescer!

Um vendedor de banha da cobra não faria pior. Mas esse nem disputa eleições nem se propõe a fazer crescer o país. Fica-se pelas dores de barriga e afins...

 

Centenos

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Depois de ter percebido que tinha elevado Centeno à categoria de marca, Rui Rio quis emendar a mão. Quando as coisas até parecem estar a recompor-se, simplesmente inverter tudo, virar a coisa do avesso, e  trocar Centeno por Sarmento, não seria grande ideia. Nem suficiente, e decidiu acrescentar-lhe um passo, propondo um debate a dois. Entre os dois Centenos, que já pretendia entre os dois Sarmentos.

E tratou logo de adiantar que quer o seu Centeno quer o seu Sarmento já tinham aceitado!

Para quem não acredita em sondagens - evidentemente que ainda está para nascer quem acredite em sondagens desfavoráveis -  nos últimos dias, à entrada do período oficial da campanha, as coisas parecem claramente mais bem encaminhadas para Rui Rio. Ganhou novo ânimo, e isso nota-se. De tal forma que até já teve que encontrar, à última da hora, um ministro das finanças  ... 

O Centeno que nunca lhe tinha feito falta!

 

Princípios, fins e fronteiras

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Quando a dúvida que paira sobre as eleições do próximo dia 6 é se o PS alcança ou não a maioria absoluta, e sabendo-se que alcançá-la é o objectivo maior do partido, é curioso que, em nenhuma ocasião, António Costa enuncie esse objectivo. Antes pelo contrário, como se viu nas declarações que provocaram mais um ataque de ira a Sócrates.

Depois de esgotados os debates a dois com os  partidos com que poderá ter de se entender na eventualidade de não atingir a maioria absoluta, concluídos ontem com o líder do PAN, não fica qualquer dúvida que António Costa adoptou sempre um comportamento consistente com essa atitude. O debate com qualquer dos três opositores - mesmo com Catarina Martins, que era onde o risco de descambar era claramente maior - foi sempre uma conversa amena e nunca um confronto. A expressão mais marcante de todo esse ambiente é do próprio António Costa: "se fui eu que abri esta porta, não faz sentido que seja eu a fechá-la".

Mas isto é António Costa. Outras vozes no PS dizem coisas exactamente opostas. Nem é necessário ir lá mais atrás buscar declarações inflamadas do Carlos César; ainda ontem, no Parlamento, um desconhecido deputado da Madeira (coisas da insularidade, quem sabe?) proclamava que “o que precisamos mesmo é podermos governar sem empecilhos”. 

Mas se nos lembrarmos que ainda há pouco tempo António Costa dava o braço ao PCP e empurrava o Bloco para longe: "o PCP é um verdadeiro partido de massas, enquanto que o Bloco é um partido de mass media"; ou anunciava  - agora ele - o diabo, enrolado na bandeira da ingovernabilidade que se levantaria a partir de um bom resultado do Bloco, somos bem capazes de acabar a dar razão a um dos populistas-mor nesta disputa eleitoral que diz que António Costa não tem princípios, tem fins.

São, de resto, coisas destas que acabam sempre a baralhar as fronteiras do populismo. 

A política a aquecer. Como o tempo...*

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Com o fim das férias, e a subida da temperatura, a actividade política explodiu. De um dia para o outro, de repente, e sem a ponte que as rentrées sempre abrem, o país deu por si rodeado de entrevistas e debates por todos os lados. Sim, que já não se fazem reentrés como antigamente, e até o mítico Pontal do PSD, onde confluía a fina flor do partido devidamente bronzeada, acabou de vez. Vai valendo o Chão da Lagoa, mas isso fica lá na Madeira, e foi sempre uma espécie de festa particular do Alberto João …

Claro que as eleições estão aí à porta, a um mês de distância. E para nós, um mês, em eleições, é muito pouco tempo. É muito curto, é já aqui. Nada que se pareça com os ingleses, que ainda não sabem se vão ter eleições para a semana…

Se os ingleses não precisam de grande preparação, e muito menos de grande conversa para ir votar, nós nem com grande conversa lá vamos. Talvez seja por isso, para nos mobilizar, que a campanha, ou a pré-campanha, nos entra em casa já todos os dias. Os telejornais já não despregam dos líderes partidários, atrás deles por todo o lado e, no resto, se não há debate a dois, há entrevista a um.

Nem sei se tanta coisa, assim de repente, não acabará por ser demais… Talvez não. Pelo menos para o pessoal mais ligado à oposição, que andava desesperado com o desaparecimento da sua gente. Pelo menos agora pode vê-la todos os dias… Ali, no duro. Ombro a ombro com os demais, a disputar cada minuto de luz e câmara, a cantar e a saltar. E sempre, sempre com alguma coisa na ponta da língua para dizer… Mesmo que, frequentemente e sem tempo para as pensar, acabem por sair umas coisas disparatadas e sem grande sentido. Já as começamos a ouvir!

Como há quem pense que o importante é que se fale de si, nem que seja para dizer mal, na política pensa-se que o importante é falar. Nunca estar calado, falar sempre. Nem que seja a dizer asneiras… 

 

* A minha crónica de hoje na Cister FM

É difícil, mas pode sempre fazer-se pior...

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Fica-me clara, a mim e à generalidade dos portugueses, a avaliar pelos resultados das sondagens, a ideia que dificilmente o PSD poderia fazer pior nas últimas semanas desta campanha eleitoral. Só assim se percebe que no início oficial da campanha tenha estado empatado com o seu principal adversário e que agora o veja a fugir, e já à distância de 10 pontos. Mesmo que não seja apenas por isso que o partido no governo vá ganhar umas eleições que invariavelmente penalizam quem está no poder...

Assistimos neste momento final da campanha eleitoral à maior desorientação por que que já se viu passar um partido de poder. Ontem, depois de Passos e de Ferreira Leite nas vésperas, foi a vez de surgir Luís Filipe Meneses. E que veio ele acrescentar?

Serviu para introduzir o tema das desavenças com as anteriores lideranças, lançando o mote para Paulo Rangel lançar o sound byte do PS unipessoal. Logo ele, de quem Rui Rio fugiu o tempo todo para que em nenhuma circunstância se pudessem sequer cruzar...

Rui Rio que já diz que tudo o que seja acima dos 20% (desmontando os resultados da coligação, e atribuindo ao CDS um valor eleitoral de 7%) de Passos Coelho de há cinco anos, é um bom resultado. É crescer!

Hoje chega Francisco Pinto Balsemão. Não vem a tempo de pôr ordem em coisa nenhuma... Mas pode sempre piorar.

 

 

Ai as sondagens...

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A três dias do fim, a campanha eleitoral para as eleições europeias do próximo domingo vai de vento em popa. Quer dizer, sem nada de novo, sempre na mesma coisa, como se o tempo, que se desloca a velocidades vertiginosas, estivesse parado. No mesmo sítio, há dezenas de anos!

Indiferentes aos ânimos e desânimos que das sondagens vão chegando, os principais partidos seguem imperturbáveis nas suas estratégias, e fiéis os guiões que seguem à risca. 

Por exemplo, o PS esconde Pedro Silva Pereira. Ninguém o vê em lado nenhum, nada dele se vai sabendo. Apenas se sabe que é o terceiro da lista, nada mais. Já o PSD, pelo contrário, mostra mesmo o que nem tinha de mostrar. Primeiro veio Passos. Depois Ferreira Leite. A seguir virá provavelmente Maria Luís Albuquerque, e desconfio bem que não acabará sem Relvas... E nem me admiraria muito que Cavaco ainda viesse fazer uma perninha.

Depois admiram-se com os resultados das sondagens...

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