O BLUFF
Por Eduardo Louro
O bluff é próprio do jogo, do acto jogar, da aposta. É um recurso a que o jogador deita mão para potenciar as suas hipóteses de sucesso. Que alguns usam, mas de que outros abusam.
É usado em qualquer jogo. Da mais amadora à mais profissional de competição desportiva. Do mais simples ao mais pardacento jogo de cartas. Das cartas ou dados lançados no mais lúgubre e escuro vão de escadas, às fichas no mais fino pano verde dos mais luminosos, elegantes e sofisticados casinos.
Estes sim, catedrais do jogo e verdadeiros altares do bluff, onde até já se pode entrar sem passar por elegantes escadarias, controlos de entrada ou passadeiras vermelhas. Sãos os casinos virtuais, a que já se acede a qualquer hora e em qualquer lugar através de um simples clique. Como por aqui - http://www.casinoonline.pt - se percebe!
Um jogo de futebol, por exemplo, é terreno fértil para o bluff. A finta ou o drible não é mais que isso, um bluff que umas vezes engana o adversário e outras não. Porque, evidentemente, nunca ninguém poderá garantir que o bluff funciona sempre – umas vezes funciona, outras não. Noutras, enganado acaba o enganador. Excepção, que facilmente se percebe, é Messi: aí não há qualquer bluff, o drible funciona sempre, e os adversários nunca são enganados. Sabem sempre por onde ele e a bola irão passar, sabem que é exactamente por ali mas nunca lá conseguem chegar a tempo. Ele, a bola, ou ambos – exactamente como ele quiser - passam sempre primeiro!
Mas é indiscutivelmente o jogo, o gambling, a verdadeira praia do bluff, onde o suspense pisa a red line e as mãos suadas aguardam pelo suspiro final, que às vezes chega! Fora da sua praia o bluff é francamente mal visto.
É o caso da política, quando os agentes políticos fazem da política um jogo. Saem-se frequentemente mal. E é desejável que cada vez mais se saiam mal, para que a política deixe de ser um jogo de enganar e passe a ser a arte que apregoam. A arte do possível!