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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Mel e moscas

A mosca que pousa no mel não pode voar” – Para Entender a Dependência  Química

Movimento Europa e Liberdade é o nome apelativo que foi encontrado, de sigla sugestiva: MEL. É com mel que se apanham moscas. Mel sugere também pote, aquilo a que toda a gente quer deitar a mão.

Apesar do nome apelativo, de sigla fácil e sugestiva, toda a gente prefere chamá-lo de "congresso das direitas". Assim, no plural. Porque há várias, não há uma só direita. Nem com mel conseguem fazer uma única.

Poderia ser esse o objectivo, pelos vistos falhado. É com mel que se apanham moscas, só que as moscas mudam. O resto é que não!

Rui Rio esteve presente pela primeira vez. Era a estrela desejada, com honras de encerramento. Mas o desejado é Passos Coelho, a estrela que brilha sem precisar de ser brilhante. Nem sequer de falar. Porque, lá está ... só as moscas mudam. 

Mas Rio acabou a dizer que estava ali, mas que seu partido não é de direita. Ou o que dele resta, e que lhe foge entre os dedos. Não estava lá, pois, pela direita. Só pelo mel. Ou seria pelo pote?

Sim, porque mel, o Chega não tem certamente. Só moscas.

Contas a pagar

 

 

Rui Rio e André Ventura reuniram-se e falaram sobre o Orçamento do ...

 

Rui Rio perdeu o pé, e entrou no desespero em que tudo lhe serve desde que dê pata agarrar. Bastou António Costa lançar uns piropos à esquerda para Rio se virar para André Ventura, à procura aconchego. A aconchegar-se.

Rui Rio não percebeu que não estava a agarrar-se ao Chega. Estava a dar -lhe a mão. Não percebeu que André Ventura, e o Chega, podem até estar a crescer muito mas, por muito que cresçam, sozinhos nunca chegam onde pretendem chegar. Que, ao dar-lhe  a mão, não se está a agarrar, está a puxá-lo para cima.

André Ventura, mais esperto, sabe que dali não tinha nada a perder. Agarrou a oportunidade que Rio lhe ofereceu de bandeja e, em vez de sair de lá, como desastrada e ingenuamente Rio lhe propusera, chamou-o para lá. E sob ameaça: se não vier, destrói-o.

Em política, como no resto, os erros pagam-se. Rui Rio começa a correr riscos de insolvência...

 

Brasil ou .. Mas... (parte II)

Os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), que disputam o segundo turno das eleições presidenciais

 

Bolsonaro está à porta do Palácio do Planalto, mas poderá não ser uma formalidade o que falta para que se lhe abra, daqui a três semanas. Chegou até a parecer que teria entrada directa, que tudo ficaria ontem resolvido, logo na primeira volta. Não ficou, e os 46% de votos que atingiu não são, hoje, mais que um copo meio cheio. E a direita portuguesa do "mas", que aqui trouxe há dias, voltou a fazer-se ouvir. Mais hipocritamente, agora que os resultados são conhecidos.

Que Bolsonaro é um fascista - gostam mais de dizer extrema-direita radical -  mas... Que a quase eleição à primeira volta de um candidato de extrema-direita radical mostra que o povo brasileiro está disposto a trocar a liberdade pela segurança. Mas ... ou porque, a verdade é que a insegurança no Brasil atingiu o extremo, e os brasileiros acreditam que só Bolsonaro pode resolver isso.

Sobre os gigantescos interesses da indústria da segurança no Brasil é que nem uma palavra. Sobre o lóbi da segurança, dos carros blindados às armas, é que nada. E sobre de que lado está Bolsonaro nesta "guerra" da segurança, menos ainda... E, da tal troca  a liberdade pela segurança, não vem qualquer mas  para as redes sociais, e a sua manipulação organizada. Nem  para as seitas religiosas. Nem para o bispo Edir Macedo e para a IURD...

 

 

Mas...

 

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As elites da direita portuguesa politicamente correcta assumem-se sempre muito democráticas. Demarcam-se de Trump, de Orban ou de Matteo Salvini ... mas ... sempre com um "mas". 

Eles são nacionalistas.. ...mas a economia cresce. Eles são xenófobos ... mas o desemprego desce. Eles são racistas ... mas também não se pode abrir as portas a toda a gente. Ou, normalmente por fim, na última das últimas alegações, eles até poderão nem ser flores que se cheirem ... mas foram eleitos democraticamente. 

Sabemos que é assim, vemos coisas destas todos os dias. Mas... o mais refinado dos "mas" surgiu agora com Bolsonaro.

Como lhes fica difícil (permitam-me este apropriado toque brasileiro) defender a criatura, atacam-lhe o ataque. Então transformam as gigantescas manifestações deste fim-de-semana do "ele não" num erro estratégico, nem que, para isso, tenham de recorrer a raciocínios "non sense" e a comparações espatafúrdias. 

Não há volta a dar. O "mas" está-lhes na massa do sangue!

Ca(u)sa perdida

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Acabada a última aula, o professor regressou presidente para acabar de vez com a novela da recondução de Joana Marques Vidal. Explicou que era do entendimento que o mandato do Procurador Geral da República deveria ser único, como, de resto, era mais ou menos consensual no meio, e nomeou Lucília Gago, em contra-mão com o CDS e com o PSD, ou com o que dele resta, já que para o seu líder tudo o que viesse estaria bem.

Ora aqui está uma derrota política da direita, sem qualquer sombra de dúvida. Nunca percebi por que é que a continuidade de Joana Marques Vidal era uma questão de direita e esquerda. Continuo convencido que não é, mas a verdade é que a direita fez dela  a sua casa. E tendo chamado a si a causa, perdendo-a, perdeu.

Mas não perdeu apenas aí. Perdeu, e aí com estrondo, quando apostou tudo nesta carta para abrir fracturas no entendimento reinante entre o primeiro-ministro e o presidente da república. E perdeu, finalmente e com não menos estrondo, quando, hoje, a única reacção negativa à nomeação é assinada por Passos Coelho, numa carta de despedida à ainda PGR publicada no Observador. Se calhar, quem menos se deveria ter metido nisso...  

O que ficou da votação que não contava

i

 

As propostas para a despenalização da eutanásia não passaram na Assembleia da República. Por pouco, mas não passaram. Como seria por também pouco, se eventualmente tivessem passado o que, como aqui ontem se dizia, iria dar no mesmo. Talvez da próxima!

Que sociedade portuguesa se divida ao meio sobre a matéria não é grande surpresa. Estas questões, ditas fracturantes, são mesmo assim. O que poderá supreender são os diferentes alinhamentos perfilados, e mais ainda se tivermos em atenção a violência que chega a ser utilizada no debate.

Como se viu são alinhamentos exteriores à dicotomia direita/esquerda. Há muita gente de direita que é a favor da despenalização da eutanásia, embora sejam poucos, muito poucos, residuais mesmo, os de esquerda que sejam contra. A questão do PCP - e já agora uma saudação ao PEV, que pela primeira vez fez jus à sua presença no Parlamento - é outra. É outra coisa, já lá vamos. 

Se procurarmos na dicotomia conservadores/liberais também encontramos dificuldades. Não que não percebamos de imediato que os (mais) conservadores estão contra, com poucas excepções. Mas porque lá, contra, encontramos também os mais assanhados liberais, os do tudo pela liberdade individual, do tudo pelo indivíduo e nada pelo Estado, que não tem nada que se meter na vida de ninguém. 

O PCP é outra coisa porque nunca a liberdade individual foi bandeira sua, e é hoje provavelmente o partido mais conservador do nosso quadro partidário. E porque provavelmente acredita no rendimento eleitoral desta sua posição, num eleitorado envelhecido. É curioso notar que o PCP não esteve ao lado do CDS apenas na votação. Esteve ao lado do CDS também ao nível do debate. Rasteiro, básico e manipulador... 

Ah... A primeira página do "i" é só porque sim... Porque nisto de capas não são nada maus!

 

 

 

 

 

 

Mais Estado e menos Estado

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Não deixa de ser curioso que, quando o Presidente Marcelo fala da falta do Estado, e praticamente avisa que vai monitorizar o seu desempenho, ambos os candidatos à liderança do PSD - que podem distinguir-se na forma, mas que estão a revelar muito semelhantes na substância - falem de menos Estado.

Daria a ideia que se trata de pensamento diferente, se não mesmo oposto, quando têm todos o mesmo alinhamento político e ideológico, pertencem à mesma família política e até ao mesmo partido. Quando, especialmente Santana Lopes, se está ostensivamente a colar ao presidente para, evidentemente, colher dividendos da sua popularidade.

Se, com o mesmo posicionamento ideológico, e o mesmo alinhamento político, dizem o oposto sobre o Estado, só podem estar a falar de coisas diferentes. Só podem estar a falar de "Estados diferentes". 

Na verdade assim é. Na verdade estão a falar de diferentes funções do Estado. O presidente Marcelo - mesmo que à saída do hospital tenha exaltado o Serviço Nacional de Saúde - fala das funções de soberania do Estado. E quer mais. Os candidatos à liderança do PSD referem-se às funções sociais e às funções reguladoras do Estado. E querem menos!

É esta a matriz ideológica da direita: pouco, ou se possível nenhum, Estado a regular (só atrapalha, não deixa fazer); pouco Estado social (vai trabalhar, malandro), mas muito Estado na segurança pública!

Não há nada para inventar. Muito menos a reinventar!

Chuva de pedras

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Os spin doctors da direita passista e pafista deixaram definitivamente de fazer de conta que toleravam o Presidente da República.

Bastou cair uma avioneta em Tires... onde morreram cinco pessoas. O Observador atirou a primeira pedra. A partir daí não mais parou de chover pedrada: foi torrencial! 

Será assim tão diferente do que para aí vai com os imbecis das claques dos clubes?  

Dulcineia numa espiral de euforia

 

 

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Passos Coelho continua a surpreender toda a gente ao continuar a negar a realidade e a chamar pelo diabo, deixando a ideia de cada vez mais isolado, entrincheirado numa espécie de resistência quixostesca.

A entrevista à SIC, na semana passada, puxou pelo D. Quixote que há em Passos. E puxou tanto que trouxe agarrada a Dulcineia, travestida de Rui Ramos. Não faltam preciosidades à preciosa Dulcineia, que acha que hoje o país vive uma espiral de euforia mais perniciosa que a espiral recessiva dos tempos do seu nobre cavaleiro. E que não tem dúvidas que o facto de o país estar melhor é, não só uma, mas a maior vitória de Passos Coelho. 

É "pelos três anos de ajustamento, em que só ele acreditou", que o país hoje está, mais do que melhor, eufórico. Só os mais de 4 anos - que, de tão bons, a Dulcineia pareceram apenas 3 - de empobrecimento, de desregulação social, de agravamento das desigualdades, e de inércia sobre o sistema financeiro, a correr alegremente para o abismo, permitiriam - afinal - que um governo que não ganhou eleições - aí está o Moínho das Tormentas - trouxesse aos portugueses, mais do que a simples alegria de viver, uma "espiral de euforia".

Força D. Quixote, continua determinado na tua trincheira, que a tua Dulcineia cá continua à tua espera. E vai olhando pelo Rocinante,  que o Sancho Pança não dá para esse peditório e há muito que deu à sola...

Cromos

 

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Não deixa de ser curioso reparar como a direita portuguesa, primeiro timidamentemas mas já de "peito feito", passou a defender o recém eleito presidente americano.

No início, não se percebe se por pudor e por medo, Trump era o que é: era mau. Não que fosse aquilo que é - em boa verdade, a direita mais conservadora e radical não aprecia especialmente  adjectivações como xenófobo, racista ou fascista - mas porque era ... um horror. Que coisa, credo...

Assim que foram conhecidos os resultados, e confirmada a tragédia, a direita deixou de ver "horror" na coisa e começou a ensaiar os primeiros saltos mortais do descaramento. O primeiro a chegar-se à frente foi justamente Passos Coelho.

Sem surpresa. Ele está na primeira lnha sempre que a causa passe por mandar os princípos para as ortigas . Ou por torcer a coluna vertebral!

Agora é ver como por aí corre, livre e desimpedida, a propaganda de Trump. Que dentro de pouco tempo substituirá Salazar na caderneta dos cromos que a direita  portuguesa impinge ao imaginário popular: o que Portugal precisa é de um Trump...

Mai nada... o resto é conversa!

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