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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Portugal - um país divorciado os portugueses?

10 de Junho assinalado nos Açores com poucos convidados e sem condecorações  — dnoticias.pt

Os números da economia portuguesa têm sido amplamente destacados. Tanto pelo governo, que pretende encontrar neles a legitimidade que a governação lhe rouba, como pela generalidade da opinião publicada.

Em 2022 o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 6,7%, o maior crescimento anual deste século. E o crescimento homólogo de 2,5% no primeiro trimestre deste ano surpreendeu toda a gente, do governo à Comissão Europeia, e ao Fundo Monetário Internacional levando-os, todos, a rever em alta as suas previsões. Quase triplicaram, e já se aponta agora para um crescimento 2,6%, no final do ano.

O défice orçamental, mais que a dívida, - o "alfa e o ómega" da política económica do governo - também têm tido um comportamento elogiado, e elogioso. E no final do ano só não teremos superavit orçamental porque António Costa irá ter de "despejar" dinheiro sobre os problemas que ele próprio criou, para limitar os danos políticos de uma governação errática e desastrada.

É do senso comum que os portugueses não sentem nada destas melhorias no seu dia a dia. Que, pelo contrário, vivem cada vez com mais dificuldades. O próprio Ministro da Economia, António Costa Silva, diz que “a melhoria significativa da economia […] ainda não chegou ao bolso dos portugueses”. O problema desta declaração está na utilização do advérbio de tempo. "Ainda" não chegou, e dificilmente chegará!

Na realidade o crescimento de 2022 - o tal maior deste século - decorre da quebra provocada pela pandemia. Em  2020, no primeiro ano da pandemia, o PIB nacional teve uma quebra de 8,7%, e foi dos que mais caiu na Europa. E o fascinante crescimento deste ano está apenas alavancado no turismo.

Os "números dizem" que o PIB está a crescer pelo crescimento das exportações, e que o consumo privado, e o investimento, estão a cair. Os menos atentos poderão ser levados a pensar que não é bom que o consumo e o investimento caiam, mas que é muito bom que as exportações cresçam. Seria assim se as exportações não fossem pouco mais que o turismo.

Na realidade é este o modelo de "desenvolvimento" da economia portuguesa, onde a produção industrial - com a maior quebra da União Europeia - foi substituída pelo crescimento exponencial da actividade económica relacionada com o turismo. De baixo valor acrescentado, de baixos salários, e de trabalho precário. 

O resto, já se sabe. São salários baixos, cada vez mais baixos e cada vez com menos peso no PIB, e preços altos. Pela inflação natural, pela especulativa, e pela que resulta da procura induzida, especialmente na habitação, pelo turismo. 

Daí a ilusão do advérbio de tempo na declaração de António Costa e Silva.

Há perto de 10 anos, Luís Montenegro, então líder parlamentar de Passos Coelho, ficou famoso pelo "país está melhor, os portugueses é que não". Hoje, é o Ministro da Economia a dizer que a melhoria da economia não está a chegar aos portugueses. É este o drama de Portugal - um país que parece divorciado dos portugueses!

E tudo isto já sem falar na desigualdade (brutal, escandalosa, e inadmissível no domínio fiscal) com que trata os residentes estrangeiros e os nacionais!

Vem aí o 10 de Junho. Sabe-se que as comemorações só dão em festa e condecorações, mal amanhadas, tantas delas. Mas não ficaria nada mal darem também em reflexão...

Não sair da cepa torta

Primeira Página - Jornal de Negócios

 

O governo decidiu ajudar as empresas a suportar o aumento do mísero salário mínimo nacional, decisão, por si só, discutível. Mas deixemos isso para outra altura.

Ao que sabíamos, a ideia seria apoiar empresas de mão-de-obra intensiva, dos sectores mais tradicionais da economia portuguesa, que mais recorrem a trabalho não qualificado e, por isso, com maiores dificuldades em acomodar o aumento do salário mínimo na sua estrutura de custos. Era isso, não era?

Pois...Parece que não. O Jornal de Negócios diz-nos hoje que esse apoio foi inteirinho parar à empresas de trabalho temporário e aos supermercados. E, ao dizer isto, diz-nos tudo sobre a história da maioria dos apoios públicos e dos subsídios à economia. Que nunca são o que dizem ser, nem nunca servem para o que devem servir. 

Será que o governo não sabia que a maior mancha de salário mínimo não está nos sectores mais tradicionais e menos competitivos da nossa economia? Será que não sabia que as poucas empresas desses sectores que têm essa prática salarial nem sequer dispõem de meios para correr a esses apoios?

Claro que sabia, e sabe. Mas é assim que as coisas (não) funcionam. E é por estas e por outras que não saímos da cepa torta!

Já nem nos lembrávamos, mas vem aí governo novo ...

É oficial. Primeiro-ministro designa Costa Silva para coordenar programa de  recuperação económica

A guerra fez com se tenha deixado se falar do governo. Do que continua em funções, que nem nos lembraríamos que existe se não fosse o colossal aumento dos combustíveis, e do que aí há-de vir. Lá mais para a frente, já faltou mais ...

Por isso é notícia que hoje se tenha visto nos jornais qualquer coisa sobre esse governo que aí há-de vir. Confirmam Fernando Medina nas Finanças, o que não sei se será uma boa notícia. E dizem que Siza Vieira vai para os Negócios Estrangeiros, deixando a Economia para António Costa e Silva, e essa já parece ser boa. Pela competência do chamado pai do PRR, mas também pelo que representa em termos de alargamento do campo de recrutamento. É sempre bom ver chegar alguém que vem de fora. Mais ainda se traz conhecimento e visão estratégica, como é o caso de António Costa e Silva.

Que haja condições para os pôr em prática, é o que se deseja.

O tamanho da onda gigante

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Ninguém consegue prever o tamanho da onda gigante que se está a formar, pronta a abater-se sobre a economia nacional (e europeia e mundial, evidentemente), a sua real capacidade devastadora e a dimensão da catástrofe que se avizinha.

Fala-se de outros exemplos, e de outros momentos da História de alguma forma similares, mas sabemos que não há precedentes e que estamos a mergulhar no desconhecido. Sabemos todos que nunca nada aconteceu em momento de tanta interdependência global. A economia é um jogo de expectativas, que depende muito do que acontece, mas mais ainda do que se espera que aconteça. E quando não se sabe o que vai acontecer, pode sempre esperar-se que aconteça o pior. 

O que está a acontecer nas bolsas fala-nos disso, e dá-nos uma ideia da dimensão da onda. Mas, ao vermos tudo a parar, e percebendo as receitas das empresas a desaparecerem sem que desapareçam  os custos, e que nesses estamos também todos nós, sentimo-la mais próxima e mais gigante ainda.

 

 

 

À beira do caos

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Em Itália, onde só ontem morreram 133 pessoas infectadas pelo Covid-19, os jogos de futebol disputam-se à porta fechada, como sucedeu no Juventus - Inter de ontem, um dos mais importantes do campeonato italiano. E a Lombardia está fechada ao exterior, com 16 milhões de pessoas impedidas de sair da região. 

Por todo o mundo todos os negócios vão gradualmente parando. Cancelam-se feiras, viagens, transportes... Cancelam-se todos os grandes acontecimentos desportivos. 

Os países produtores de petróleo ensaiaram um acordo para baixar a produção, e assim conterem os danos da descida de preços por esmagamento da procura. A coisa não correu bem e saiu tudo ao contrário, com a Arábia Saudita, o maior produtor mundial, a abrir uma guerra de preços com a Rússia, e a anunciar aumentar a produção e inundar o mercado.  E os preços a caírem com estrondo. Já está nos 30 dólares por barril, e só vai parar nos vinte. 

Petróleo a 20 dólares. Pode parecer uma boa notícia, mas não é. É péssima. Poucos, muito poucos, são os países produtores que sobrevivem a esse preço. Imagine-se o que daí poderá vir...

Pois é. Isto vai muito para além de escolas fechadas, de proibição de visitas a hospitais, lares de idosos e prisões ou de um Presidente da República fechado em casa. Isto é o caos a aproximar-se a alta velocidade!

Relatório e contas de uma greve

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Acabou a greve dos motoristas de transporte de matérias perigosas, como há muito estava escrito nas estrelas. O que virá a seguir não se sabe, mas sabe-se o que ficou.

E o que ficou é uma história que não acabou, e que deixa muito para ser reflectido. 

A actividade destes trabalhadores integra a fileira do negócio da energia, e dos combustíveis em particular, um dos mais rentáveis da economia nacional, onde muitos ganham muito, incluindo o Estado. Até há não muito tempo o transporte de combustíveis, fazendo jus à fileira que integra, estava a cargo das próprias refinadoras. Os motoristas que faziam esses transportes eram trabalhadores da Petrogal, ou da Galp, como agora se chama, e dispunham de condições de trabalho e de remuneração enquadradas nos padrões da maior empresa nacional.

Com a chegada da economia de subcontratação esses postos de trabalho foram transferidos para pequenas e médias empresas (PME) transportadoras, prontas a prestar esse serviço a preços muito inferiores aos custos da operação nos gigantes da refinação, num negócio interessante para ambas as partes, como convém que sejam os negócios. As petrolíferas cortavam custos e alargavam margens, e as transportadoras ganhavam negócio certo e sem risco, com uma carteira de clientes robustecida pelas empresas que mandan no país, imunes às oscilações da economia.

Com a consolidação da economia de subcontratação, e instaladas no novo negócio, as PME do transporte foram fortalecendo o M e abandonando o P e, com a propaganda do empreendedorismo e da doutrina do "crie o seu próprio posto de trabalho", passaram também elas a recrutar por subcontração no novo exército de mão-de-obra que desaguava da onda de empreendedorismo que desabava sobre o país. Empreendedores que adquiriam os seus tractores importados velhos da Europa e assinavam os contratos de leasing, que rapidamente se transformavam em corda na garganta. 

Este estado de coisas arrastou as remunerações para um sistema de salarial baseado no salário mínimo nacional complementado por um conjunto de remunerações variáveis. Que no conjunto poderia até ultrapassar a média de remunerações do país, baixa como se sabe, porque o país tem um problema de salários - como agora reconhece o primeiro-ministro - mas que, na hora do infortúnio (doença, acidente, etc.) e na da reforma, não passava do salário mínimo.

Patrões e sindicatos das centrais sindicais pareciam viver bem com estas coisas. E assim passaram vinte anos... E assim surgiu a oportunidade para novas coisas surgirem.

Não sei se "a ocasião faz o ladrão", mas a oportunidade cria o oportunista. E ele surgiu. Primeiro, há quatro meses, de surpresa. E agora, já sem o efeito surpresa, com tudo premeditado. Mas também com tudo bem preparado, do outro lado.

Ouvimos agora dizer, no anúncio das negociações para amanhã, que não há vencidos nem vencedores. Que venceu o diálogo.

Não me parece. Parece-me que só há vencidos. Nem mesmo o governo, por todos dado por grande vencedor, e em cuja actuação grande parte dos analistas políticos vê um grande passo do PS para a maioria absoluta. Não tenho dúvidas que no curto prazo o governo sai a ganhar, mas tenho ainda menos que tudo o que fez vai ter fortes repercussões futuras.

Abriu precedentes que poderão abrir portas que a democracia tem a obrigação de manter sob vigilância, quebrou barreiras que não mais se reerguerão, e destruiu regras de que iremos sentir falta no futuro.

Sabemos que o país aprecia o exercício da autoridade. E sabemos que António Costa aprecia que a chancela da autoridade se junte à das "contas certas", os dois rótulos que faltavam ao seu partido, e que considera fulcrais para consolidar o poder.

Estas contas podem ter acabado certas. As outras, as que o primeiro-ministro diz que vai agora fazer aos custos da greve, poderão também não dar grande preocupação. Mas ficam muitas outras por fazer. E essas dificlmente virão a bater certas! 

Dia de números

Capa Jornal de Negócios

 

Ontem foi dia de divulgação de resultados, tendências e previsões, com a publicação de Relatórios da Comissão Europeia, Boletim Económico do Banco de Portugal e dados do INE. 

A Comissão Europeia mantém as previsões de crescimento para a nossa economia nos 1,7%, mantendo as duas décimas abaixo dos 1.9% do governo, em qualquer dos casos acima do crescimento que prevê para a UE e para a Zona Euro, de 1,4% para este ano e 1,6% para o próximo.

Ou seja, a economia portuguesa vai, pelo quinto ano consecutivo, manter-se no caminho da convergência com a Europa. O que não impede a verdade trazida à estampa na capa do Jornal de Negócios: "Portugal está mais pobre face à Europa do que antes do Euro".

Mas também pelo quinto ano consecutivo, segundo o Boletim Económico do Banco de Portugal também ontem publicado, a  produtividade baixou no nosso país. No ano passado voltou a cair, baixando em 0,6% face ao ano anterior.

Segundo os dados ainda também ontem publicados pelo INE, quase 1,8 milhões de portugueses está em risco de pobreza. 17,3% da população vive com menos de 467 euros por mês, mesmo que desde 2014 estes números estejam a descer. Pelo quinto ano consecutivo, também.

Números são números. E diz-se geralmente que não mentem. E os números deste dia particularmente cheio deles dizem três coisas. 

A primeira já a conhecíamos de há muito. É que a adesão de Portugal ao Euro foi uma aventura. Poderia ter sido um desafio, um enorme desafio às nossas capacidades, como muitos de nós o vimos, mas acabou por ser uma apenas aventura que pagamos caro. Duas décadas depois são os números a dar razão aos poucos que sempre acharam que não tínhamos pedalada para o desafio, e aos mais -  bem mais - que se sustentavam em razões ideológicas. 

A segunda confirma que estamos cada vez mais longe de agarrar o desafio que se transformou nesta aventura. Sem moeda para desvalorizar para adquirir competitividade, e com a produtividade a cair em vez de aumentar, são os salários que continuarão a pagar a factura

E a terceira é que estas primeiras duas décadas do século se dividem em três partes: uma primeira, de uma década inteira perdida, em que toda a gente tratou da sua vidinha sem que ninguém ligasse nada ao país; uma segunda, na primeira metade da segunda década, a lamber umas feridas e a aprofundar outras, e a terceira e última nos últimos 5 anos. Sim, são os números que falam nos últimos cinco anos!

 

Não tem comparação!

Capa do Jornal Negócios

 

É já indesmentível que o país é procurado por empresas da nova economia, que aqui procuram e encontram condições para instalar os centros de investigação e desenvolvimento que lhes sustentam o seu negócio pelo mundo fora. A Google, já se sabia, vem aí. A Devexperts, um gigante com 6 milhões de clientes, na área das plataformas digitais para o sector financeiro, acaba de anunciar que vem para o Porto. E vêm aí mais, a acreditar no trabalho da Aicep...

Não é preciso recuarmos muitos anos para vermos o país a ser procurado por outro tipo de empresas, que aqui procuravam mão de obra barata, isenções fiscais e fundos comunitários. 

A diferença é tão grande que nem tem comparação.

A importância das coisas*

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Bem sei que a questão mais importante da semana é a de um segundo mandato da Procuradora Geral da República, que nunca houve e que poucos sabiam que pudesse haver, lá mais para o fim do ano. É realmente espantosa a capacidade que esta gente tem para reduzir a agenda mediática à simples espuma dos dias!

Por isso ninguém ligou muito às notícias que foram chegando sobre o emprego, com a divulgação dos dados do INE relativos a Novembro. Notícias que dão conta da mais baixa taxa de desemprego desde Novembro 2004, em 14 anos, portanto. No último ano a população empregada aumentou em perto de 160 mil pessoas!

São boas notícias?

Sim e não!

Sim, porque a diminuição do desemprego nunca pode deixar de ser uma boa notícia. Sim, porque resulta do crescimento económico, e a economia a crescer tem que ser sempre uma boa notícia.

E não. Porque o desemprego jovem continua a crescer, e em Portugal foi mesmo onde, na União Europeia, mais cresceu. Em Setembro era de 24,6 %, e em Outubro já ia em 25,6%: num mês, mais um em cada 100 jovens era desempregado.

E isto quer dizer muitas coisas. Quer dizer que continuamos a desperdiçar recursos, a deitar dinheiro fora, na educação por evidente desadequação entre a formação dada aos jovens e as necessidades das empresas. O drama é que isto não quer obrigatoriamente dizer que essa formação seja desadequada, quer dizer é que a retoma do emprego acontece em sectores que não valorizam as qualificações dos jovens mais preparados.

Por isso o desemprego jovem tem um comportamento simétrico ao do desemprego geral. Por isso há cada vez mais jovens sem trabalho ao mesmo tempo que, ao que dizem, faltam 70 mil trabalhadores na construção, 40 mil na restauração e outros tantos no calçado, no têxtil e na metalurgia.

Quer isto dizer – e pior notícia não pode haver - que na nossa economia nada mudou, que tudo continua na mesma. E toda a gente sabe que as mesmas coisas, nas mesmas circunstâncias, produzem sempre os mesmos resultados.

Mas parece que isto não tem importância nenhuma…

 

* A minha crónica de hoje na Cister FM

Coisas extraordinárias

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Também a Fitch, mesmo no finalzinho da semana, retirou Portugal do  lixo, saltando directamente dois degraus na escada da classificação de rating. Foi provavelmente a última grande notícia do ano, o tal que Costa designou de  "saboroso", gerando mais uma onda de indignação e obrigando-o a voltar a falar de contexto. Ou de fora dele...

Não deixa de ser extraordinário que um governo tido por politicamente forte - é essa a marca de António Costa - e economicamente vulnerável, sobreviva hoje politicamente à custa do seu desempenho económico. Não deixa de ser extraordinário que, contra todas as expectativas, o governo tenha ganho na economia o que lhe permite cobrir tudo o que perde na política, onde não param de se suceder situações embaraçosas. Como a que hoje leva o peso-pesado Vieira da Silva ao Parlamento!

Nem deixa de ser extraordinário que seja Máro Centeno, que ninguém quis levar a sério e que toda a gente escolheu para bombo da festa, o abono de família do governo do súper António Costa!

 

 

 

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