Já não bastava tudo o que se tem passado à volta das eleições para a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, a mostrar a verdadeira face do dirigismo do futebol em Portugal. Não bastava o discurso do presidente do Sporting. A figura do presidente do Vitória de Guimarães e a do Nacional. De cada um e de ambos em simultâneo. Para não falar do triste espectáculo de uma figura da magistratura e outra da política, qual delas a mais triste, a mostrar que quando os dirigentes do futebol estão atolados na lama há sempre quem, de fora, sirva para ... trazer mais lama ainda. Nem da falta de transparência dos três grandes, sem excepção!
Não bastava tudo isto, era ainda preciso que, das quatro candidaturas, apenas a do anterior presidente, apresentada em última hora, fosse regular. Uma coisa é certa, goste-se ou não - e poucos gostam - Mário Figueiredo confirma que o último a rir é o que ri melhor. Só não ri sozinho porque seremos certamente muitos a rir de Fernando Seara. E de Rui Rangel. E de Júlio Mendes. E de Rui Alves. E de Pinto da Costa. E de ... Luís Filipe Vieira!
E, claro, o Bruno de Carvalho acaba por também se partir a rir...
Desta gente, que pelo tacho faz tudo, não se pode esperar mais nada. Nem que tenha o mínimo de vergonha para manter agora algum recato!
Poderia ser Trigo. E sabia-se que era trigo, e não outra coisa qualquer.
Poderia ser Milho, Aveia ou Cevada. E sabia-se o que era. De onde vinha e para onde ia…
Mas não. É Seara!
Pode ser qualquer coisa. Pode ser o que (se) quiser. Pode vir de onde vier e ir para onde for…
Um campo de trigo é um campo de trigo. Um de milho é isso mesmo. Como de aveia e cevada. Uma seara pode ser um campo de trigo. Ou de milho, ou de aveia, ou de cevada!
Não se sabe de que é. Sabe-se que dá para tudo, independentemente da semente lançada e do cereal ceifado…
É assim nas televisões, onde é um dinossauro dos programas da bola. Onde supostamente estaria para defender o clube que diz ser o seu, num espaço que os adversários sabem usar com critério e estratégia. Mas que não está. Está para se insinuar. Está para se promover. Está para garantir apoios, agradando a gregos e troianos. Porque se num campo de trigo precisa dos gregos, noutro, de cevada, precisa dos troianos…
É assim na política, onde salta do campo de milho para o de aveia. E onde apresenta boas vindas na hora da despedida, porque o que é preciso é aparecer. Ver e ser visto, de bem com todos e de todos velho amigo. Do peito e de velha data!
Há nomes que se colam às pessoas. E há pessoas que não podiam mesmo ter outro nome… Talvez isso ajude a separar o trigo do joio!
Enquanto Godinho Lopes – o Sporting também no seu melhor – para se negar a apoiar o seu antecessor Filipe Soares Franco anunciava o apoio a quem nem sequer candidato era, com Luís Filipe Vieira atado a um pseudo-calculista Fernando Seara, que não ata nem desata e que anda sempre atrás dos acontecimentos, Pinto da Costa, enquanto ia dizendo que não tinha nem queria ter nada a ver com isso, arregimentava as tropas para estenderem a passadeira ao seu óbvio candidato. De passadeira estendida, Fernando Gomes limita-se a pisá-la...
Diziam que, como sempre no passado, Pinto da Costa “apenas” estaria interessado na comissão de arbitragem e na comissão disciplinar… Não, não ele quer tudo. A melhor maneira de mandar naqueles dois órgãos vitais é mesmo mandar em tudo! É que agora as coisas são ligeiramente diferentes, e só Fernando Gomes lhe garante o pleno.
Isto não é para amadores!
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