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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Uma questão de fama

Fotógrafos se aglomeram para registrar Cristiano Ronaldo no banco de reservas

Esta é a fotografia, dos fotógrafos. A fotografia é outra.

Com as equipas perfiladas no centro do terreno, na hora dos hinos, meia dúzia de fotógrafos, uma pequena minoria, aponta as objectivas para captar essas imagens. Dezenas de outros, a imensa maioria, viraram as costas e apontaram na direcção do banco da selecção portuguesa. Lá, estava Cristiano Ronaldo.

O centro de tudo não era o relvado, onde se iria disputar um jogo decisivo, de onde sairia a última das oito selecções apuradas para os quartos de final do Campeonato do Mundo de futebol. O centro de tudo era, indiscutivelmente, Cristiano Ronaldo no banco de suplentes.

Se aquela imensa maioria de fotógrafos apontou as câmaras fotográficas para o mais emblemático jogador de futebol, e uma das mais mediáticas figuras mundiais, ou se para uma presa abatida, ali atrás, é a dúvida.

Ou talvez uma questão de fama. 

Da má fama que cobre grande parte da classe. E da fama de Ronaldo. Que faz romper os limites da crueldade!

A fotografia*

Resultado de imagem para estátua o beijo marinheiro

 

 

Hoje vou fazer qualquer coisa verdadeiramente inédita, que não tenha passado pela cabeça de ninguém. Vou mostrar uma fotografia na rádio. Não tenho a certeza que o vá conseguir, mas vou tentar.

Vou, pelo menos, falar dela. De uma fotografia que, sendo das mais reproduzidas – ou partilhadas, como se diz agora – da História, voltou esta semana à ribalta a que de vez em quando regressa. Desta vez pelas piores razões, o que apenas confirma o seu estrelato no mundo fotográfico. Mesmo nas piores razões, encontra sempre motivo para brilhar.

A má razão é a morte. A morte de um senhor chamado George Mendonsa, por acaso, ou talvez não - adivinhava-se ali qualquer coisa - de origem portuguesa. Um luso-descendente. Que, em 1945, jovem marinheiro ao serviço das forças militares americanas no Pacífico mas de folga em Nova Iorque, a passear em Times Square, ao ouvir a notícia do fim da guerra se atirou a uma enfermeira que passava e lhe “arrefinfou” – para quem não pode mostrar a fotografia esta terminologia informal será mesmo a mais adequada – um daqueles beijos de cortar a respiração.

Um foto-jornalista estava ali à mão, não perdeu “o boneco”, e dali saiu uma fotografia que fez História. Esta fotografia que aqui vos mostro, que ganhou fama e deixou famosos a enfermeira, o marinheiro e fotógrafo. Que, no fim de contas, terá sido quem mais saiu a ganhar, mesmo que só a fotografia tenha tido honras de estátua (na foto). Em Sarasota, na Florida.

Nunca, ao longo destes 73 anos, a fotografia levantou qualquer polémica. Dela ficavam a espontaneidade, a euforia, e a oportunidade, mas também o amor e a paz… Ele dissera que tinha bebido uns copos, e que aquilo foi instintivo. Ela, que ele a agarrou e que aquilo não fora um beijo, fora uma forma de dizer que “graças a Deus a guerra acabou”…

Hoje, 73 anos depois, ninguém já vê isso na fotografia. Garanto-vos que a fotografia é a mesma, mesmo que isto seja a rádio, e que eu a não possa mostrar aqui… Como não posso também mostrar as bonitas pernas da estátua grafitadas de vermelho com a inscrição "Me Too".

 

 

* A minha crónica de hoje na Cister FM

Portugal todo numa só fotografia

 

No dia em que nos despedimos de Mário Soares, o Pedro Santos Guerreiro deu-me a dica para esta fotografia do Rui Ochoa e do Expresso, onde cabe todo um país que é o nosso. Não por Mário Soares ser a última destas figuras maiores de Portugal a partir. Nem por, muito provavelmente, se vir a juntar-se-lhes no Panteão Nacional. 

Por muito mais do que tudo isso. É toda uma simbologia que retrata Portugal. No melhor, porque são do melhor que Portugal teve. E porque, enquanto mostra a gigantesca ponte com que Mário Soares uniu o país, esconde tudo o que de pior o país é capaz de fazer aos seus melhores... 

Fotografias

Imagem relacionada

 

"Quem é que põe dinheiro num país dirigido por comunistas e bloquistas"?

A pergunta, formulada por Passos Coelho em Boticas, com aquele ar convencido de bota de elástico ingénuo que só ele consegue, é a sua fotografia de corpo inteiro.

Veja-se no retrato como é de tão baixa estatura política: entregou ele próprio as jóias da coroa da economia portuguesa a um país dirigido por comunistas. Tem vistas curtas, e não percebe que o dinheiro não tem ideologia, que vai para países dirigidos por comunistas exactamente como vai para outros. Basta que os mercados interressem, como se confirma all over the world. À mínima falta de argumentos não resiste a ameaçar com o papão. E por fim, the last not the least, é a mentira, a falta de rigor e a intrujice. O país é dirigido por um governo de um partido com o qual o seu tem repartido o poder. E com o qual, no essencial, historicamente converge!

Prova de vida para a fotografia

Por Eduardo Louro

 Cavaco Silva propõe legislativas antecipadas a partir de Junho de 2014

Às vezes uma fotografia faz prova de vida. Noutras, é a própria prova de vida que se faz à fotografia...

O presidente falou. E disse o que se esperava e o que não se esperava.

Quando disse o que se esperava não disse nada, nem sequer que Bruxelas, Berlim ou Frankfurt já tinham dito tudo e que nada tinha a acrescentar.

Quando disse o que não se esperava disse muita coisa. Disse que nesta altura a estabilidade é um valor supremo, mas lançou a instabilidade. Que só não é maior porque o tipo que dizem que é primeiro-ministro, que até aqui não aceitava nada, agora aceita tudo. Fosse outro - qualquer outro – e, quando Cavaco estivesse a atravessar a porta da sala de onde se dirigiu ao país, já estaria à entrada do palácio de Belém para lhe entregar a demissão. Disse que era contra eleições antecipadas, mas marcou a data das eleições antecipadas. Disse que queria trazer o PS para o compromisso, mas o que fez foi passar-lhe mais uma rasteira. Entalá-lo e entalar Seguro ainda mais!

Mas ficou bem na fotografia. Que era, sem dúvida, o seu principal objectivo. Cavaco quis fazer prova de vida, e logo em grande. Com uma proposta de compromisso de salvação nacional, de infalível popularidade!

Pena que não valha nada. Que nada tenha que funcione. E que, no fim, como ele próprio reconheceu, lá tenha que ir procurar uma daquelas soluções que a Constituição tem para estas coisas…

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