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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Criminoso não é humano

A evolução dos Incêndios em Portugal

Hoje, numa reportagem que ouvi na Antena 1, numa aldeia do concelho de Pombal:

- " O António Costa diz que 99% dos incêndios têm mão humana. Mentira, nem 0,1% tem mão humana. É tudo mão de criminosos"!

Depois do choque do primeiro impacto fiquei a pensar no que o senhor dizia para o microfone estendido que eu não via. Se calhar só queria dizer que criminoso é gente, mas não é humano.

 

Fatalidades

Mais de 800 operacionais no grande incêndio de Oleiros. Fogo já ...

Os incêndios voltaram em força, e de novo com mortes. É o nosso fado. Incontornável: no Verão há incêndios e neles morre gente. 

Há fogos pelas razões de sempre. Os anos passam e elas ficam. Permanecem como uma fatalidade. A floresta, o eucalipto, a desertificação... E a incúria, e o crime... Mas sempre com uma desculpa.

Morrem bombeiros. Se são dos mais velhos é porque já não estavam em idade de por lá andar. Quando são os mais jovens, é porque não têm experiência...

Este ano é a pandemia. Quando, na transição da Primavera para o Verão, se devia estar a trabalhar na prevenção dos fogos dos dias quentes que aí viriam, andávamos todos às voltas com a pandemia. Sem mãos a medir a fazer não se sabe bem o quê.

Mas deve ter sido isso. Pelo menos é isso que nos diz o Presidente Marcelo... 

 

Pedrógão Grande

Pedrógão, uma tragédia portuguesa - Portugal - SÁBADO

 

Pedrógão foi há três anos. De repente, o país eufórico, aos pulos e meio embriagado de tanto sucesso, foi surpreendido por uma das maiores tragédias de sempre. 

Foi o regresso à realidade de um país que andava nas nuvens. Que já achava que era sempre a ganhar... No futebol, nas cantigas, no défice, nas agências de rating, nos mercados, em Bruxelas...

Mas o país do sucesso, na moda e a abarrotar de turistas, era afinal o país que desertificou o seu interior. Que virou costas ao campo e fugiu para as cidades, e para o mar. Que se urbanizou e esqueceu as origens. Que se deixou seduzir pelo eucalipto. Que vê passar anos e governos que deixam tudo na mesma, quando tudo na mesma é cada vez pior. Um país que não cumpre as leis que cria. Um país que deixa morrer pessoas que não tinham que morrer. Um país sempre de dedo espetado, mas nunca apontado para o futuro…

Não vai muito diferente hoje, três anos depois. Soma pouco mais que mais promessas por cumprir e responsabilidades por apurar.

Brincar com o fogo

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Não é por Marques Mendes, na sua homilia dominical da SIC, ter declarado desastrosa a sua actuação que a semana do ministro da Administração Interna foi um desastre. Para ele, para o primeiro-ministro António Costa e, pior que isso, para o país. 

O desastre é que na política portuguesa, em vez de se escolherem para ministros pessoas profissionalmente competentes, eticamente inatacáveis, e capazes de assumir as suas responsabilidades, se escolham pessoas pelo dito peso político. Mais a mais quando esse é um peso avaliado numa balança que, em vez de pesar, mede fidelidades.

Em vez de peso pesado da política, Eduardo Cabrita revelou-se apenas um rapazinho de 10 quilos a "brincar com o fogo". Que sempre se disse aos miúdos que dava mau resultado!

 

 

Boca do Inferno*

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Quando o inferno dos incêndios voltou a instalar-se entre nós, trazendo consigo tudo o que já sabemos que sempre traz – intermináveis debates nas televisões, sempre com gente muito conhecedora do fenómeno em todos os seus ângulos, entrecortados por intermináveis directos de fazer arrepiar – tivemos a notícia da greve dos motoristas, que se iniciará dentro de pouco mais de duas semanas.

O ministro já nos aconselhou a encher os depósitos dos automóveis, coisa que certamente a maioria de nós fará e que bem poderá fazer com que as bombas de gasolina fiquem esgotadas logo no início da greve, em vez de nos habituais dois ou três dias seguintes. Mas enfim…

Para além de combustíveis nos depósitos podem faltar também alimentos nos supermercados e medicamentos nas farmácias, mas aí já não chegaram os conselhos do ministro…

É, em pleno pique das férias, o inferno a estender-se para o litoral, lançando o caos nos hotéis, nas praias, nos restaurantes, nas cidades. É definitivamente tornar a vida dos portugueses num inferno: à maioria estragando-lhes as férias, aos outros, o trabalho. A todos, um país já tão estragado.

Parece que a ideia desta greve é também tornar as eleições num inferno para o governo, ao que consta de uns relatos que por aí andaram. Mas começa também a ficar a ideia que o governo está a levar isso muito a sério.

Para inferno, já lhe chega o que está a arder. E bem pode encontrar um coelho qualquer para, à boca do inferno, tirar de uma qualquer cartola...

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*Aminha crónica de hoje na Cister FM

Outra vez!

 

             Capa Correio da ManhãCapa Diário de NotíciasCapa Público

 

Os incêndios regressaram, e com eles se encheram as primeiras páginas de todos os jornais de hoje, como se abriram os noticiários da rádio e da televisão de um fim-de-semana de aflição. 

Incêndios, outra vez! E outra vez nos mesmos sítios, nos mesmos lugares, com as mesmas pessoas de há dois anos. E de sempre: Vila de Rei, Mação, Sertã... Falta Oleiros. Que se passará com Oleiros?

Outra vez falta de meios. Outra vez descoordenação. Outra vez as mesmas palavras de sempre. Outra vez criminosos à solta. Porventura os mesmos, outra vez.

Sem políticos no terreno, a atrapalhar e a meterem os pés pelas mãos. Desta vez. 

 

E vem-nos à memória...

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(Imagem daqui)

 

Está a decorrer no Tribunal de Leiria a fase de instrução do processo dos incêndios de Pedrogão Grande, em Junho de 2017, com treze os arguidos, entre os quais os presidentes, então em funções, dos três municípios abrangidos: Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande. 

Na última sessão, um então administrador (José Revès, assim se chama) da empresa (Ascendi Pinhal Interior) concessionária da manutenção da "estrada da morte", explicou ao juiz de instrução  que "aquando da intervenção da troika no nosso país houve uma renegociação do contrato de concessão com o Estado, em Maio de 2013, o que obrigou a diminuir os serviços. Por isso, a faixa de gestão de combustível passou para exclusivamente três metros".

Puxamos um bocadinho pela memória e lembramo-nos todos das apregoadas renegociações das PPP rodoviárias do governo de Passos Coelho. E dos anunciados ganhos para o Estado que se festejaram. Mas já não precisamos de puxar tanto pela memória para nos lembramos das responsabilidades de António Costa, e de todos os seus ministros, nas trágicas mortes naquela estrada...

Pois é ... e o Estado falhou.

E vem-nos à memória, não uma frase batida, como canta o Sérgio, mas o que se está a passar na Saúde...

Calamidade

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Os incêndios trouxeram o Apocalipse à Califórnia. Só neste que desde 8 de Novembro lavra a norte, que já devorou a cidade de Paradise, e que não será possível de controlar antes do final do mês, os números são verdadeiramente apocalípticos: 76 mortos, à espera da actualização pelos mais de 1300 desaparecidos; 12 mil edifícios destruídos; e 60 mil desalojados.

À voracidade das chamas acresce a voracidade do fumo, que transformou já o norte da Califórnia na região com piores níveis de poluição no mundo, acima de muitas das mais sobre-poluídas cidades da China ou da Índia.

Há muito que os especialistas dizem que as alterações climáticas fizeram aumentar a temperatura média,  aumentando os riscos de incêndio, e secaram os solos,  agravando-lhe as consequências. E os Estado Unidos são, depois da China, quem mais contribui para o aquecimento global. 

Já depois de ter admitido que o aquecimento global “pode ter contribuído um pouco” para a progressão fulgurante das chamas, interrogado por um jornalista se mantinha as suas convicções sobre as alterações climáticas, Trump garantiu que sim, que eram bem firmes e que ... traria de volta o bom clima à América.

É isto. A calamidade é também isto!

 

 

Síndrome do disparate

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António Costa tem um problema sério com os incêndios. Não é que não sobrem sinais que tem problemas com muitas outras coisas, mas com os incêndios é mesmo coisa séria.

Basta-lhe pensar em incêndios para a sair disparate. É tiro e queda!

Mas, francamente, dizer que Monchique "foi a exceção que confirmou a regra do sucesso da operação ao longo destes dias" ultrapassa a dimensão do disparate. É que aqui não há contexto nem circunstâncias que lhe valham. A palavra "sucesso" é simplesmente assassina quando o fogo galga quilómetros e hectares dias a fio, sem que nada nem ninguém o detenha. Mesmo para invocar a excepção!

Tratando-se António Costa de um político afamado pela tarimba, só pode mesmo sofrer de um forte distúrbio psicossomático, provocado por um estranho síndrome de uma mistura explosiva de férias e incêndios.

As diferenças

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Monchique continua a arder. Depois das altas temperaturas, agora é o vento... Dado por controlado ontem, ao fim da manhã, ressurgiu ainda mais pujante e ameaçador a meio da tarde.

Arderam já perto de 20 mil hectares, e dezenas de casas de habitação e outras estruturas. Há pessoas queimadas com gravidade mas, felizmente, ainda não há mortes. E aqui está a grande diferença para o ano passado.

A outra está na meterologia, que fez destes primeiros dois meses de Verão os mais frios e húmidos de que há memória.

Nunca se tinha visto tanto investimento na prevenção e combate aos fogos. O próprio e insuspeito Presidente Marcelo, em férias que não são férias pelas zonas que arderam no ano passado, era (ainda é?) a cara do optimismo. Hoje, a convicção que começa a generalizar-se é que pouco mais se fez que propaganda.

As instituições que superintendem nestas matérias, da floresta e da natureza, à protecção civil e às operacionais, mantêm-se paquidérmicas. Feitas de gente instalada, irreformáveis... Só a metereologia nos valeu!  

A metereologia e um empenho, esse sim como nunca se tinha visto, em salvar vidas. Que nos traz também um flagrante choque de prioridades, onde a inegociável prioridade da defesa da vida humana choca, muitas vezes violentamente, com a prioridade das populações à defesa dos seus haveres: as pessoas procuram defender os seus bens, sem olhar a riscos; as autoridades públicas procuram impedi-las de correr riscos, sem olhar aos seus bens... 

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