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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Irrelevâncias

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Há gente que sabe que só consegue sair da sua irrelevância pela porta do disparate. Estão mesmo convencidos que, quanto mais aberrante for a alarvidade, mais engalanada fica essa porta de saída. São sempre os mesmos, mas um há que é sempre mais o mesmo.

Mas, ir a botar palavra aos jotinhas populares para declarar Portas o melhor ministro da defesa que o país conheceu, juntar a essa declaração orgulho no negócio dos subamarinos, à conta do qual há gente presa em todo o lado menos neste cantinho cheio de gente desta, só o torna ainda mais irrelevante. Para não utilizar outro (des)qualificativo...

Empreendedorismo

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Aí está mais um exemplo de um dos primeiros mandamentos do empreendedorismo: "faz de cada ameaça uma oportunidade". Vem do México, e do sector da construção civil, com uma construtora a apressar-se a oferecer os seus serviços a Trump para a construção do muro. Daquele muro!

Sabendo-se que Paulo Portas centrou a sua actividade neste sector de actividade, na América Latina, e em particular no país dos mariachis, desconfiamos logo que esta seja uma das empresas que serve. Não sei se aqui há dedo de Paulo Portas, mas lá que cheira a Portas, cheira...

Trabalhar nas obras

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Agora, que já não há BES, há Mota Engil... Mas não é de agora que a construtora pesca nestas águas... turvas. Há muito que por aí se movimentam, em águas profundas... mas nem sempre límpidas.

De uma coisa não restam dúvidas: a melhor qualificação que há em Portugal é a de ex-ministro. Matam-se todos por uma pastinha ministerial: não porque queiram muito ser ministros, tão só porque essa é a única forma de ser ex-ministro.  

Por mim, nem levo  a mal que Portas vá trabalhar para as obras. Só tenho pena é que não tenha conseguido convencer o patrão a ficar também com o outro ... Mas se há coisa que aquela malta não é, é parva...

Render da guarda

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Lavado em lágrimas, bem à sua maneira, Portas lá entregou o CDS a Assunção Cristas, também ela à vontada no desfile nas feiras, também ela de lavoura fácil. Portas e a sua sombra pairaram sobre o Congresso no sábado. Hoje foi Cristas a tomar conta dele, a enchê-lo com a família todae e ainda o gato e o piriquito, a deixar claro que, agora, é ela quem manda na tasca. Até que Portas regresse de novo... Um dia destes, se os submarinos o permitirem...

Irrevogável falta de vergonha

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Enquanto a PaF completa e sem excepções - sim, é como uma praga, subsiste mesmo depois de declarada extinta - com Cristas na crista da onda, lançava apelos lancinantes (inclusivamente a partir do Parlamento Europeu, com Paulo Rangel a ultrapassar todos os limites), à Comissão Europeia para que vergasse o governo português ao chumbo do Orçamento,  Paulo Portas pedia "a Bruxelas que não fosse intransigente com Portugal". Em privado, baixinho não fosse alguém ouvir... 

Que irrevogável falta de vergonha!

 

Irrevogável: mais uma!

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Paulo Portas tomou mais uma decisão irrevogável: vai abandonar a liderança do CDS e até abandonar a vida política. Sabe-se como Portas é inabalável nas suas decisões, irrevogáveis ou não. Entrou na política partidária activa exactamente logo depois de ter anunciado a sua inabalável decisão de nunca entrar na política. Abandonou decisivamente a liderança do partido para, logo depois, regressar. Demitiu-se irrevogavelmente do governo para, horas depois, revogar a decisão. E subir ao último degrau da escada da governação.

Mais que mais uma dessas decisões a que Portas habituou o país, este é mais um resultado da ruptura que os resultados das eleições de 4 de Outubro provocaram no regime. Só é pena que Portas tenha anunciado esta definitiva decisão apenas depois de se ter assegurado que o caminho estava aberto e desimpedido para a sua corte: os mesmos, chamem-se Nuno Melo ou Cristas, que lhe cederão a cadeira logo que, no mesmo trilho de sempre, lhe apeteça regressar. Depois das poucas pessoas respeitáveis que lá restavam, das poucas com pensamento próprio, terem abandonado o partido...

 

Alguém tem que explicar alguma coisa...

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Ontem, na conferência de homenagem a Silva Lopes organizada pelo Banco de Portugal, falou o Nobel, Krugman, dizendo mais ou menos o mesmo que diz sempre, falou-se naturalmente do homenageado, mas falou-se acima de tudo do Banif. Quem nada teve a dizer sobre o tema foi Passos Coelho e... Carlos Costa.

Evidentemente que se perceberia que - eles ou que quer que fosse - naquelas circunstâncias não falassem sobre o assunto. Mas há formas e formas de não falar sobre as coisas, e a pior é fugir. Fugir configura sempre cobardia. Fugir - literalmente - como fugiram o anterior primeiro ministro e o governador do Banco de Portugal, é apens mais sintomático ainda. Valha que não estava lá a Maria Luís...

Não podem fugir sempre, nem podem fazer como se nada se passe. Alguém tem que explicar alguma coisa. Seja Passos Coelho, Carlos Costa ou Maria Luís. Ou Paulo Portas. Ou - quem sabe? - Nuno Melo, sempre tão assertivo nestas coisas. É já o enésimo banco a rebentar-nos nas mãos, e o problema maior é esse mesmo: é que não é o primeiro, nem o segundo. Já tinham a obrigação de ter aprendido, de saber lidar com estes problemas... De não ser sempre a mesma coisa...

Até porque desta vez - e disso parece que ninguém tem dúvidas - não há nada a apontar à administração executiva do banco. Nem aos auditores...

O povo. Soberano, coitado...

 

O povo... Sempre o povo, em nome do povo e da sua vontade. Soberano, coitado... Não é só invocar o nome de Deus em vão que deve ser pecado. O invocar o nome do povo em vão também deveria ser pecado. Não diria mortal, daqueles que se resolvem numa confissão com meia dúzia de padres nossos, mas pecado político, cuja absolvição substituisse uns padres nossos e umas avé-Marias por uma penitência de prolongada abstinência de candidaturas eleitorais.

Foi talvez a pensar nisso que os mestres da demagogia política criaram a célebre retórica interrogativa: "Se isto não é o povo, onde é que está o povo"?. 

A questão desarma qualquer um, e encontra sempre um povo à mão para tudo o que der jeito. Lembrei-me disto tudo ao ouvir Paulo Portas dizer que só sabe que não foi pela vontade do povo que "Assunção Cristas, ontem, era ministra da Agricultura e hoje é deputada da oposição, eu ontem era vice-primeiro-ministro e hoje sou deputado da oposição". 

Fraude eleitoral

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Já se sabe - foi a própria Maria Luís Albuquerque a afirmá-lo - que a devolução da sobretaxa de IRS, anunciada em jeito de leilão, a subir a cada dia que se aproximava o 4 de Outubro, até com um simulador logo disponível no site das Finanças, não deu em nada. Não há afinal nada para devolver! 

há muito que se sabia disso, que tudo não passava de mais um embuste eleitoral. A esquerda fartou-se então de avisar que o governo estava a reter indevidamente os reembolsos de IVA às empresas para ficticiamente aumentar a receita da cobrança de impostos, e assim alimentar a burla eleitoral da devolução da sobretaxa, coisa sempre prontamente desmentida pela coligação e o pelo governo. Burla agravada, portanto.

Tão agravada e sem atenuantes quanto Passos, Portas e Maria Luís não vêm dar qualquer explicação para o facto de, de repente, logo a seguir às eleições, a suposta devolução da sobretaxa cair de 35% para 0%. Para nada. A ministra das finanças limitou-se a comunicar que não há nada para devolver. Sem mais nada, como se nada se tivesse passado... Como se não tivesse importância nenhuma.

Depois das mentiras na campanha eleitoral de 2011, Passos Coelho decidiu continuar a mentir em 2015. Mas com maior dolo, fazendo passar a mentira por uma suposta sofisticação técnica, que lhe mascarava dolosamente o ar de lixo tóxico eleitoral, dando-lhe o ar sério que nunca teve.  O próprio suposto enquadramento técnico era fraudulento e sem nexo: remetia para o orçamento de 2016 o que era  do orçamento de 2015.

No meio de tudo isto, entolado até ao pescoço em burlas e fraude eleitorais, é Passos Coelho - pasme-se - quem tem o desplante de dizer que o putativo governo do PS, mais que ilegítimo, é uma fraude eleitoral.

Triste país, se o que merece é gente desta!

 

 

Vamos lá ver essa coisa da legitimidade política

Por Eduardo Louro

 

É espantoso como a coligação de Passos e Portas, cujo único programa era o de ataque ao programa do adversário, de repente fica disponível para governar com esse programa.

Porque não apresentaram programa nenhum, até se poderia ser levado a pensar que estariam legitimados para governar com qualquer um. O problema é que o único elo que a coligação criou com os seus eleitores foi o da rejeição desse programa. 

Sem mais nada para dizer, a coligação limitou-se a repetir-nos que aquelas medidas eram o regresso ao passado, o despesismo, a bancarrota... Adeus aos compromissos europeus, adeus mercados... O apocalipse. Todos os sacrifícios que fizemos teriam sido em vão.

Mas afinal não era nada disso. Era tudo a brincar, agora não faz mal nenhum e Passos e Portas dizem - repito, dizem - que todas essas medidas são muito bem vindas ao programa do governo que por nada querem largar.

Não vou dizer que nunca ninguém em Portugal chegou tão longe em matéria de traição ao voto. Até porque nem me parece que isso seja coisa que preocupe muita gente, que já provou que convive bem com isso. Mas tenho que dizer Passos e Portas perderam toda a legitimidade política que ainda pudessem ter!

E pode ser que assim a sua máquina de propaganda comece a abrandar...

 

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