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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

E o reembolso ao FMI?

Por Eduardo Louro

 

Começa a ser tempo de perguntar por que é ainda não foi feito o reembolso ao FMI, há tanto anunciado e tantas vezes evocado. Não se percebe: os "cofres estão cheios", até a taxas de juro negativas o país já tem acesso, a autorização para a liquidação antecipada há muito que está dada, e no entanto continuam a pagar-se juros ao FMI a taxas altíssimas, desperdiçando centenas de milhões de euros.

Desconfio que saiba qual é a resposta. Tanto quanto estranho que ninguém faça a pergunta. Desconfio que isso seja coisa programada lá mais para a frente, bem no centro da campanha eleitoral...

Já se percebeu que o governo deixou de estar interessado em governar, que não vê outra coisa à frente que não sejam as eleições. Tudo o que faz e o que não faz é para que as eleições não se lixem. Melhor: para que as eleições não os lixem a eles!

Às vezes até pode ficar a ideia que não é bem assim. Às vezes, Passos Coelho e Maria Luís descaem-se com uma ou outra, e foge-lhes o pé para o chinelo. Como aconteceu com a TSU, mas isso é apenas incompetência...

 

Tempos incríveis

Por Eduardo Louro

 

 

Vivemos tempos verdadeiramente incríveis, em que tudo acontece. Repare-se que até Passos Coelho está preocupado com a destribuição do rendimento... 

Incrível! Quem diria?

Ontem, Passos garantia que os políticos não são todos iguais... Queria ele, ainda a cambalear pela saída de gatas da Tecnoforma, dizer - para bom entendedor ... - que os primeiro-ministros não são todos iguais. Hoje diz que "quer democratizar a riqueza", que quer contrariar a tendência de concentração da riqueza num "núcleo mais restrito" de cidadãos. E que quando aumenta o IRS e baixa o IRC está apenas a criar condições para criar mais riqueza para, depois, a distribuir melhor.

Sabe-a toda... Que se lixem as eleições...

Que se lixem as eleições

Por Eduardo Louro

 

 

Em estado de choque com o golpe do BES, e ainda com tanta coisa por saber… Com a PT a seguir a toda a velocidade na enxurrada que provocou, e com milhares de empresas penduradas no crédito que se evaporou… E com apenas dois terços da banca a responder positivamente aos testes de stress do BCE, Passos Coelho não tem dúvidas que a banca portuguesa tem feito um grande trabalho e "está em mehores condições que muitos outros bancos".

O que vale é que, na senda daquela de ter exigido aos comentadores que peçam desculpa aos portugueses, voltou hoje a dizer que só aqueles que não querem ver é que não concluirão que o país está melhor, e que  “estamos hoje todos em melhores condições para responder às necessidades e aos desafios do futuro”. É que assim ficamos todos muito mais descansados!

E se o homem não quisesse que se lixassem as eleições?

Que se lixem as eleições

Por Eduardo Louro

 

Diz-se por aí que a troika iniciou hoje aquela que é a 12ª e última avaliação ao programa chamado de ajustamento. Não parece que seja exactamente assim, nem sequer parece que a troika ainda resista. Só há FMI, só o Sr Subir Lall fala, avisa, ameaça, incomoda… Só o Sr Subir quer descer. Salários e pensões! 

Para o lado europeu da troika já tudo acabou, e em bem, como há muito se percebe. Já está tudo mais que avaliado, e foi um sucesso. O sucesso que tinha de ser!

O sucesso anunciado e de data marcada, de Portas. Que responde ao Sr FMI, dizendo-nos que tem de encontrar maneira de o convencer que os salários já ajustaram. Que já não há anda mais para ajustar… e que ele tem de perceber isso!

Que chatice. Só o FMI é que não tem nada a ver com eleições. Que se lixem as eleições só vale mesmo para o FMI!

 

Que se lixem as eleições - parte II

Por Eduardo Louro

 

 

Pedro Passos Coelho reconheceu que o partido que lidera - e que juntamente com o país conduz para o abismo - sofreu uma das piores derrotas da sua história.

Recusou, no entanto, qualquer leitura nacional dos resultados destas autárquicas e reafirmou o caminho que tem vindo a seguir. Se não for de todo compreensível - se calhar é este o verdadeiro significado do célebre "que se lixem as eleições"- é pelo menos aceitável que o faça. Nem todos têm capacidade de perceber o pântano!

O que não é de todo aceitável é que Passos Coelho diga, como disse, que os resultados eleitorais de hoje também têm a ver com a aposta do PSD em “candidaturas que não cederam ao populismo, e com os pés assentes na terra”. Poderia não deixar de passar de anedota, da anedota desta noite eleitoral. Mas dei por mim a chamar-lhe aldrabão... E a lembrar-me de Sócrates: está a ficar igualzinho!

 

Dança de jotas

Por Eduardo Louro

 

Esta rapaziada das jotas que tomou  conta do país, e que ameaça não mais o largar, acha que isto de governar um país é como jogar qualquer coisa numa consola ou num iPad. A Passos Coelho não lhe bastou trazer o país para este buraco sem saída. Continuou a jogar, a brincar e não se deu ainda por satisfeito por, nesta altura, deixar o país neste estado e politicamente bloqueado. Sem recursos políticos nem institucionais para evitar a tragédia que aí vem. 

Não satisfeito com toda a incompetência que revelou, decidiu dar largas à irresponsabilidade. À garotice!

Irresponsavelmente, usando e abusando da arrogância e da teimosia - últimas fronteiras do bom senso - que, pelos vistos, gostam de tomar conta dos  primeiro-ministros em Portugal, criou condições para perder o último dos apoios com que podia contar. E que não podia desperdiçar, como antes fizera com todos os outros. Irresponsavelmente diz que não aceita o pedido de demissão de Paulo Portas, deixando a dúvida sobre qual a parte, nas palavras de incompetência e incapacidade de que Portas o acusou, ou nas da sua decisão irrevogável, que não teria percebido. Irresponsavelmente, ameaça sequestrar um  ministro. Irresponsavelmente, com sequestro ou apenas com a declaração dessa intenção, inviabiliza até o funcionamento do governo em regime de gestão.

Tudo para, irresponsavelmente, dizer que não se demite. E adiar o mais possível a data das eleições, fugir da das autàrquicas. E, irresponsavelmente patético, iniciar a campanha eleitoral!

Não admira que o jota que se segue - é esse o nosso fado - tenha também aparecido logo depois nos ecrans da televisões em plena campanha eleitoral. Ao ver que Passos Coelho abrira a campanha, o jovem Seguro seguiu o mesmo caminho. Como continuará fazer, disso não tenhamos dúvidas!

Que se lixem as eleições, não era? Não, que se lixe o segundo resgate. Que se lixe o país. Que nos lixemos todos...

QUE SE LIXEM AS ELEIÇÕES

Por Eduardo Louro

                                                                      

Que se lixem as eleições, o que me interessa è Portugal”!

A expressão é de Pedro Passos Coelho - foi usada ontem numa reunião com os parlamentares do seu partido – e já está a fazer correr muita tinta. A blogosfera, onde como se sabe não corre tinta, está já inundada….

O sentido da expressão usada pelo primeiro-ministro é claro e linear. Não é dado a quaisquer equívocos, o que não impede que muito se escreva e especule à volta deles, como já vi por esta blogosfera fora. Há expressões que se prestam a isso – e os políticos deveriam ser os primeiros a sabê-lo – e esta é uma dessas. Facilmente se descontextualizam e, depois, mais facilmente ainda se tornam terra fértil de especulação - mesmo que ilegítima – até se transformarem nas mais abusivas conclusões.

Por exemplo, e para pegar em dois pólos impostos, uns poderão concluir que Passos Coelho perdeu o respeito pela democracia ao mandar lixar as eleições. Se é que não revelou mesmo o seu obscuro lado antidemocrático, retomando aquela ideia de Manuela Ferreira Leite – numa expressão também ela de alto risco e que, convenientemente descontextualizada, fez um percurso exactamente idêntico – de suspender a democracia. Não por seis meses mas por tempo indeterminado. Outros, no pólo oposto, poderão concluir que esta é uma mensagem do mais alto sentido ético. De desprendimento do poder, ou mesmo de patriotismo, de quem coloca os interesses do país bem acima dos do partido: o que interessa ao partido - governar para ganhar as próximas eleições – não é compaginável com o que interessa ao país, com o que tem de ser feito.

Na minha própria especulação, o que o primeiro-ministro disse com esta expressão é claro e linear, como comecei por afirmar. E não se está nada a lixar para as eleições!

Ele, que sabe bem que, com o que está a fazer, não tem qualquer hipótese de ganhar eleições, das mais próximas às mais distantes, só pode dizer o que disse. Talvez assim abra algum espaço para aquela segunda hipótese de trás. Talvez assim algumas franjas do eleitorado o possam ver como o homem de Estado que coloca os interesses do país acima dos do partido. Talvez assim, espera ele, se abra uma pequena fresta da janela de oportunidade numa qualquer das eleições. Especialmente naquelas em que o seu adversário é a olhos vistos bem fraquinho!

Mas, de certeza que, assim, segura as pontas do seu próprio partido, numa altura em que brechas se abrem por todo o lado, bem visíveis mesmo à distância!

E espera, também ainda, transportar uma ideia de convicção e segurança naquilo que está a fazer. Numa altura em que a nação é atravessada por uma ideia de total incapacidade e bloqueamento do governo, sem saber por que ponta há-de pegar no país, apenas à espera da próxima visita da troika – como ontem aqui se dizia – é fundamental que transmita uma ideia precisamente contrária. Daí que tenha complementado com a referência à sua forma física: não está fisicamente abatido, está antes mais magro porque faz dieta para isso. “Ninguém quereria um primeiro-ministro barrigudo”: teve o cuidado de acrescentar para, logo a seguir, fazer a ponte para as convicções que o animam. Não só está de boa saúde e forma física como fortemente animado e convicto daquilo que está a fazer.

E nada como uma reunião interna e desgravatada para dizer estas coisas! 

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