Foi deveras emocionada, numa luta gigantesca desta feita contra as lágrimas que, aos 35 anos, Telma Monteiro se despediu dos Jogos Olímpicos de Tóquio, naquela que foi a sua quinta participação olímpica.
Hexacampeã europeia, quatro vezes vice-campeã mundial e medalha de bronze nos último Jogos, no Rio de Janeiro, Telma queria mais de Tóquio e não escondeu a frustração, sublimada com o precoce anúncio que estará em Paris em 2024.
Que possa estar, que consiga estar, mas para responder a mais um desafio, não a esta frustração. A Telma só tem que se orgulhar da uma carreira brilhante que fez dela um mito do judo em Portugal. Mais nada!
Esfumou-se num ápice a melhor possibilidade de uma medalha para os atletas portugueses. Com uma delegação desfalcada de medalháveis – uma onda de lesões dizimou a limitada frota portuguesa com possibilidade de alimentar esse sonho – os olhos voltavam-se para Telma Monteiro, a porta-estandarte da delegação portuguesa na cerimónia inaugural e a judoca portuguesa mais titulada em campeonatos da Europa e do Mundo, actual campeã europeia.
Foi afastada logo no primeiro combate, confirmando uma espécie de maldição olímpica. Desolada, foi lavada em lágrimas escondidas que pediu o apoio dos portugueses e que prometeu fazer o luto para rapidamente voltar às vitórias.
Por mim, todo o apoio. O desporto é assim, e os Jogos Olímpicos são também isto: lágrimas e desilusões que não abatem os campeões!
Acompanhe-nos
Pesquisar
Subscrever por e-mail
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.