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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

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Futebolês #92 BANANA

Por Eduardo Louro

  

Banana é fruta, como sabemos. E fruta, como também sabemos, entrou há uns anos no léxico do futebol e, daí, directamente para o futebolês. Como não podia deixar de ser…

Não sei se essa fruta tinha ou não banana, mas acredito que sim porque era fruta tropical. Que, sem banana, fica assim meio coxa. E fruta coxa não era a mais indicada para o efeito!

Há no entanto no futebol mais banana para além da fruta. Que não tem mesmo nada a ver com fruta e menos ainda com aquela fruta desse lado negro e batoteiro do futebol. Tem, pelo contrário, apenas a ver com o lado puro do jogo e com a sua incomparável estética.

Banana é aquele remate com a parte interior do pé que leva a bola a descrever uma curva. A curva da banana! É a curva inversa à da trivela, que já aqui trouxemos. É como uma irmã gémea da folha seca, de que também já falamos, e resulta num efeito espectacular pela forma como a bola contorna e ultrapassa os obstáculos que lhe tolhem o destino. Seja a barreira colocada à frente da baliza na cobrança de um livre ou apenas o guarda-redes que cobre por completo o ângulo, que é como quem diz que tapa o caminho mais próximo entre a bola e a baliza. Já sabemos da geometria que é uma linha recta a que determina a menor distância entre dois pontos. Daí a necessidade de recorrer à banana, porque o caminho mais curto está tapado!

Temos pois, no futebolês, banana na fruta da bandeja mais negra do futebol e banana como um dos mais espectaculares e eficazes gestos técnicos. E temos muitos bananastansos - no futebol!

O Capdevilla, por exemplo. Até poderá não ser exactamente um banana, mas não tenho dúvidas que se sente um banana. Eu fico apenas abananado: um tipo que é campeão do mundo e da Europa fica de fora por troca com o Jardel? Já não falo das outras contas, de estrangeiros e nacionais, e da formação. Essas ainda se aceitariam, embora se lamente que não tenham sido feitas mais cedo, no tempo próprio, antes, evidentemente, de negociar as contratações. Porque era nessa altura que se faziam contas: aos portugueses, aos da formação e aos outros. Ver capa do RecordAssim já não ficaríamos abananados com a inscrição do César Peixoto na Champions, que não está inscrito na Liga nacional e com quem o Benfica não conta. Mas que conta para as contas com que a UEFA se deixa enganar. Outro banana!

Ver capa da BolaQuem não é nada banana é Luisão. Que rima com espertalhão, o que quer dizer que há bananas por aí. É como uma moeda: se numa face está um espertalhão na outra está um banana!

Arranjou maneira de assegurar um ordenado do outro mundo até aos 35 anos. Ao que se diz pôs mais 600 mil euros por ano em cima do que já ganhava, que já de há uns anos a esta parte, sempre com a mesma estratégia, cuidava de rever anualmente. Agora não quer outra coisa que acabar a carreira no Benfica (pudera!), exalta a paixão de Jorge Jesus pelo Benfica e o carinho especial que tem pelo presidente. E, claro, aquilo que disse há dois meses quando regressou a Lisboa foi mal interpretado. Não era nada daquilo que queria dizer … e nós sentimo-nos um bocado bananas!

O Pedro Caixinha também me pareceu um bocado banana. A forma como pôs a equipa (União de Leiria) a jogar com o Porto é de um banana. Ou de outra coisa pior. Não esperou muito pela resposta e mandaram-no pregar aquele sermão - meio tolo e megalómano - para outra freguesia. Dentro de dias aí o teremos como comentador encartado nessas televisões todas, até porque houve um lugar que ficou vago.

Mas se tivesse que eleger o maior banana do nosso futebol não teria dúvidas: Ricardo Carvalho!

Não é um anjinho, é um banana!

 

 

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