Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

BALANÇO DA CAMPANHA

Por Eduardo Louro

  

A campanha eleitoral está a chegar ao fim. Ou ao intervalo, quem sabe?

Pela minha parte creio mesmo que está a chegar ao fim… Não há volta a dar-lhe!

É um destino há muito traçado!

Traçado pela História e traçado por todos nós, que fazemos a História. Ou que a não sabemos desfazer…

Esta, como de resto vem sendo comum a todas as campanhas eleitorais – provando, também elas, que a nossa democracia se afunda mais depressa que o submarino do Coelho Tiririca – uma campanha em que toda a gente bateu. Porque grande é o deserto de ideias. E pequeno o respeito pela sanidade mental dos cidadãos eleitores, sempre vistos (se calhar com alguma razão!!!) como atrasados mentais. Porque muita é a demagogia e pouca a importância dada a tudo o que importa. E por mais uma catrefada de coisas sem jeito nenhum e uma ninharia de coisas com pouco jeito, como as Frases da Campanha, por exemplo, ilustram.

Tenho por isso que reduzir o balanço da campanha ao seu único mérito: conseguiu explicar-me uma coisa que eu – deficiência minha, reconheço – por mais voltas que desse, não conseguia entender.

Eu não conseguia perceber o que é que o Presidente Cavaco tinha andado a fazer estes anos todos do seu primeiro mandato. Tinha dado por ele duas vezes: sempre no início do Verão – não, não foi quando ele “carregava o jipe” com os diplomas todos que levava para férias! Foi quando se lhe deparou um grande problema nos Açores, verdadeiramente o maior problema nacional destes últimos cinco anos; e, logo no Verão seguinte, quando teve de enfrentar a mais vil campanha de espionagem de que há memória, desencadeada pelo governo inimigo da sua República, que pôs em causa a segurança do seu computador e a própria independência nacional.

Agora, que estou a avivar a memória, a relembrar estes dois mega acontecimentos históricos que marcarão para sempre o legado de Cavaco, acabo por me ver obrigado a reconhecer que dei por ele poucas vezes – é certo – mas, caramba, o que importa é a qualidade. Não é a quantidade!

Mas mesmo assim, e até admitindo que pudesse haver aqui um pouco de má vontade da minha parte, eu continuava com grande dificuldade em perceber muito bem o que ele tinha andado a fazer. As poucas, mesmo que boas, a mim não me chegavam! Não fosse esta campanha eleitoral e aí ficaria eu para sempre devedor (de reconhecimento, claro) do nosso Presidente. Sentir-me-ia um ingrato para o resto da vida!

Mas também não há nisto nada de surpreendente. Afinal uma campanha para uma reeleição serve mesmo para isso! Para avaliar o desempenho e, depois nas eleições, premiá-lo ou penalizá-lo. Básico em democracia, mesmo em Portugal!

Como Cavaco não se tem cansado de nos avisar, o país está á beira da explosão. Portugal é hoje um autêntico barril de pólvora que se não pode dar ao luxo de dispensar a experiência, o conhecimento, a credibilidade, o equilíbrio e o bom senso de que é ele o único fiel depositário. Numa situação destas não se pode arriscar no desconhecido. Não é tempo para fazer experiências. Belém não pode ser um laboratório cheio de tubos de ensaio mas um banco de conhecimento maduro e testado. Onde ninguém se engane e onde não hajam dúvidas!

E foi aí que percebi que Cavaco, afinal, não se limitou no seu mandato àqueles dois fogachos. Não. Foi todo um trabalho diário incansavelmente desenvolvido ao longo de todos estes cinco anos para, precisamente, chegarmos a este ponto.

Pois é! Cavaco empenhou-se em permitir que o governo conduzisse o país até aqui, à beira da explosão – nas suas próprias palavras – para que, agora e aqui chegados, não nos baste elegê-lo. Seja necessário aclamá-lo para aí com 70% dos votos!

Enfim… mas eu que tenho cá esta irreprimível má vontade, fico a pensar que ainda bem que só há dois mandatos… Mas por que é que não há apenas um?

 

Frases da campanha #5

Por Eduardo Louro 

 

     “Só um tiro na cabeça me impede de chegar à Presidência”.

   

Fernando Nobre, ontem, algures.

 

 

    “Os portugueses conhecem-me há 30 anos e sabem que eu não diria aquilo se não tivesse razões” 

 

Fernando Nobre, hoje, algures: esclarecendo que essas razões são telefonemas anónimos!

 

 e, já que se fala em telefonemas, vai daí:

 

    “Senhor Professor Cavaco Silva, daqui é o Senhor Professor Fernando Nobre …”

 

Fernando Nobre, hoje, algures, a avisar Cavaco que irá ter de se ver com ele na segunda volta.

 

 

 

mais três semanas de campanha … e acaba-se o crédito às empresas e às famílias...

 

Cavaco a fazer pela vida … e a fazer a vida num inferno à segunda volta!

 

 

Enquanto isto Alegre vai dizendo que estas eleições recordam as de Humberto Delgado!

 

Hoje

Por Eduardo Louro

  

Os dias, mesmo quando correm todos iguais, não são todos iguais. São curtos e cinzentos no Inverno e longos e luminosos no Verão. Sucedem-se no calendário sem que nada os distinga!

Mas nunca são todos iguais… Os dias são o que são, não têm identidade. Somos nós que lha damos, pelo que nos recordam e pelo que nos marcam!

O sol dá-lhes o brilho que as nuvens logo lhes roubam. E o calor que foge da chuva e do frio. Mas é a memória, a nossa memória, que faz a identidade de cada dia. O frio ou a chuva e o sol ou o calor mexem com a nossa disposição – versão light do nosso estado de alma –, com a forma como, logo pela manhã, encaramos mais um dia que temos para agarrar. Mas é a nossa memória que talha a marca que timbra os nossos dias. E que faz com que nalguns se nos tolham os movimentos e se nos arrefeça a alma… Que alguns, por mais que brilhe o sol, nunca deixem de ser cinzentos e frios. De reflexão, de memórias e de muita saudade!

Não, os dias não são todos iguais. Hoje é um dia diferente dos outros. Diferente, muito diferente do de ontem. Diferente do de amanhã!

Como canta o Rui Veloso: “… para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar…”

 

 

Frases da campanha #4

Por Eduardo Louro 

 

     “Desafio daqui Manuel Alegre, olhos nos olhos, a dizer que abdica da segunda volta a meu favor…”

   

Fernando Nobre, no Porto, dizendo não se sabe bem o quê!

 

Então mas abdica-se da segunda volta? Mas a segunda volta não é disputada entre os dois candidatos mais votados desde que nenhum obtenha a maioria dos votos?

Então quem é que abdica de quê?

 

 

“Na situação económica e financeira em que se encontra, Portugal não aguenta mais umas semanas de campanha eleitoral”.

 

Cavaco Silva, em Coimbra, apelando à vitória à primeira!

 

E por que não acabar com eleições? Assim já não é preciso qualquer campanha eleitoral!

Isto também é demagogia. Ou será outra coisa, ainda pior?

 

Frases da campanha #3

Por Eduardo Louro 

 

     “O nosso país não precisa só de doutores, engenheiros, arquitectos ou advogados. Precisa das peixeiras, dos pescadores e dos canalizadores”.

 

Fernando Nobre, hoje no Porto, no Bolhão.

 

Muito profundo! Alto conteúdo político! Isto sim, são ideias novas e uma maneira diferente de fazer política!

 

 

  “Ele não tem perfil. Não é pessoa fina!”

 

José Manuel Coelho, hoje em Gondomar sobre ele próprio.

Frases da campanha #2

Por Eduardo Louro 

 

 O governo tirou as ambulâncias aos pobres …”

 

Idosa em Sines, na campanha de Francisco Lopes

 

“Aqui foi onde tive o meu banho de multidão!”

 

José Manuel Coelho, em Viana do Castelo

 

  “O Dr Defensor de Moura é o representante do socialismo cristão, contra Manuel Alegre, representante do socialismo radical”

 

Militante socialista apoiante da candidatura de Defensor de Moura

Frases da campanha #1

Por Eduardo Louro 

 

     “A minha mulher tem um casaco de cortiça e uma mala de cortiça e sente-se muito bem com estas peças de vestuário de senhora feitos em cortiça”.

   

Muito profundo! Alto conteúdo: cortiça! Adivinhem quem a proferiu?

     

     “Os políticos são como as fraldas: de vez em quando têm de se mudar!”

 

 E esta, de quem é, de quem é?

Futebolês #59 TROCA POR TROCA

Por Eduardo Louro

 

O futebolês de hoje não poderia passar ao lado do acontecimento da semana: a aclamação de Mourinho como melhor treinador do Mundo em 2010!

Por isso, e porque o futebolês, ao contrário do que é regra, também tem expressões estapafúrdias, verdadeiramente ininteligíveis, escolhi precisamente para hoje uma delas: a troca por troca!

É utilizada para uma substituição de um jogador por outro que ocupe precisamente a mesma posição. Como se percebe não faz sentido nenhum, por isso vamos ao que interessa!

A FIFA, que até aqui premiava apenas jogadores, instituiu pela primeira vez um troféu destinado a distinguir um treinador. Logo no primeiro ano em que a candidatura de José Mourinho assumia aspectos arrasadores. Em 2010 Mourinho arrasou!

Ganhou tudo o que havia para ganhar e com uma autoridade inquestionável. Que lhe advém de o fazer à frente de uma equipa – o Inter de Milão – que, indiscutivelmente, não integrava o primeiro lote das grandes equipas europeias como, de resto, a sua campanha na presente época demonstra. Mas também porque ganhou o principal e mais decisivo título – a Champions League, perseguido há 45 anos – à custa da melhor equipa (Barcelona) e do melhor plantel (Chelsea) da Europa e, no caso por inerência, do mundo. Não foi um percurso feito entre alas abertas mas sim enfrentando directamente os adversários mais poderosos.

Um prémio indiscutivelmente atribuído com toda a justiça! E recebido em Portugal com grande euforia, a provar que a sua personalidade irremediavelmente polémica não divide já os portugueses. É hoje uma figura consensual no nosso país. Pela sua enorme qualidade profissional – que naturalmente se impõe –, acredito que também pelo recente episódio em torno da selecção mas, sem qualquer dúvida – porque a clubite faz parte da idiossincrasia portuguesa – porque está já há muito tempo afastado de Portugal.

Pelas mesmas razões Mourinho nunca será consensual em mais nenhuma parte do mundo e em especial no espaço geográfico onde trabalhe. Porque tem uma vocação irreprimível para a confrontação, porque precisa de manter permanentemente abertas várias frentes de guerra. Porque, mais do que de adversários, ele precisa de inimigos para manter os altíssimos padrões de competitividade que imprime à sua actividade!

Mourinho é um autêntico predador de títulos. Alimenta-se de vitórias. De resultados. De ultrapassar objectivos e derrubar recordes!

Não é um eminente estratega do futebol. Não tem um modelo de jogo e raramente as suas equipas se preocupam em encantar a plateia. Nunca iremos provavelmente lembrar qualquer equipa de Mourinho como lembraremos o actual Barcelona, ou lembramos o Ajax dos anos 70, ou as selecções da Holanda do mesmo período, da Hungria dos anos 50, do Brasil do México 70 ou da Espanha 82, ou a Espanha da actualidade – campeã europeia e mundial!

Mas iremos sempre lembrar as vitórias de Mourinho. Que constrói as equipas à luz de ritmos competitivos inigualáveis, à custa de uma capacidade única de retirar de cada jogador o máximo que ele tem para dar. Que, pragmático como ninguém, ajusta o modelo de jogo a cada nova realidade e, em particular, às características dos jogadores.

Creio que esteja precisamente aqui o factor crítico do êxito de Mourinho. É que, desta forma, valoriza como poucos os seus jogadores. Mas, mais do que isso: conquista os jogadores como ninguém e transforma-se no mais poderoso gestor de recursos humanos.

É por isso que jogadores desconhecidos passam, nas suas mãos, a estrelas de primeira grandeza. Que não há um único jogador que não o defenda, mesmo os que não conseguiram vingar. E é por isso que, apesar de o ser, foi votado como o melhor do mundo: é que foi a votação reservada aos jogadores que o determinou. Pelos votos de treinadores e jornalistas não seria ele o eleito!

São muitos os que nunca lhe perdoam o carácter conflituoso, o clima de guerrilha que permanentemente alimenta e arrogância que cultiva como poucos. Será persona non grata para muitos, que nunca lhe reconhecerão o estatuto que destinam a treinadores que não fazem da controvérsia um modo de vida.

Será que o seu talento implica esta, chamemos-lhe assim e apenas para simplificar, sua arrogância? Será que num outro registo – mais cordato, simpático e cavalheiro – conseguiria manter a mesma competitividade e a mesma eficácia? Ou será que esta é uma imagem de marca solidamente implantada de que a marca Mourinho, sob pena de desvalorizar, se não pode afastar?

Parece-me que aqui não haveria troca por troca!

Correu bem?

Por Eduardo Louro

   

 

Ainda sob o efeito Mourinho fomos ao mercado. E correu bem, dizem…

Bom, dizem alguns. Se calhar não correu assim tão bem!

É o tal copo meio cheio ou meio vazio, pensaria alguém que acabasse de aqui cair, vindo de um qualquer planeta longínquo.

Não. Não é nada disso. Até porque o copo está vazio, completamente vazio!

Vamos por partes. Correu bem, tão bem que trouxe de volta um Sócrates pateticamente exuberante. Que vê o que mais ninguém consegue sequer imaginar: “… um sucesso sob todos os parâmetros – procura e preço”! E “os mercados a recompensar o nosso país”!

Basta isto para que tenha corrido mal. Bastou isto para nos reavivar a memória de um primeiro-ministro descomprometido com o sentido de responsabilidade, habilidoso e de costas voltadas para a realidade. Bastou isto para que, se dúvidas houvessem, ficássemos com a certeza que não é possível sairmos deste buraco com este governo!

Ninguém acha que haveria condições para que a operação de hoje pudesse ser outra. Que fosse legítimo esperar melhores taxas de juro, ou mais procura – apesar de ser um “parâmetro” que vale o que vale. Pouco! Ninguém tem dúvidas que, nas actuais circunstâncias e apesar de tudo, há na operação de hoje mais motivos de regozijo que de consternação. E que Sócrates não pode nem deve fazer outra coisa que não seja puxar a moral para cima!

Mas … francamente! Assim não! Assim vira as coisas ao contrário… não é credível. E perde a confiança: a nossa e a dos mercados!

 

Efeito Mourinho?

Por Eduardo Louro

   

 

O Banco de Portugal apresentou hoje o Boletim de Inverno, onde prevê uma contracção da economia portuguesa em 1,3% para este ano. Para o próximo prevê que cresça 0,6%!

Curiosamente revê o crescimento de 2010 e aponta agora para 1,3%. Se não há aqui nenhuma simpatia especial pelo 1,3 ficamos a saber que a nossa riqueza no final deste ano ficará ao nível de 2009. O que não deixará de ser surpreendente, poderia ser bem pior!

Não fosse o habitual discurso do primeiro-ministro, e do ministro das finanças – já não há como separá-los –, e diríamos que, na actual conjuntura – que nos obriga a todos a correr para a porta para não deixar entra o FMI –, fez muito bem em salientar o crescimento de 2010 e em virar a cara para o lado com a retracção da economia para este ano. Uma recessão que toda a gente sabia inevitável mas que o governo preferiu fantasiar e que põe já em causa a execução orçamental – essa sim, a verdadeira barricada à entrada do FMI. As exportações iriam safar o crescimento, diziam!

E aproveitou ainda para encostar mais uma tranca (pequenina mas enfim!) à porta ao afirmar que o défice de 2010 será inferior aos já proclamados 7,3%. Vindo daquela boca nunca sabemos, mas amanhã é dia de voltar ao mercado e, pelo menos, resolve aquele pequeno problema aritmético aqui notado num destes dias: ganhos na receita fiscal, ganhos na despesa e ainda o fundo de pensões da PT, tudo isto a somar e mantinha-se o défice? Não batia mesmo certo!

Uma coisa é certa: a sessão da Bolsa de hoje já fechou positiva! Ah! E a taxa de juro a 10 anos também já está um bocadinho abaixo dos 7%!

Se Cavaco Silva nem passou cartão à desabrida proposta de Alegre isto só pode ser … Mourinho! Bastou que nos puxasse o ego um bocadinho para cima: virou logo a Bolsa, baixaram os juros e as contas até já parece que começam a bater certas.

Por isso é que já vi hoje uma recomendação: imitar o Gilberto Madaíl e pedir ao Florentino Perez que o empreste por dois ou três meses para governar o país!

 

Acompanhe-nos

Pesquisar

 

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D

Mais sobre mim

foto do autor

Google Analytics