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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

GENTE EXTRAORDINÁRIA VI

Por Eduardo Louro

 

Chama-se Leonardo Jardim, é, como o nome deixa entender, madeirense e foi, até há pouco, treinador do Beira Mar. Na época passada, conduziu a equipa de regresso à I Liga e, sempre com o clube envolvido no meio de problemas organizativos e financeiros sem fim, conseguiu, ao longo desta, estabilizar a equipa em torno de níveis exibicionais bem altos e de resultados francamente positivos, ocupando sempre a primeira metade da tabela classificativa.

Tinha por isso, que não é pouco, dado nas vistas!

No final da passada semana começaram a surgir notícias que davam conta do envolvimento do FC Porto. Que Pinto da Costa, bem à sua maneira, classificava de imbecilidades.

Dizia-se que, também bem à sua maneira, o teria contratado já para a eventualidade do André Vilas Boas sair. Para a hipótese de chegar uma proposta do estrangeiro que o levasse da sua tal cadeira de sonho. Com um plano B, bem à Pinto da Costa: se o rapaz não fosse levado a deixar a sua cadeira de sonho, o destino temporário do madeirense seria Braga.

Uma viagem de Aveiro ao Porto com escala em Braga!

A conversa, ontem mesmo, de Domingos Paciência era um mal encapotado discurso de despedida. Hoje, o Leonardo de Jardim abandonou o Beira Mar!

Contra a vontade do presidente do clube, surpreendido com a decisão do treinador. A notícia correu: “Leonardo Jardim não chegou a acordo com o Beira Mar para a renovação do contrato e rescindiu o contrato”!

Ninguém percebe. Então não chegar a acordo para a renovação do contrato implica rescindir agora o contrato em vigor até ao final desta época? Por que raio rescindir agora um contrato que termina em Junho apenas porque não quis, e dentro de toda a sua legitimidade, renová-lo para além dessa data?

Não bate certo, mas o treinador explicou: “… entendo que é o momento certo para sair do Beira Mar”!

Nem bate certo nem percebemos a explicação!

Enfim, gente extraordinária…

GENTE EXTRAORDINÁRIA V

Por Eduardo Louro

 

A situação era insustentável: uma equipa destroçada, à deriva de desaire em desaire, que em nada acredita. E em quem ninguém acredita!

O treinador – Paulo Sérgio – mais que um erro de casting, era o descrédito vestido de fato de treino. Há muito no mais instável dos equilíbrios à beira do ridículo sofreria um empurrão de um adjunto com tanto de anónimo quanto de deprimente. O resto foi feito por uns escoceses de terceira linha…

“A direcção da SAD que se chegue à frente”, dizia já em plena queda ao mais profundo dos infernos, mas ainda em jeito de ultimato.

E tiveram de se chegar à frente, não lhes restava outra alternativa!

Só que, gente extraordinária como é, ainda lhes restava uma via aberta para a asneira: o director geral, contratado há dois meses para revolucionar todo o edifício do futebol, passa a treinador!

Futebolês #65 FAZER POSSE

Por Eduardo Louro

 

Acredito que se forem procurar na literatura já disponível sobre o futebolês, ou em qualquer tentativa de dicionário desta linguagem, não encontrarão esta expressão: fazer posse. Já sei que estão a pensar googlar. Tirem o cavalinho da chuva: só encontrarão fazer pose!

Não é a mesma coisa, garanto-vos!

Corro pois o risco de ser acusado de andar para aí a inventar palavras – que não palavrões – e expressões para o futebolês só para alimentar esta rubrica. Garanto que não invento nada! Esta, parece-me, é uma expressão nova. Ouvi-a recentemente da boca de um dos novos agentes do fomento e desenvolvimento desta variante de comunicação – um dos muitos treinadores desempregados que viram comentadores, e donde surgem verdadeiras revelações na arte do futebolês.

Nos primeiros números desta rubrica, onde a bola era rainha, revelava-se o que chamaria de uma certa dimensão erótica da bola. Era o beijo, e em particular a forma como ela, beijando-as, se enrola nas redes. Ou a bola (parada), a mais apetecível beldade, objecto de abraços, apalpões e ciúmes. Ou mesmo a segunda bola!

Regressamos a essa dimensão erótica da bola a propósito desta expressão de hoje. Porque tudo começa no próprio acto de possuir a bola. Toda aquela gente, todos e cada um daqueles 22 jovens que por ali andam não sonham com outra coisa que não seja possuí-la. Lutam doidamente pela sua posse, como qualquer macho feroz pela sua fêmea. O tempo do acto de possuir é rigorosamente medido e depois apresentado em estatísticas sob a forma de percentagem: umas vezes bem repartido pelos dois conjuntos, outras com desequilíbrios verdadeiramente obscenos. Veja-se o caso do Barcelona: aquela rapaziada possui a bola com evidente exagero. É sempre bem acima dos 60%, eles possuem tudo e não deixam nada!

Deixemos por agora os catalães e a sua obsessão por possuir a bola e fixemo-nos na dinâmica própria desta linguagem.

Possuir a bola, também em tempos referido como ter a bola em seu poder – notoriamente menos romântica – rapidamente evolui para posse de bola. Depois foi só deixar cair a bola para se fixar na posse.

E surgem a construção em posse, a progressão em posse ou, ainda, a posse e circulação. Até ao novo fazer posse. Isto é o que deveria chamar uma verdadeira língua viva!

Fazer posse é então um neologismo do futebolês utilizado para referir uma circunstância de jogo que passa por possuir a bola por bons períodos de tempo. Por guardá-la para si, trocando-a entre os colegas quase a roçar o despudor. Ou, fugindo a esta carga mais perversa, fazendo-a circular entre os jogadores.

Evidentemente que, como em tudo na vida, não faz posse quem quer. Faz posse quem pode! Quem dispõe de jogadores com capacidade técnica, quem trabalha a cultura de posse e quem respira saúde física e mental.

Se estas condições se não conjugarem ninguém segura a bola. Se falta a condição mental então que a bola queima! Sem condições psicológicas os jogadores não estão seguros de tratar bem a bola  - problemas de adolescência, diria - e querem livrar-se dela o mais rapidamente possível. De qualquer maneira porque ela até lhes queima os pés!

Desconfio que a bola também tenha as suas preferências. Enquanto queima os pés de uns aconchega-se docilmente nos de outros. Enquanto foge que nem o diabo da cruz de gente como Gatuso, Mascherano ou Bruno Alves, corre alegremente para os pés de Messi, Nasri, ou Cristiano Ronaldo. Enquanto se passeia, airosa e obediente, entre Xavi, Iniesta e Messi, foge que nem uma barata tonta de Maniche, Saleiro e Djalo!

Peço desculpa pelo exemplo: as coisas não estão para exemplos destes. Como dizia um amigo e leitor: corre-se um risco de atentado ao pudor!

 

GENTE EXTRAORDINÁRIA IV

Por Eduardo Louro

 

Acabo de ouvir, pela boca do bastonário Marinho Pinto, que a Ordem dos Advogados exige a demissão do Director Geral dos Serviços Prisionais e vai accionar criminalmente o Director da Cadeia de Paços de Ferreira e os membros do comando do GISP, pela sua intervenção nessa cadeia em Setembro passado e divulgada esta semana partir de um vídeo publicado pelo jornal Público.

Acusa-os da prática do crime de tratamento cruéis e desumanos e, pelo meio, lá vai denunciando a cultura de repressão do sistema prisional. Em vez da politicamente correcta cultura de sociabilização!

Acho extraordinário!

Se eu e os meus concidadãos – que não o extraordinário Marinho Pinto – não fomos completamente enganado por tudo o que veio a público sobre o assunto, o nosso concidadão preso, coitado, apenas se recusava a abandonar a cela imunda de restos de comida e de dejectos. Os dejectos, para além inundarem a cela, serviam para o recluso – pessoa altamente sociabilizada, é bem de ver – barrar o seu corpo e ainda para arremessar a tudo o que mexesse em direcção à porta. Comportamentos humanamente normais e nada cruéis!

Não sei como é que gente extraordinária como Marinho Pinto resolveria uma situação destas. Sabe-se como a Cadeia de Paços de Ferreira resolveu: com uma intervenção toda ela preparada e devidamente autorizada pela cadeia hierárquica. Por quem de direito!

Claro que o recluso é, embora não pareça, uma pessoa humana. Prezo-me de colocar a exigência pelo respeito da dignidade humana primeiro que tudo. E acima de tudo! E, neste caso, não tenho dúvidas de que lado está… Não é do lado do recluso! Nem é do lado desta gente extraordinária que acha que os mecanismos garantistas não conhecem limites. Nem os do bom senso! E que acha que, entre polícias e ladrões, tem de estar sempre do lado dos ladrões…

 

 

GENTE EXTRAORDINÁRIA III

Por Eduardo Louro

 

O Secretário de Estado do Turismo – Bernardo Trindade – declarou acreditar que Portugal ganha com a situação que se vive no Médio Oriente. Em entrevista ao Jornal de Negócios, mais tarde confirmada pelo menos a uma televisão, este membro do governo não tem dúvidas em afirmar que a instabilidade naquela zona é vantajosa para Portugal. Porque atinge os nossos concorrentes directos...

Com gente extraordinária como esta no governo, com este sentido de oportunidade – o verdadeiro killer instinct empresarial de gente extraordinária com olho para o negócio – difícil é perceber o estado a que este governo deixou que o país chegasse!

 

 

GENTE EXTRAORDINÁRIA II

Por Eduardo Louro

 

Sócrates foge dos jornalistas para não responder ao que quer que seja sobre o que se está a passar na Líbia.

Compreende-se que sinta algum incómodo a pronunciar-se sobre o tema. Compreende-se que a língua se lhe enrole ao pronunciar o nome Kadhafi. Mas, caramba, apesar daquela irreprimível tendência para privilegiar as relações com gente desta – gente extraordinária como Kadahfi e Chavez – sempre poderia escudar-se atrás da real politik

Assim, temos Sócrates no seu melhor: a fugir dos jornalistas, a fugir dos problemas, a fugir das questões que não quer enfrentar e a fugir das responsabilidades. Que, como gente extraordinária que também é, consegue transformar pequenas questões em grandes problemas!

 

GENTE EXTRAORDINÁRIA I

 

Por Eduardo Louro

 

Acaba, no Dragão, o Porto – Sevilha, jogo da liga Europa, com o Porto a perder por 1 a 0 mas a passar a eliminatória, mercê do critério de desempate que favorece os golos marcados fora. Em Sevilha o Porto ganhara por 2 a 1!

Explosão final do comentador da Sport TV: “o FC Porto atinge a nona vitória consecutiva e André Vilas Boas iguala os recordes de Jesus, no Benfica, no ano passado, e de Mourinho, no Porto de 2003, da conquista da Taça UEFA”.

Verdadeiramente fantásticos estes profissionais da Sport TV!

Depois, na flash interview, um outro profissional achava que tinha sido uma vitória muito importante, obrigando o André Vilas Boas a dizer que tinha sido de facto uma vitória muito importante … a de Sevilha!

E lá voltou o comentador à antena reafirmando a nona vitória consecutiva do Porto! E o recorde de Vilas Boas…

Os nomes? Não sei, mas que interessam? São todos iguais e gente extraordinária!

 

DOMINÓ NO APARELHO DE ESTADO

 

Por Eduardo Louro

 

“O regime de Kadhafi acabou”: a frase é do ministro do interior da Líbia, Abdul Fattah Yunnes, em declarações à cadeia de televisão Al Arabiya.

O ministro do interior disse mais: disse que se tinha “juntado à revolução popular em curso no seu país” e disse que tinha ordenado às suas forças para “não apontarem armas aos líbios” …

E disse ainda que Muammar Kadhafi, que foi alvo de uma tentativa de assassínio por parte de um seu ajudante, provavelmente se suicidará!

Esta onda revolucionária árabe não pára de nos surpreender! É dominó atrás de dominó… Já chegou ao coração do regime!

Quem, ainda ontem, depois do discurso ameaçador de Kadhafi a anunciar o genocídio e a ameçar com a guerra civil, seria capaz de prever para hoje estas palavras do ministro do interior?

Mas não foi também depois do discurso de negação de Mubarak que a liberdade e a vitória foram cantadas na Praça Tahrir?

 

DOMINÓ DIPLOMÁTICO

Por Eduardo Louro   

 

O banho de sangue continua na Líbia, com Kadhafi apostado em repetir Tiananmen.  

O efeito dominó instalou-se na estrutura diplomática do país a partir da posição do embaixador em Nova Deli, de que ontem aqui dei nota. Sucedem-lhe, a começar pelo próprio embaixador na ONU, os embaixadores na Austrália, na Malásia, no Bangladesh... O que, infelizmente, não parece passar para o interior do aparelho de poder instalado no país, ao que parece a resistir à desagregação.  

Efeito dominó não vemos na comunidade internacional, pese embora a ameaça da ONU de considerar a violência em curso sobre a população líbia como crime contra a humanidade. Continuamos a assistir a um silêncio ensurdecedor da União Europeia e dos países membros. Sentimo-nos incomodados pelo silêncio da Europa e pelo silêncio português – agora que Portugal tem assento no Conselho de Segurança da ONU. Sentimo-nos incomodados quando lembramos a recepção dispensada a Kadhafi ainda há pouco, na vergonhosa cimeira de todos os ditadores. Sentimo-nos envergonhados quando revemos as fotografias sorridentes de Amado e Sócrates à volta de um Kadhafi de olhar perdido e lunático. Mas o que sentir quando vemos que o conselheiro pessoal do filho de Kadhafi – Saif Al-Islam – que ontem garantia que iriam “lutar até ao último minuto, até à última munição e até que o último homem esteja de pé” – se dá pelo nome de Tony Blair?

 

 

 

DOMINÓ EM BANHO DE SANGUE

Por Eduardo Louro

 

O movimento de contestação popular às ditaduras árabes do médio oriente não pára de engrossar. À medida que engrossa e avança vai deixando menos espaço à surpresa, a ponto de alguns dos regimes agora debaixo de fogo se terem apressado, numa tentativa de jogada de antecipação, a anunciar reformas, aberturas políticas e mesmo melhorias em vencimentos e pensões.

O dominó, no entanto, está em marcha. Mas agora com mais sangue, com as peças a caírem directamente em poças de sangue. Porque desapareceu o factor surpresa e os regimes foram tomando providências, a principal das quais não terá deixado de ser uma especial atenção aos militares que lhes garantem a sobrevivência.

Nos últimos dias assistimos a cenas dramáticas no Bahrein, com apelos desesperados de médicos impotentes para tratar a avalanche de feridos e estropiados que invadia os hospitais. Muitos nem sequer lá chegavam: as forças de segurança tudo faziam para impedir as ambulâncias de prestar auxílio às vítimas!

A proximidade do arranque da primeira etapa do campeonato mundial de fórmula 1, precisamente o Grande Prémio (GP) do Bahrein já no próximo dia 13, terá ajudado a aumentar a carga repressiva com vista a limpar a revolta. Depressa e em força, porque o GP não pode ficar em causa!

Na Líbia a violência tomou proporções ainda mais dramáticas. Kadhafi faz jus à sua fama de mais crápula dos ditadores daquela área do mundo. O louco e excêntrico ditador líbio, que há mais de 40 anos brinca com o Ocidente – que não só sempre lhe perdoou as travessuras como sempre lhe alimentou extravagâncias e caprichos – e rouba o seu povo, a quem condena à ignorância (tem a originalidade de proclamar que a escola não serve para coisa nenhuma, que as crianças, em vez de irem à escola, devem ser postas a trabalhar desde muito novas porque é a trabalhar que aprendem – se uma criança quer ser médico não deve ir estudar, deve ir trabalhar para um hospital que, ao fim de muitos anos, terá adquirido o conhecimento para ser médico) e à miséria.

A tudo deitou mão: polícia, exército, milícias e jagunços! E á medida que as mortes não param de crescer, vítimas de uma maré de violência sem limites, o aparelho de estado líbio começa a dar sinais de desintegração: diplomatas que se demitem e abandonam embaixadas – o embaixador em Nova Deli demitiu-se e garantiu à BBC que Kadhafi está a recorrer a mercenários estrangeiros para matar o seu povo – e, há momentos, era o próprio ministro da justiça a anunciar a demissão em protesto contra a violência repressiva empregue.



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