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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

VOLTA A PORTUGAL (III)

Por Eduardo Louro

 

A Serra da Estrela, o alto da Torre, confirmou a Senhora da Graça. E a superioridade de David Blanco e da sua equipa!

Já sem Ricardo Mestre, que nova, decisiva e espectacular queda - e foram quatro - atirou para fora da corrida precisamente na véspera, o que a subida à Serra tinha para decidir era entre os corredores da Efapel e o camisola amarela desde a Senhora da Graça: Hugo Sabido.

David Blanco (na fotografia, no momento em que cortava a meta) ganhou, Rui Sousa foi segundo e Sérgio Ribeiro foi quarto: três nos quatro primeiros. É obra!

E no entanto nada ficou resolvido. Os dez primeiros na Torre ficaram separados por segundos. Hugo Sabido, o décimo na etapa, perdeu menos de um minuto para David Blanco. O suficiente para, por 8 segundos, perder a amarela para o galego!

E os dez primeiros na classificação geral, na antevéspera do final da prova – onde se arrumam quatro (com três nos quatro primeiros) corredores da equipa que domina a Volta – cabem no espaço de pouco mais de um minuto. O décimo – Virgílio Santos, o companheiro de equipa de Hugo Sabido, que hoje o rebocou serra acima, numa corrida espectacular – está a minuto e meio da amarela…

Quer isto dizer que será o contra-relógio de amanhã, em Leiria, a decidir tudo. Que, em teoria, qualquer um dos actuais dez primeiros poderá ganhar a volta. Mas a verdade é que David Blanco é também – em teoria – o mais forte a correr sozinho contra o cronómetro, não surpreendendo nada que os actuais dois primeiros assim continuem amanhã. E que aos dois se juntará Sérgio Ribeiro – actual quarto classificado mas que provavelmente trocará amanhã com o seu colega Rui Sousa -  no pódio, no domingo em Lisboa.

LANCE AMSTRONG

Por Eduardo Louro

 Lance Armstrong

Nunca fui muito dado a heróis. Tinha-os em miúdo, como todos. Mas à medida que a infância foi ficando para trás habituei-me a relativizar as coisas, e a procurar referências no quotidiano anónimo, naqueles que não chegam às primeiras páginas dos jornais e que nunca chegarão a ter os tais cinco minutos de fama!

Mas este esteve perto de me fazer regressar à infância. Este admirei com um respeito imenso!

Nem quero acreditar, não deixo que me roubem essa viagem de regresso ao encanto!

E eu que gosto tanto de ciclismo...

 

JOGO DE FANTASMAS

Por Eduardo Louro

 

Acabou há pouco o primeiro duelo Barça – Madrid da época. Foi a primeira mão da Supercopa e ganhou o Barcelona (3-2), um Barcelona com pouco Messi e muito Iniesta e um Madrid com de tudo um pouco!

Acabou por ficar tudo em aberto para a decisão no Santiago Barnabéu, na próxima semana.

Foi um jogo que confirmou que Mourinho dobrou o Cabo das Tormentas na época passada. O Adamastor está lá, mas o fantasma parece estar vencido!

E no entanto ameaçou reerguer-se à entrada do último quarto de hora do jogo: o Barça esteve à beira do 4-1, e o Madrid do inferno. Surgiu de repente o fantasma de Valdez, um fantasma bem mais pequeno mas que teima em aparecer nestes jogos… Inacreditavelmente este pequeno fantasma venceu o fantasma gigante do Adamastor que Mourinho julgava morto e enterrado!

Mesmo entre fantasmas, às vezes David vence Golias: Valdez deu cabo do Adamastor! Veremos qual dos dois se apresentará em Madrid. Ou se ambos morrem de vez, e não há mais jogo de fantasmas!

 

Também aqui

 

DEBATE POLÍTICO EM TEMPO DE FÉRIAS

Por Eduardo Louro

 

A sucessão da liderança do Bloco de Esquerda não só tem animado o debate político - também ele de férias – como tomou mesmo conta dele. Talvez por isso – porque não gosta de ficar para trás, apesar da tese, velha e esfarrapada mas sempre actual, de que a sua sobrevivência política depende sempre da criação de inimigos externos – o Alberto João tenha sentido a necessidade de se intrometer, com um referendo que não o é nem pode ser. Por sorte sua, digo eu!

Bem trabalhadinha a pergunta a referendar, e lançado um verdadeiro referendo nacional, provavelmente arranjaria lenha para se aquecer!

Deixo por isso de férias a fuga para a frente – que não o leva a lado nenhum - de Jardim e trago ao activo a sucessão no Bloco.

Goste-se ou não, é indiscutível que Louçã é dos políticos mais influentes da vida política nacional da última década, pelo menos. Que é dos mais bem preparados e dos melhores tribunos, também não oferece grandes dúvidas. Tem defeitos. Obviamente que sim. Quem os não tem? E quando se fala de políticos…

Resvala facilmente para algum populismo e, ironicamente, é na popularidade que encontra o seu maior handicap. Não chega facilmente ao povo, não se sente muito à vontade no contacto com as massas e não consegue transmitir aquela carga de afectividade indispensável a qualquer político que aspire ao poder.

Tão indiscutível quanto a sua influência, a sua preparação e a sua capacidade oratória, é a sua inteligência. Creio que todos o reconhecerão!

É precisamente em nome desse reconhecimento que mais terá custado a entender a sua exposição ao maior dos pecados de um líder, em democracia, bem entendido: intervir activamente e condicionar a sua própria sucessão. Que abriu o debate e a discussão pública, levando-os para fronteiras bem mais vastas que as da mera sucessão num pequeno partido.

Não creio, ao contrário do que muita gente diz, que Louçã esteja a revelar qualquer costela estalinista – que, de resto, sempre rejeitou – ou alguns genes mais avessos à democracia. Também não me parece que a sua indicação no sentido de uma liderança bicéfala – Catarina Mendes e João Semedo, ao que se diz – tenha alguma coisa a ver com uma estratégia de dividir para reinar, de disseminar o poder para o manter informalmente. Resta então uma terceira via – há sempre uma terceira via – que muitos defendem: com esta indicação pretende apenas proteger o partido. Evitar que se reacendam as lutas internas tendo como protagonistas as forças políticas que estão na génese da sua fundação, e em especial a UDP, de Luís Fazenda, actual líder parlamentar.

Tendo a validar esta tese. Mas, validar esta tese, significaria que Louçã tem consciência que nem tudo correu bem nesta história de sucesso. Significaria que, em quase vinte bem sucedidos anos, o Bloco foi capaz de se afirmar para o exterior mas incapaz de o fazer internamente. Que não foi capaz de conviver com as diferenças e de esbater os pontos de partida. E que os muitos quadros – e muitos de grande valia – que já nasceram no partido, ou que o partido entretanto angariou, são reféns da nomenclatura fundadora.  

Não seria isto que estava na cabeça de Miguel Portas quando, logo em cima do desaire eleitoral do ano passado, propunha o abandono dos fundadores do partido. Estou certo que ele conhecia bem os novos valores do Bloco, e que acreditava que eles têm todas as condições para romper quer com a história quer com a estratégia do partido.

Rompimento que passa fundamentalmente pela radical alteração do posicionamento de poder: ser um partido de contrapoder ou um partido com vocação de poder. Ser um partido capaz de abrangências, consensos e de pontes, ou manter-se como partido de protesto!

É isto que está em causa nesta passagem de testemunho. É isto que terá de ser clarificado para garantir a sobrevivência do partido. E isto só poderá ser feito através de um grande debate interno mobilizado pelos candidatos à liderança. Nunca o será através de qualquer solução de mera continuidade, seja ela monocéfala, bicéfala, ou tricéfala!

Creio que Louçã teria cumprido o seu papel se, em vez de pretender tapar o sol com a peneira - com a tal solução do século XXI -, se retirasse deixando esse debate bem aberto. 

MALDIÇÕES

Por Eduardo Louro

 

Começo por dizer que não acredito em maldições, perante as quais tenho uma posição semelhante à que os espanhóis têm das bruxas:”pero que las hay las hay”!

É conhecida a mais velha maldição que recai sobre o Benfica: lançada por Bela Guttman, em 1962. Sem ele o Benfica não voltaria a ser campeão europeu!

À luz do que se ouve hoje dos treinadores de futebol – e especialmente deste que por cá mora, vai para quatro anos – a expressão de Bela Guttman seria pouco menos que inócua. Diz(em) tanto disparate de auto-promoção e sobrevaloriza(m)-se de tal modo que ninguém lhe(s) pode dar ouvidos. Nem levar a sério …

A verdade é que a declaração daquele velho austro-húngaro que levou o glorioso à condição de bicampeão europeu foi produzida noutro contexto. Eram não só outros os tempos, era ele próprio bastante mais que um simples vendedor de banha da cobra, e era um Benfica bem diferente. Que dominava o futebol na Europa, com uma equipa de sonho, com Eusébio, e com sucessivas presenças na final da maior competição de clubes em todo o mundo.

Mas a verdade é que, mesmo somando presenças consecutivas na final da então chamada Taça dos Campeões Europeus, e contra todas as leis das probabilidades, o Benfica não voltaria a ser campeão europeu. Fosse nos restantes anos da gloriosa década de sessenta fosse, anos mais tarde, no final da de oitenta e no início da de noventa. A verdade é que, sendo um dos clubes com mais presenças na final da mais prestigiada competição internacional de clubes, é, a par da Juventus, o que mais títulos de vice-campeão apresenta.

Se isto não é maldição não sei o que o possa ser!

Entretanto, esbatidos os efeitos da maldição de Guttman, mais pela realidade competitiva instalada na Europa do que propriamente pelo inexorável efeito do tempo, uma nova maldição assombrou o Benfica: chamo-lhe a maldição do título!

Com as desgraças que têm fustigado o glorioso, empurrando-o para as trevas dos últimos vinte anos, os títulos que faziam parte do quotidiano dos benfiquistas passaram à mais rara das raridades. Passamos onze anos de jejum, quando nunca tínhamos passado mais de três, chegamos mesmo a um sexto lugar no campeonato, quando o pior que conhecíamos era o terceiro, e em 2005 lá quebramos o enguiço. Num campeonato sofrido, contra tudo e contra todos, lá conseguimos ganhar onze anos depois!

Festejamos rijamente, claro. Mas aquele título desde cedo começou a ser contestado – e não me refiro aos nossos vizinhos da segunda circular, que ainda hoje confundem a falta de jeito de Ricardo com uma falta de Luisão – dentro e fora da esfera do glorioso. Que tinha sido cedo, que o Benfica ainda não estava estruturado para ser campeão, que era enganoso, que desfocara o clube do seu principal objectivo: a consolidação de uma estrutura ganhadora. Que José Veiga…

Um título maldição, já se vê!

Esperamos mais cinco anos. E lá veio Jorge Jesus, que boa parte dos benfiquistas – entre os quais me incluo – olhava com desconfiança. Não era treinador para o Benfica!

Mas a equipa jogou bem, do melhor futebol que viu, e ganhou bem. Jesus confirmou a sua promessa: a equipa vai jogar o dobro. E jogou!

O presidente anunciou uma mudança no ciclo de hegemonia do futebol cá do burgo e nós acreditamos. Tudo parecia que assim seria: finalmente uma boa equipa, um modelo de jogo fascinante e empolgante que vinha para ficar!

Não foi assim. O treinador insuflou, inchou que nem um casco vazio há um ror de anos e, de tão insuflado, começou a levantar voo e a perder o contacto dos pés com a terra. E começamos a perceber que aquele título também estava amaldiçoado. Desta vez tinha chegado cedo … para o treinador. Desta vez era ele que não estava preparado!

Ficou mais três anos, anos a mais. Logo no primeiro, completamente inchado, tratou de trocar o guarda-redes Quim pelo desastre Roberto, descurou a supertaça que recarregaria as baterias do Porto, pôs-se a jeito para a reacção do sistema, com aquelas arbitragens das primeiras quatro jornadas, e insistiu em Roberto. Quando conseguiu estabilizar a equipa era tarde, e cedo a espremeu, até a esgotar e ficar sem soluções para a parte final da época. Sálvio e Gaitan, os dois únicos alas, rebentaram e a equipa ficou sem ataque enquanto, lá atrás, Roberto se ia encarregando de ir agravando o suplício. No seguinte, resolvido o problema Roberto e o da sua própria situação contratual, transformado no mais bem pago treinador nacional e num dos mais bem pagos da Europa, com a saída de Coentrão nascia o do lado esquerdo da defesa. O Benfica iria buscar o titular da selecção campeã do Mundo e da Europa mas, sem o aval do treinador, era uma carta fora do baralho. No qual introduziu um novo Roberto: Emerson. Para completar o ramalhete correu com o Carlos Martins, primeiro, e com Rúben Amorim, depois. Mesmo assim teve o campeonato na mão, mais parecendo ter pretendido deitá-lo fora para o entregar ao Porto!

Sem nada que o justificasse, a não ser a absurda renovação do contrato do ano anterior, negociada em ambiente de chantagem com a bem orquestrada insinuação do interesse de Pinto da Costa, acabamos de entrar na quarta época de Jesus, com tudo a apontar para a repetição da anterior. Despacha o Capdevilla – a quem nunca deu oportunidade – e descarta o Emerson, como se nele nunca tivesse apostado. Mais birras, mais alas – sete, ou oito se incluirmos a vítima Melgarejo, para dois lugares – mais erros tácticos impróprios de um catedrático, mais problemas de discurso e de comportamento e a mesma incapacidade de gestão motivacional de um grupo. A mesma incapacidade de resolver o problema do lado esquerdo, insistindo na destruição do miúdo paraguaio de inegável potencial. Para trás ficou a novela de Rojo, que veio para Lisboa mas afinal para o Sporting. E que é central – e dos bons, pelo que se está a ver – mas que também faz o lado esquerdo, como se viu na selecção argentina. E com tantos e tão bons alas, e à falta de melhor, que jeito daria um defesa que sabe pisar o lado esquerdo.

De novo, de realmente novo, apenas o lifting à cara. As rugas ficam para nós!

Ora digam lá se não temos uma nova maldição?

AJUSTAMENTOS

Por Eduardo Louro

 

Enquanto o primeiro-ministro - repetindo outras figuras, igualmente dadas à graçola, do governo anterior, e dando uma rara oportunidade ao ministro Álvaro Santos Pereira para dizer alguma coisa de jeito - anunciava o fim da crise já para o próximo ano, e alguns dos fazedores de opinião favorável ao governo vêem praias apinhadas de veraneantes endinheirados e restaurantes a abarrotar e cheios de filas à porta, como garante o historiador Rui Ramos (com esta visão da actualidade legitima as dúvidas, hoje tão actuais, que se levantam quanto à que tem da História!) no Expresso deste fim-de-semana, alguns economistas empenhados na mesma tarefa cantam épicos ajustamentos na nossa economia.

O mais glorioso desses ajustamentos tem por centro o histórico equilíbrio do défice externo: algo que apenas por uma vez tinha ocorrido em Portugal, no longínquo ano de 1943, em plena Segunda Guerra Mundial, à custa da guerra e do volfrâmio. Assim, à primeira vista e sem mais, até parece um estrondoso êxito, mais que um sucesso ímpar, um verdadeiro acontecimento histórico.

Mas não é. Isto resulta apenas da queda a pique do investimento e do consumo. Quer dizer: do estrangulamento completo e total da economia. Do agravamento da recessão, a passar a fronteira para a maior depressão do último século!

Não é nada que tenha ver com qualquer ajustamento na economia portuguesa. Não tem nada a ver com qualquer alteração estrutural capaz de inverter o mais crónico dos défices da nossa economia, nem tal seria possível nas actuais circunstâncias. Isso podia e devia ter acontecido ao durante o longo consolado de Cavaco Silva, quando desaguavam em Portugal rios de dinheiro. Que podiam e deviam ter sido utilizados exactamente para isso: para qualificar a economia, qualificando o investimento e os recursos humanos. Para a dotar da competitividade que lhe permitisse exportar mais e melhor e importar menos!

Acontece que esses rios de dinheiro serviram exactamente para o contrário. Serviram para Cavaco Silva destruir em vez de construir, para acabar com as pescas e a agricultura e aumentar o nosso défice alimentar. Para acabar com a indústria, em vez de a modernizar e de lhe dar competitividade, e acentuar a nossa dependência externa. Para pactuar com a utilização fraudulenta de grande parte desse caudal financeiro que inundava o país, instalando e alimentando o facilitismo que tomou conta do país e o afastou ainda mais dos padrões de rigor e de exigência que são a âncora da produtividade!

Perdida essa oportunidade histórica, a economia portuguesa não conseguirá, nas décadas mais próximas, inverter o seu crónico défice externo. Não conseguirá levar a cabo esse ajustamento fundamental. Que nesta altura não existe, ao contrário do que nos estão a pretender fazer crer.

Nesta altura apenas atravessamos uma situação conjuntural, meramente circunstancial, apesar de se continuar a manter durante o próximo ano, em que, sem investimento e sem consumo, as importações caem significativamente, para valores abaixo das exportações. Que lá vão resistindo e, ao que vai sabendo, ajudadas por exportações de ouro. De ouro usado, daquele que as famílias vendem ao desbarato. Com a corda na garganta, enquanto se não vão os dedos…

Quando, por obra e graça vá lá saber-se de quê, a depressão for ultrapassada – e terá de o ser, a actual situação social do país é insustentável - tudo rapidamente voltará ao normal. Que é termos de importar a maior parte do que consumimos e investimos…

 

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