2013
Por Eduardo Louro
Que venha! Um único voto: que não seja tão mau como o pint(o)am!
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Por Eduardo Louro
Que venha! Um único voto: que não seja tão mau como o pint(o)am!
Por Eduardo Louro
Esta fotografia não é para mostrar detalhes interiores do carro do nosso primeiro. É apenas para perguntar: por que não tapou aquilo com o sobretudo?
Bastava deixá-lo cair só um bocadinho!
O homem acha-se mesmo providencial...
Por Eduardo Louro
Há um ano deixava aqui uma curiosa mensagem para o ano novo, este que agora está velho e acabado. Escrevia que, “tendo como certo e adquirido que 2012 vai ser o nosso annus horrbilis, é de admitir que, bom mesmo, seria … que passássemos para 1 de Janeiro de 2013. Ou de 2014. Ou de 2015! … Se não conseguimos trocar as voltas este ano novo, se ele vai ser o que se anuncia - e já que, contra crenças, profecias e mitos, o mundo não irá acabar em 2012 - então que seja mesmo o pior. Que não voltemos a ter mais nenhum como este, que seja o da remissão definitiva dos nossos pecados, para que possamos voltar a ter a esperança de anos melhores para todos!”
É triste a nossa sina! Poderia voltar a escrever tudo de novo, com o mesmo a propósito… Foi aqui que chegamos, desesperadamente encurralados: sem esperança e sem futuro. Apenas com medo!
Olhamos para 2013 e distinguimos dois vultos. Um algures ali por Abril, tenebroso. Chama-se execução orçamental do primeiro trimestre, e todo ele é desgraça. Outro lá mais para frente, em Setembro, e chamam-lhe – vejam bem - eleições na Alemanha!
Do primeiro só temos razões para ter medo. Muito medo. Do segundo… medonho é pensar do que nos deixamos reféns!
Por Eduardo Louro
Por Eduardo Louro
Por esta altura é costume puxar a memória atrás, a 1 de Janeiro, deixá-la correr ao longo do ano e escolher. Escolher os mais do ano. Em qualquer coisa, ou em tudo e mais alguma coisa…
Vou também aqui fazer esse exercício. Mas numa versão minimalista, apenas numa única categoria: acontecimento nacional do ano!
Para mim o acontecimento nacional do ano é um não acontecimento. É o que acabou por acontecer por não ter acontecido o que era suposto acontecer!
Refiro-me ao facto de o governo ter resistido - intacto – todo o ano. O governo não caiu, nem sequer foi remodelado. E isso, há uns meses, era impensável!
Ninguém admitiria que o governo resistisse aos sucessivos casos Relvas: secretas, Público, RTP, ERC…. licenciatura, mentir no Parlamento… Aos pequenos e sucessivos episódios de abuso de poder. Mas também à quarentena a que se sujeitou - tipo hibernação, à espera que o mau tempo passasse – mantendo-se afastado (protegido) do governo, como se não existisse!
Sabia-se – ou foi se sabendo - que Relvas era apenas uma face da moeda que do outro lado tem Passos Coelho. O que não se adivinharia era que o primeiro-ministro conseguisse convencer o seu chefe - Vítor Gaspar – que Relvas era indispensável para as suas privatizações!
Ninguém admitiria que o Álvaro resistisse à sua estratégia do pastel de nata. Ele que até foi o primeiro a sentir os apertões da rua… Mas, pé ante pé, lá se foi aguentando e ganhando imprensa. Ao ponto de já nem a sua estratégia terceiro-mundista de desenvolvimento industrial, provavelmente encorajada pela política ambiental do seu Canadá - que acabara de mandar às ortigas o protocolo de Quioto - e que lhe valeria uma pequena guerra com a colega Assunção Cristas, lhe ter afectado a cotação. Em alta!
Poucos admitiriam que falhadas todas as previsões económicas, e com todos os objectivos orçamentais rapidamente transformados nas mais extravagantes miragens, o governo se pudesse aguentar. Que, batidos todos os recordes de desemprego, com o país entregue a um dos mais violentos ritmos de empobrecimento de que há memória, um governo que não podia sair à rua, suportado por uma coligação em permanente rotura e sempre em rota colisão, pudesse resistir.
Poucos admitiriam que depois daquele dia 7 de Setembro, depois do que o país inteiro disse ao mundo em 15 de Setembro, o governo chegasse ao fim do ano.
E no entanto resistiu. Sem uma baixa!
A situação do país e dos portugueses continuou a agravar-se todos os dias. Mas a do governo não. Relvas voltou a fazer negócios – mesmo que o último lhe não tenha corrido bem – e à sua condição de picareta falante, sem o mínimo de reserva, decoro e vergonha. E até Passos Coelho, em vez de fugir pelas traseiras como vinha sendo hábito, já atravessa a rua para se dirigir aos que protestam (bem sei que até pode ser encenação, mas o resultado é o mesmo)!
Todos os acontecimentos têm protagonistas. Este tem dois: Cavaco Silva, o senhor que ocupa o Palácio de Belém sem que se saiba exactamente para quê, e Seguro, o senhor de quem se diz que é líder da oposição. Foram eles que fizeram este acontecimento...
O drama, deste e dos próximos anos, é que não há coincidências. Não é mera coincidência que a maior crise, o pior governo, o pior presidente e a pior oposição se tenham encontrado ao mesmo tempo, no mesmo local!
Por Eduardo Louro
A mensagem de Natal do primeiro-ministro (alguém me sabe dizer qual foi o efeito do apagão?) não surpreende pela novidade. Ainda há bem pouco tempo Sócrates fazia exactamente o mesmo, vendia-nos um país imaginário, que não existia em lado nenhum.
Mas francamente, o que isto me traz mesmo à memória é aquele ministro iraquiano, aqui há uns anos, em 2003: já a estátua do Sadam era arrastada pelas ruas e continuava a dizer que o inimigo estava a ser repelido e que a vitória era certa…
Uma mensagem fatal!
Por Eduardo Louro
Não. Não é uma história de Natal, é uma história de todos os dias!
De repente, vindo do nada, surge em conferências, rádios, jornais e televisões. Tem a lição bem estudada, evita obstáculos e contorna as curvas, num discurso bem embrulhado e que soa bem ao ouvido.
Usa o plural majestático, nunca fala por apenas si: "nós na ONU"!
Vi-o, como provavelmente muitos dos leitores, ainda na última sexta-feira no Expresso da Meia Noite, da SIC Notícias. Respondia pelo nome de Artur Batista da Silva, e dizia coisas que quase encantavam. Confesso que achei “fruta a mais”: tinha alguma dificuldade em ver a ONU por trás daquelas posições!
O Nicolau Santos foi um dos que se deixaram encantar. Deu-lhe palco ns SIC Notícias, no Expresso da Meia Noite, e deu-lhe corda no Expresso, na sua coluna do caderno de Economia: espalhou-se ao comprido. Vai passar o Natal estatelado, sem se conseguir levantar!
É um impostor, com acusações de burlas e desfalques. A ONU não faz ideia do que seja esse nome, nem do observatório que ele diz dirigir. Nem tem nada a ver com que ele diz...
Como é possível?
É possível como sempre foi. Talvez mais possível do que alguma vez tenha sido. A informação corre tão depressa que toda a gente a quer agarrar antes que fuja. Mesmo que se agarre o gato, se deixe fugir a lebre e se faça figura de anjinho!
PS: Rádios (TSF) e Jornais (Jornal de Negócios) retiraram já as notícias que estavam "linkadas"!
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