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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

CORRER À FRENTE

Por Eduardo Louro

 

Este jogo, em que o Benfica chegou ao resultado mais volumoso do campeonato e pela primeira vez à chapa seis, foi dois em um. Dois jogos diferentes num só jogo!

O jogo da primeira parte não teve nada a ver com o da segunda.

No futebolês utiliza-se muito a expressão “correr atrás do resultado”. Pois, na primeira parte o Benfica correu à frente do resultado: marcou o segundo golo quando ainda não tinha justificado o primeiro e chegou ao terceiro quando procurava justificar o segundo. Sempre à frente do resultado!

Na segunda parte foi outro jogo, completamente diferente. O quarto golo chegou cedo, como cedo chegou o golo de honra do Rio Ave. Fortuito, mas afinal a fazer o jogo acertar o passo com o resultado. No final, e face às incidências do jogo, o resultado podia ter sido ainda mais desnivelado, com um passo bem a par do do jogo. Não o foi porque o Rodrigo viveu apenas para marcar o golo que lhe anda a fugir e porque Cardozo, no pouco tempo que esteve em jogo, perdoou o que não costuma perdoar.

O árbitro – Rui Costa nunca soube grande coisa do ofício, admira é que, há tantos anos e ano após ano, continue na primeira categoria – fez uma das arbitragens mais estúpidas deste campeonato. Poderá figurar nos compêndios da arbitragem para ilustrar um péssimo trabalho mesmo quando não influencia o resultado!

Mostrou nove cartões amarelos e três vermelhos – O Benfica acabou com 10 e o Rio Ave com 9 – a sugerir, a quem não assistiu, que em vez de um jogo de futebol aconteceu uma batalha campal. Mas aconteceu apenas um jogo de futebol, dos bons. Com uma única atitude violenta, na jogada que lesionou – não se sabe ainda com que gravidade – o Salvio, que nem sequer foi assinalada. Isto mostra a qualidade deste árbitro: distribuiu cartões a torto e a direito mas no único lance violento do jogo nem sequer falta marcou!

Como o Porto também regressou às vitórias – nesta que era uma jornada de regressos: regresso dos jogadores das selecções, regresso do campeonato e regresso do João Moutinho -, num jogo que confirmou a Académica como a equipa mais fraca nesta fase final do campeonato, lá se mantêm os quatro pontos, com o Benfica a correr à frente. E fortíssimo, a querer dizer que não está aí para facilitar!

DÚVIDAS

Por Eduardo Louro

 

A dúvida anda no ar: remodelação ou implosão? Será que o governo está mesmo para cair - de maduro para uns, de podre para outros - ou será que Passos Coelho está para dar ouvidos ao parceiro de coligação, e vai proceder à remodelação? Devolvendo o Álvaro à procedência, eventualmente com a incumbência de criar a confraria do pastel de nata no Canadá...

Relvas, bem se sabe, é apenas a outra face de Passos Coelho. Um não pode ser remodelado sem o outro, e o primeiro-ministro não o pode ser… Logo, Relvas, queira ou não queira o CDS, não será remodelado!

Se calhar é por isso que o ministro Crato guarda/esconde os resultados da investigação à famosa licenciatura de Relvas - que pediu à IGEC (Inspecção Geral da Educação e Ciência) há perto de um ano - desde meados de Janeiro… E que diz agora que está para os divulgar em breve!

Pois…também pode ser o Nuno Crato a acompanhar o Álvaro… Ou pode cair tudo!

CAMIÕES DE MASSA

Por Eduardo Louro

 

Cinco mil milhões de euros, vivinhos, em notas, passearam hoje no Chipre. Não em carros blindados, mas em camiões vigiados por terra e ar por gente fortemente armada.

Chegaram de barco, provenientes da Alemanha – pois claro, eles é que são os donos da bola – e tinham por objectivo fazer com que não faltassem notas, hoje na reabertura dos bancos. Que estavam mesmo vazios!

REGRESSADO SIM. D. SEBASTIÃO É QUE NÃO!

Por Eduardo Louro

 

Também vi, claro. Era o grande happening televisivo. Quem é que não viu?

Também assisti, no me toca sem ponta de saudades, a este regresso de Sócrates. E achei-o na mesma, igual a si próprio, sem qualquer cedência à sua narrativa. Ele, que disse estar ali para combater uma narrativa, a que chamou de narrativa …única.

É isso, não há factos. Apenas narrativas. É este também um dos nossos grandes problemas: tudo se resume à narrativa! A uma, a outra ou a outra ainda…

Fora disso, da narrativa e da manipulação de factos e números – arte em que sem dúvida é mestre – apenas uma tareia, diria mesmo um enorme tareão, no Presidente da República. E aí, a sério, acho que só se perderam as que caíram no chão

De resto, narrativas e manipulação à parte, o mesmo Sócrates de sempre, com a mesma crispação de sempre, e a mesma arrogância de quem nunca erra. Que diz assumir as suas responsabilidades mas que é incapaz de admitir uma única. Um único erro: ter constituído um governo minoritário! Que, evidentemente, põe ao serviço de outra das suas especialidades: a vitimização!

Um Sócrates em forma, mesmo que  por duas vezes lhe tenha saído um “é pá” a deixar perceber ainda alguma falta de lubrificação.

No que me parece que esta entrevista falhou foi na sua vertente de marketing. É que, se tinha também por objectivo funcionar como instrumento promocional – e eu acho que tinha - do seu novo espaço de comentário semanal, a estrear já na próxima semana, parece-me que falhou. No fim da entrevista acho que já estávamos todos fartos de Sócrates, e sem grande vontade de o passar a seguir todas as semanas!

 

 

COISAS DE HOJE X

Por Eduardo Louro

 

Não há plano B. Passos Coelho não tem alternativa para as medidas objecto de apreciação de constitucionalidade e não hesita em dramatizar. Ou mesmo chantagear!

Estou em crer que o Tribunal Constitucional não irá ceder à chantagem. E creio que há mesmo inconstitucionalidades… E que o governo irá mesmo cair, não servindo para nada os berros do CDS a pedir a remodelação… E que o Presidente continuará sem saber o que fazer…

Só que, sem escapatória, vai mesmo ter de decidir alguma coisa. Que chatice!

O OUTRO DÉFICE

Por Eduardo Louro

 

A turma de Paulo Bento lá regressou às vitórias, depois de cinco jogos sem lhe tomar o gosto. Foi no distante Azerbaijão, em Baku perante a sua bem fraquinha selecção nacional.

A exibição do seleccionado português foi também ela fraquinha, na linha daquilo que se tem vindo a ver. Não atingiu a displicência do último jogo em Israel, mas confirmou, perante uma equipa do mais baixo escalão europeu, que não tem categoria para estar entre os melhores. Como ainda ontem, frente ao Brasil, em Londres, a selecção russa deixara bem claro!

Sem Cristiano Ronaldo, castigado por ter visto o segundo amarelo na passada sexta-feira em Telaviv, e sem Nani, lesionado, que também já falhara o último jogo, Paulo Bento manteve o sistema e apostou na novidade Vieirinha e no regressado Danny para as alas. Com resultados distintos: Vieirinha, pela direita, foi sempre um ala activo e dinâmico, e foi mesmo o melhor jogador da equipa; o Danny não é um ala, e não rende nessa posição, como está mais que demonstrado – a bola fica-lhe sempre para trás, ele não corre com a bola é a bola que corre com ele – e foge sistematicamente para o meio, que é o seu habitat natural. Como, não se percebendo bem porquê, Fábio Coentrão durante grande parte do tempo não subiu, a equipa nacional, como se não bastassem todas as grandes limitações, ficou desasada, sem asa esquerda.

As substituições – Danny por Varela, esse sim, apesar de pouco menos que desastrado, um ala, e Raúl Meireles (mais um jogo nulo) por Hugo Almeida - efectuadas já depois da hora de jogo e quando o adversário jogava com menos um, deram à equipa ala esquerda que não tinha, com o Coentrão finalmente a subir e a criar desequilíbrios, e um jogador de área: o Hugo Almeida – é certo – mas sempre é melhor que nada. Nada, justamente o que é Postiga. Como Meireles e Veloso, que continuou em campo sem que ninguém - nem mesmo ele - soubesse muito bem para quê.

Claro que, ganhar, especialmente quando já ninguém se lembrava muito bem do que isso era, é bom. Foi por dois, com um mínimo de competência teria sido por quatro ou cinco, mas é uma vitória que não esconde nada. Está tudo bem à vista!

Conseguindo, primeiro segurar e depois melhorar o segundo lugar – este ainda é o pior de todos os segundos - é a vez de começar a olhar para o que se passa nessa segunda posição de cada grupo. E então encontramos motivos suficientes para nos assustarmos com outro défice: o de categoria na equipa de Paulo Bento!

Se um nos empurra para fora do euro este pode barrar-nos a entrada do mundial. Está difícil, isto de vistos para o Brasil...

 

GENTE EXTRAORDINÁRIA XXXV

Por Eduardo Louro

 

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, disse que as críticas feitas à Alemanha se devem "à inveja" dos outros países. Que é como na escola, os que têm mais dificuldades têm inveja dos que têm melhores resultados…

Sobre o Sr  Schauble já quase tudo foi dito. Se calhar faltará dizer que o ministro das finanças alemão tem mentalidade de sopeira. É o que eu digo, com todo o respeito pelas sopeiras, a quem só não peço perdão porque me parece que já não as há!

Que seja ignorante, que pense como uma sopeira, poderia ser um problema dele. E, vá lá, dos alemães… Infelizmente não é. É um problema nosso… e grande! É gente desta - gente extraordinária - que manda na nossa vida, no nosso futuro e no futuro dos nossos...

E lembrarmo-nos nós que está agora a fazer 60 anos que foi perdoada a dívida à Alemanha...

ZANGAM-SE AS COMADRES...

Por Eduardo Louro

 

Se alguém tinha dúvidas que batemos na parede deve tê-las perdido com a entrevista do chefe da missão do FMI publicada no Jornal de Negócios. Não que Selassie tenha dito algo muito diferente do que já se tinha ouvido da parte das instituições europeias. Mas porque reforçou essa linha que já separa o governo da troika, dando expressão ao ditado popular segundo o qual, em casa onde não há, pão todos ralham e ninguém tem razão. Porque zangam-se as comadres e descobrem-se as verdades!

O próprio Durão Barroso já havia dito que a culpa de tudo isto era do governo – a responsabilidade da aplicação dos programas de ajustamento é dos governos nacionais, foram as suas palavras – e de Bruxelas já tinham apontado o dedo ao governo, responsabilizando-o pela opção de fazer o ajustamento pelo lado da receita, descurando a despesa.

O governo já tinha respondido. Atabalhoadamente, de forma ridícula, mas não deixava de ser resposta: afinal, o programa da troika, aquele que adoptara como seu, para além do qual queria ir, estava mal desenhado. A troika tinha desenhado mal o programa, e por isso as coisas não batiam certas!

Agora, Selassie diz que “não há muito mais a ser feito … para estimular o crescimento”, que “ a bola agora está do lado do governo” ou que “a troika tem sido pragmática o suficiente para acomodar as medidas que o governo tem encontrado”. E põe o dedo n(um)a ferida: “é muito desapontante que os preços da luz e das comunicações não desçam”! “ É muito importante que o debate sobre as rendas excessivas em alguma áreas da economia seja revisitado. Este é um aspecto muito importante para garantir uma justa repartição do esforço de ajustamento”…

Pois é. O governo disse querer ir além do Memorando para ficar no exacto ponto de certos interesses, e muito aquém do interesse público: aí está uma das verdades que a zanga das comadres vai pondo a descoberto!

 

TUDO ERA PREVISÍVEL. TUDO DEIXOU DE O SER!

Por Eduardo Louro

 

Bruno de Carvalho ganhou as eleições e é o novo presidente do Sporting!

Não faço ideia se será o Vale e Azevedo do Sporting, nem sequer se serão muitos os pontos de contacto entre estas duas personagens. Lá que parece haver um lado obscuro – ou mesmo mais - em Bruno de Carvalho, parece. Que há coisas que se não percebem, há. Que há ali populismo – mesmo que mais bem embrulhado que o de Vale e Azevedo -, há!

Mas, se a lógica não fosse uma batata, não poderia ser outro a ganhar as eleições para a presidência da agremiação de Alvalade. Nunca poderia ser o José Couceiro que praticamente todas as sondagens davam como certo. Por uma razão simples: o Bruno de Carvalho tinha tido há dois anos praticamente o mesmo número de votos de Godinho Lopes. E mais votantes, que dois anos depois garantiam ainda mais votos!

Ao longo destes dois últimos anos da presidência de Godinho Lopes o Sporting teve um percurso muito idêntico ao do país: sempre a correr para o abismo, com cada mês pior que o anterior. Godinho Lopes rivalizou com Passos Coelho na asneira, no disparate e na profundidade do buraco que foram cavando. Bruno de Carvalho, mesmo que não fizesse nada, mesmo que se mantivesse imóvel, ganharia só com o péssimo desempenho do seu antigo adversário. Acresce que a guerra civil estalou em Alvalade, mas não foi por ele. Sempre se manteve fora da cena de guerra em que o Sporting se foi afundando, nunca alimentando publicamente o que quer que fosse. Manteve aquilo que se convencionou chamar de postura responsável, sem desperdiçar os votos que lhe vinham cair às mãos.

Bruno de Carvalho partiu para estas eleições com a sua base de votação de há dois anos significativamente reforçada, não partiu apenas com os seus de 35%. Era um patamar de saída virtualmente imbatível, mesmo que a campanha eleitoral lhe corresse muito mal. O que nem sequer foi o caso!

José Couceiro, dado como o candidato da continuidade, isto é, aquele que seguraria o status quo muito assente na feira de vaidades em que a aristocracia leonina transformou o clube, partia como herdeiro dos votos de Godinho Lopes. Só que Godinho Lopes não deixava herança, tudo tinha sido desbaratado!

Os resultados das eleições no Sporting só podiam ser os que foram. Na dimensão da crise que tomou conta de Alvalade não poderia sair outra via que não a revolucionária. O problema é que, das revoluções, só se sabe como começam…

Até aqui, até aos resultados desta noite, tudo era previsível. A imprevisibilidade vem a seguir!

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