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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Dérbi... sem milagres

Por Eduardo Louro

 Lutaram muito mas só deu empate em Alvalade

 

Não correu bem, e lá ficaram mais dois pontos. Já são cinco, em apenas três jornadas…

O Benfica não entrou bem no jogo, e sabia-se que o Sporting, pela embalagem que trazia e pela fé que por lá se instalou, iria apostar tudo na alvorada do jogo. Sofreu o golo muito cedo, e ainda por cima precedido de fora de jogo. Depois, a trave, a impedir o golo de Rodrigo e …três lesões, a obrigarem a esgotar as substituições muito cedo, não é o que de melhor se possa desejar. Mesmo que no reverso uma tenha trazido Markovic, e outra Cardozo. Depois ainda veio a segunda parte, com o Benfica quase sempre por cima, mas … bem que o Rui Patrício já podia ter ido embora… A obra prima de um génio que deu o empate e o penalti – Cardozo agarrado (tipo gravata) na área - que o árbitro não quis assinalar.

Ah… E Cardozo… Pois, não há milagres todos os dias!

Já agora: alguém me sabe dizer por que é que o Markovic não é titular? 

A Constituição e o Estado de Direito

Por Eduardo Louro

 

Como se esperava, Pedro Passos Coelho ameaça com um segundo resgate: "Se não formos capazes nos próximos meses de sinalizar aos nossos credores esta reforma estrutural do Estado que garanta que a despesa baixa de uma forma sustentada, o que acontecerá é que não estaremos em condições de prosseguir o nosso caminho sem mais financiamento, sem um segundo programa que garante ao País os meios que ele precisa", declarou tendo como pano de fundo a decisão do Tribunal Constitucional e aquilo que considera ser a sua visão restritiva da Constituição.

Passos Coelho chegou à liderança do PSD e logo anunciou como prioritária a necessidade de rever a Constituição, coisa que, como bem nos lembramos, foi então considerada completamente despropositada. O país não via nisso qualquer prioridade e percebia-se que se tratava de preconceito ideológico.

A verdade é que nada fez para encontrar o necessário consenso para essa revisão. Mas não é menos verdade que decidiu governar como se o tivesse feito, o que quer apenas dizer que, nada tendo feito para a rever, resolveu ignorá-la. Entendendo ainda que todos os órgãos de soberania deveriam fazer exactamente o mesmo.

Mas não pode ser assim. Por muito que lhe custe um Estado de Direito não é isso!

O primeiro-ministro tem de entender que esta Constituição tem que ser respeitada e que, se não lhe serve, tem de promover a sua revisão. A não ser que opte assumidamente pelo golpe de Estado. Não pode é pretender governar um Estado de Direito em ambiente de golpe de Estado!

Circo da tragédia

Por Eduardo Louro

 

 

Não sei nada de incêndios. Por isso não vou escrever sobre o que (não) sei de incêndios. Apenas sei que devastam o país ano após ano, consumindo bens e vidas. E que, este ano, já muitas foram as vidas que levaram. Vidas de jovens, muito jovens na sua maioria, que um dia decidiram colocá-las ao serviço dos outros e que, por isso mesmo, são vidas que valem mais. E que deveriam valer de mais para serem perdidas desta forma!

E sei que atingem Portugal como nenhum outro país. E bem sei que isso não se deve a razões exclusivamente climatéricas, porque não têm, nem de perto nem de longe, a mesma expressão nos outros países do Sul da Europa, com condições climatéricas idênticas.

Sei pouco de políticas de solos e de florestas, mas sei que as espécies autóctones vêm nas últimas décadas sendo substituídas por eucaliptos. Sei que os eucaliptos servem a indústria da celulose, e que esta representa interesses fortíssimos que facilmente tomam conta dos governos. E que isso se nota à vista desarmada, a todo o pé de passada. Sei que a política de desenvolvimento do país o inclinou para o litoral, desprezando e desertificando o interior. Acabando as pessoas, acabou a pastorícia e o amanho da terra, e destruíram-se os equilíbrios que preveniam incêndios

Sei que o país pouco investe na prevenção, enquanto consome cada vez mais recursos no combate aos incêndios. Que, apesar de todos reclamarem sempre mais, o país já gasta o que pode e o que não pode nesta tragédia que se repete todos os verões, à volta da qual florescem actividades e interesses que não podem ser ignorados. Há uma economia do fogo que vive disto e que nem sempre será inocente. Sei - sabemos – que mesmo na Organização que é os bombeiros, há estruturas de interesses, mesmo que mesquinhos como sucede na maior parte das vezes. Que uma coisa são os bombeiros, os jovens, os homens e as mulheres que colocam as suas vidas ao serviço da comunidade, de comunidades que muitas vezes nem sequer são as suas, e outra sãos as suas estruturas de cúpula.

Sei – sabemos – que há criminosos à solta. Uns porque nunca são apanhados, outros porque logo são libertados.

Mas o que sei mesmo é que não podemos continuar a aceitar que tudo continue na mesma, ano após ano. Não podemos continuar impávidos e serenos à espera que em Julho e Agosto tudo se repita. Com televisões a fazerem da tragédia espectáculo, políticos bronzeados a repetirem os mesmos lugares comuns, e diferentes estruturas operacionais a digladiarem-se na praça pública, resumindo esta tragédia a um circo que no Verão desce à cidade.

 

Obsessão

Por Eduardo Louro

 

O Tribunal Constitucional chumbou a mobilidade na função pública. De pouco valeu o Pontal de Passos Coelho!

Isto sucede no mesmo dia em que se soube que o governo deturpou a realidade salarial que informou ao FMI com o fito único de sustentar a premência de novas reduções, coisa que, como se sabe, é música para os ouvidos daquele parceiro da troika.

O problema disto é que, quando o governo diz que não tem alternativas para reduzir a despesa, já ninguém vai acreditar. Toda a gente achará que o governo tem apenas uma obsessão: lixar todos os que vivem do seu salário. Comparada com esta, a da Constituição é apenas uma brincadeira que o governo já não dispensa.

 

I have a dream

Por Eduardo Louro

 

 

“I have a dream. Eu tenho um sonho no qual a América vai verdadeiramente viver o seu ideal de que todos os homens foram criados da mesma maneira… Eu tenho o sonho de que os meus quatro filhos vivam um dia num país no qual não sejam julgados pela cor da pele, mas sim pelo teor do seu carácter”…

Não sei se este discurso mudou o mundo. Mas não tenho qualquer dúvida que não seria o mesmo se Martin Luther King não tivesse proferido este manifesto cívico e democrático, hino á tolerância e à convivência.

Um ano depois, em 1964, seria distinguido com o Nobel da Paz. E cinco anos depois, a 4 de Abril de 1968, seria assassinado. Porque, na altura, também para o FBI, era negro mais perigoso para o futuro americano…

Hoje, 50 anos depois, será um presidente negro a assinalar esta data. No mesmo local, do alto do Lincoln Memorial, em Washington…

 

Revisita à lei de Gresham

Por Eduardo Louro

 

O Secretário de Estado Carlos Moedas deu hoje uma aula na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, a lembrar Vítor Gaspar, que imitou quase na perfeição.

Falou, claro, sobre a dívida: que é para pagar - “as dívidas têm que ser todas pagas, os países têm que pagar as dívidas e é importantíssimo que isso fique claro, que o esforço que os portugueses estão a fazer é para termos essa credibilidade”, disse.

Mas não falou claro sobre a dívida, contra a qual nada tem. “Que é necessária”, que “sempre se trabalhou com dívida”, mas “não pode ser é uma dívida em excesso”. Rematando que, “como tudo na vida, nada em excesso é bom”.

Claro que isto não é falar claro, nem sobre a dívida nem sobre excessos. Até porque os excessos não estão só na dívida. Que é para pagar mas que, na prática, a teoria de Moedas (e de Gaspar, e de Albuquerque, e de Passos, e de tuti quanti) só tem feito aumentar. 

Bom, mas lá temos nós de revisitar a lei de Gresham: e este é apenas a má Moedas. A boa Moedas é que continua sem aparecer…

Emoções fortes

Por Eduardo Louro

 

O jogo de hoje na Luz iria sempre ser histórico. Pela primeira vez um clube assumia a responsabilidade de transmitir um jogo do campeonato nacional pela sua própria televisão. Era a primeira transmissão da Benfica TV de um jogo do campeonato nacional, cortando definitivamente com o eterno monopólio de Joaquim Oliveira. E, começando por aí, cumpre elogiar, elogiada que há muito está a decisão, a transmissão, um trabalho de grande qualidade e profissionalismo. E de grande independência, com o profissionalismo a que o Hélder Conduto já nos habituou, a pedir meças à concorrência. De tal forma que nem uma arbitragem de fraquíssima qualidade de um dos mais incompetentes árbitros nacionais, que prejudicou grandemente o Benfica, mereceu qualquer reparo…

Mas será certamente histórico por outras razões. Não tanto pela forma épica como o resultado foi invertido, com dois golos em dois dos quatro minutos de compensação, mas pelo que essa reviravolta poderá significar. E pelas manifestações que provocou!

Não adianta sequer falar muito do jogo que, na realidade, não surpreendeu muito. O Gil jogou como se esperava que fizesse, mesmo que não tivesse enveredado por uma estratégia ultra-defensiva e mesmo que nem tivesse tido necessidade de, à sua escala e nesse modelo, jogar bem. Também o Benfica não conseguiu superar as expectativas, bem baixas por esta altura.

A pedaços – pequenos – o Benfica jogou com alguma qualidade, o suficiente para criar muitas oportunidades de golo que especialmente Lima e Rodrigo iam desperdiçando. Mas nem foi constante nem nunca chegou a ser brilhante!

Não é pois pela exibição que se poderá esperar que hoje tenha sido o dia D, de mudança. É pela mensagem de união que saiu de dentro da equipa, é pela nota que a equipa quis dar de estar com o treinador, e é ainda pela inédita atitude de Jesus com Maxi Pereira. Corresponda tudo isto à realidade ou não passe tudo isto de uma grande encenação!

Tenho algumas dúvidas que os jogadores estejam assim tanto com o treinador. Tenho as mesmas dúvidas que Jorge Jesus se comporte agora com todos os jogadores como se comportou hoje com Maxi Pereira. Não sou um crente destas coisas, mas também não é isso agora o que mais conta. O que conta é que todos, jogadores e treinador, tenham tomado consciência que a coisa não está para braços de ferro, que não há nada para forçar, que, se são estes jogadores e este treinador a ir até ao fim, têm todos que se comportar dentro dos padrões de respeito que a grandeza do Benfica exige.

E não há dúvida nenhuma que, mesmo que não morram de amores uns pelos outros, o sentimento que hoje todos manifestaram é um forte contributo para o espírito de equipa indispensável ao sucesso. Que o carinho e apoio que os colegas dispensaram ao Maxi, seguindo o mote dado pelo treinador - um indicador que contrasta com o que se viu no passado com Ola John, Carlos Martins ou Enzo Perez – revela grande solidariedade e um espírito de balneário que se dava por perdido.

Claro que é especulativo dizer que isto se deve ao facto Luís Filipe Vieira ter dado à costa. Mas não há grandes dúvidas que, sendo o presidente o responsável pela inaceitável continuidade de Jesus, era mais inaceitável ainda que agora se escondesse, que não deixasse claro que o treinador não ficaria abandonado e cada vez mais fragilizado. É verdade que não deixou nada disso assim tão claro, como se percebeu ao voltar a agitar o fantasma de Fernando Santos, mas basta dizer qualquer coisa… E aparecer, mesmo que tarde e a más horas!

Mesmo que não queira perceber que são benfiquistas que sofrem aqueles que hoje estão descontentes com a sua gestão. São benfiquistas dos 83% que o elegeram, dos que enchem o estádio, dos que pagam as quotas e dos que deitaram fora o comando…

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