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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Cristiano Ronaldo é o melhor do mundo. Mas Yup Heynckes também...

Por Eduardo Louro

Cristiano Ronaldo não contém lágrimas ao receber «Bola de Ouro»

Nunca numa gala da FIFA tanto se falou português. Se calhar nunca se falou tanto em português numa gala internacional de dimensão planetária…

Cristiano Ronaldo conquistou a bola de ouro, foi declarado o melhor do mundo, como todos desejávamos. Mas não foi por isso que tanto se falou em português. Nem por isso nem por ele, até porque falou pouco: chorou mais do que falou. Nem por Eusébio, que a FIFA num acto falhado pretensamente homenageou: uma vergonha! Nem por Matic, que ainda joga no Benfica, ao serviço de quem marcou - ao Porto, pois claro – um dos três melhores golos do ano, ao lado dos golos de Neymar e Ibrahimovic (que, com o seu fabuloso pontapé de bicicleta, ganhou) pelas respectivas selecções. Nem pela bola de ouro de prestígio de Pelé, tipo prémio de carreira ou honoris causa, que falou em inglês.

Foi apenas pela mega promoção do mundial do Brasil em que a FIFA transformou aquela gala. Por isso por lá desfilaram muitos brasileiros e brasileiras que, ao contrário de Pelé, falaram em português!

Mas esta gala da FIFA não fica na minha memória apenas por se ter falado muito em português. Nem pela lástima que constituiu a suposta homenagem a Eusébio. Nem pela segunda bola de ouro do fenómeno português. Nem pela cara bonita da Irina, a contrastar com a do Cristiano lavada em lágrimas. Fica na minha memória porque disse que o melhor treinador do mundo é um tipo que, há pouco mais de uma dúzia de anos, achava que o João Pinto não era jogador da bola, que já não prestava para o Benfica…

O treinador que foi cúmplice de Vale e Azevedo é o melhor do mundo. Não me conformo com isso!

Longe da Europa, submissos e contentes...

Convidado: Luís Fialho de Almeida

 File:Inglehart Values Map.svg

 

 

O Governo propõe agora novo incentivo para combate à evasão fiscal e, para evitar a fuga à facturação, habilita os “cumpridores” ao sorteio semanal de um automóvel, como se faz em países da América Latina. Temos de reconhecer que estes governantes tudo fazem para nos tornar cada vez mais numa massa ignara, sem intervenção crítica capaz de exigir até ao limite que se actue sobre quem foge à receita fiscal com milhares de milhões de euros, porque há cobardia e, por isso, só se evoca o sentido cívico daqueles que não pedem a factura do pão ou da bica.

Para não fazer juízo em matéria de que não tenho a mais correcta avaliação e solução, recorro a Óscar Afonso, professor na Faculdade de Economia na Universidade do Porto e Vice-Presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF), o qual reconhece que a evasão fiscal tem vindo a aumentar (24.2% do PIB em 2009, 26.74% em 2013), face à taxa de desemprego e aumento de impostos. E aponta como medidas mais eficazes no combate à “economia não registada” (designação que adopta), as seguintes:

“Maior transparência na gestão dos recursos públicos. Uma educação da sociedade civil mais intensa sobre os efeitos perversos da economia não registada. Justiça mais rápida e eficaz, em particular na condenação do enriquecimento ilícito. Combate à fraude empresarial, nomeadamente à existência de empresas fantasmas, à manipulação contabilística, a relatórios fraudulentos, ao uso de informação privilegiada. Combate á utilização abusiva de convenções de dupla tributação. Incentivo ao uso de meios electrónicos nas transações de mercado. Combate ao branqueamento de capitais”.

Mas este tipo de medidas não são apetecíveis pelo Governo que protege interesses e gosta de populismos mediáticas do tipo televisivo em que o participante fica logo habilitado a um cheque ou um automóvel. É uma forma de democracia do contentamento e “uma democracia contente é um regime resistente às mudanças”, conforme nos diz John Kenneth Galbraith (1908-2006).

O Governo toma uma atitude racional ao seguir o exemplo dos países da América Latina, porque a nossa identidade de “valores culturais” é próxima daqueles países e não dos países do centro e norte da Europa, como se pode ver no estudo “The World Value Survey Cultural Map” que demonstra essa aproximação. Do mesmo estudo retiro o mapa lá de cima, onde se pode ver que, nesta avaliação, Portugal integra a América Latina, conservadora e mais corrupta, bem distante da Europa Protestante onde se localizam a Alemanha e os países nórdicos, e mesmo da Europa Católica onde estão a Espanha e a Itália. Na verdade, muito nos afasta da Europa quando esta continua com a centralidade na Alemanha e a expandir-se para leste. Geograficamente, somos a sua ponta mais ocidental, inseridos na plataforma ibero-atlântica e, em toda a história, mais virados para os continentes africano e sul-americano onde fomos colonizadores.

Na ambição, Portugal sempre foi um país grandioso, mas na atitude sempre foi muito pequeno. No período dos Descobrimentos, perante a fome e a miséria, fizemo-nos ao mar, conquistámos oceanos e continentes e, a pretexto de evangelizar gentios, espoliamos e escravizamos. No passado recente trocamos o que restava do império colonial pela “liberdade”, enorme valor de Abril de 1974, valor que também a nossa pequenez de atitude profanou, levando-nos à condição de um protectorado daqueles que são os nossos credores e, por isso, mandam em nós, retirando-nos a liberdade e a dignidade. Devemos, também, recordar que os nossos políticos garantiam o nosso merecido mérito de integrar a União Europeia, e mais, que iriamos integrar o “pelotão da frente” para a União Económica e Monetária. Para nós, só podia ser o “pelotão da frente”. Mas como não cuidamos de ter o nível educacional e civilizacional daqueles que estão no “pelotão da frente”, estamos onde estamos, envergonhados e submissos, apesar de termos governos “calibrados” pelo contentamento. Extermínio de aposentados e funcionários públicos, mas euforia na ida aos mercados. Críticos na oposição, mas contentes no poder.

 

O jogo da homenagem que faltava

Por Eduardo Louro

 

O minuto de silêncio foi estragado, a claque portista não respeitou a mais simples das homenagens a Eusébio. Como não respeitou a palavra do seu líder, que garantira antes do jogo respeitar o minuto de silêncio em memória de Eusébio. Ou como ele não respeitou a sua própria palavra!

Fora isso, o que não faltou foram homenagens a Eusébio. O jogo foi todo ele uma gigantesca homenagem à Pantera Negra. Foi o golo ao minuto 13, o número que celebrizou em Inglaterra, em 1966. Foi aquela fantástica arrancada no estilo inconfundível de Eusébio, com o número 50 na camisola, seguida de passe teleguiado para Eusébio que, já com o 19 nas costas, disparou de primeira como só Ele sabe. Foi aquela impetuosa cabeçada de Eusébio, então com o 24, mais alto e mais forte que quantos Mangala por aí andem…

Aconteceu hoje aquilo com que os benfiquistas sonham há muitos anos, e que muitos davam por impossível. Como hoje se viu era possível uma equipa de onze Eusébios e, como todos os benfiquistas sabiam, uma equipa dessas só pode ganhar. Ao Porto ou a quem quer que seja!

Eu sei que é difícil ver as faltas cometidas pela equipa do nosso coração. Eu sei que, para mim, muitas das faltas assinaladas contra o meu Benfica nunca existiram. Por isso, se fosse árbitro, não as assinalaria. Mas o Artur Soares Dias é!

Por isso não viu Jackson, em claríssimo fora de jogo, e que só não marcou porque não acertou com a baliza, naquele último lance da primeira parte… Não viu as inúmeras faltas de Lucho, Fernando e companhia. E às que viu não lhe viu gravidade para amarelar. Não viu o Mangala cortar a bola com a mão, dentro da área, mesmo à sua frente… Mas viu que toda gente viu que ele viu. E a partir daí…Não foi fazer bem sem olhar a quem. Foi fazer mal!

Eu compreendo, porque se fosse árbitro também não assinalaria nada contra o Benfica até perceber que tinha caído no exagero. A culpa não é dele. É de quem faz estas nomeações, que a toda gente pareceriam estranhas!

Voando sobre o Congresso do CDS

Por Eduardo Louro

 

 

Por que será que os congressos partidários me acentuam a ideia de que os partidos estão cada vez mais transformados em associações de malfeitores?

São reuniões onde quem não é por mim é contra mim… Onde se distribuem lugares em jeito de premiar a lealdade mais canina… Onde no beija mão todos mostram o cu...

Onde no ar há fumo em vez de ideias… Como numa casa de putas, que é o que de mais parecido há com este CDS de Portas!

 

Irrevogável? Tinha que ser...

Por Eduardo Louro

 

 

Afinal – e ficamos hoje a sabê-lo pela boca do próprio no Congresso do CDS – o famoso irrevogável de Paulo Portas foi mesmo teatro. Teatralizou mais uma vez, e desta porque, garantiu, não havia outra forma. Foi, como disse, a força do que tem que ser…

Se calhar não tinha muito mais por onde sair, mas a saída não é boa. Para ele tanto lhe faz: acha sempre que que toda a gente é de memória curta!

Business... as usual

Por Eduardo Louro

 

José Luís Arnaut foi nomeado para o conselho consultivo internacional do Goldman Sachs.

Foi Secretário Geral do PSD, como Dias Loureiro... e Relvas. E ministro adjunto, como Relvas, o gémeo!

Tem dado uma mãozinha nas privatizações. Na privatização dos CTT, que foi parar à Goldman Sachs... E ele ao seu Conselho Consultivo...

Na privatização da REN... para os chineses. Foi parar ao Conselho de Adminsitração...

Privatização da EDP... chineses. A presidência da Mesa da Assembleia Geral ... foi para o seu sócio, Rui Pena...

Privatização da ANA... Representou a Vinci ... E preside à Mesa da Assembleia Geral...

Inquéritos parlamentares

Por Eduardo Louro

 

Se alguém ainda tem dúvidas que este regime está esgotado e que já só pode levar o país ao definhamento final, basta que olhe para o espectáculo dos inquéritos parlamentares: se a maioria parlamentar não está interessada em que se mexa no assunto, pura e simplesmente não há inquérito. Se há inquérito, a verdade apurada é invariavelmente a da maioria…

Ainda está quente o escandaloso relatório da senhora (ou será menina?) deputada que responde pelo apelido Marques Mendes, da Comissão Parlamentar de Inquérito aos Swaps, e já a maioria inviabiliza o inquérito aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

Este não é apenas um problema da actual maioria, esta é simlesmente a mais despudorada de todas. É um problema que cada maioria repete. É um problema de respeitabilidade. De responsabilidade e de credibilidade. É um problema do regime!

Eusébio, Sócrates e "os perigos da internet"

Por Eduardo Louro

 

O que chamei de momento Eusébio de Sócrates, que ontem inundou as redes sociais, teve hoje resposta que, se não teve a mesma repercussão, não andou muito longe.

Perguntarão – e darão logo a resposta - alguns: onde é que está a surpresa?

- O que não falta a Sócrates é uma legião de especialistas prontos a correr em sua defesa!

Pois é. Mas não foi essa legião de adeptos a responder. Essa limitou-se a projectar, difundir e valorizar a resposta que veio de Domingos Amaral, insuspeito – diria eu - de Socratismo. E que sustenta a tese da maledicência das redes comerciais – que primeiro divulgam e só depois investigam – em factos que o próprio noticia sem investigar. Nem antes, nem depois!

Diz ele que naquele tempo havia aulas ao sábado de manhã e outras actividades escolares à tarde. É verdade: havia aulas de manhã e actividades da Mocidade Portuguesa à tarde. Mas isso no liceu, não exactamente na escola primária, para que remetem os então 8 anos de Sócrates. E diz que naquele tempo as aulas prolongavam-se até ao fim de Julho, e isso é que nem sequer é verdade: as férias grandes eram então mesmo grandes, e começavam no fim da primeira quinzena de Junho!

Não é de estranhar que as hostes Socráticas tenham chamado um figo a este texto de Domingos Amaral e se tenham apressado a propagá-lo pelas redes sociais. Estranho é que mais gente o tenha replicado esquecendo exactamente o que condenava, pondo toda a pressa na notícia de factos que não resistem ao mínimo contacto com a realidade. Estranho é que se alerte para os "os perigos da internet" entrando por eles dentro. E multiplicando-os!

Por mim, repito que um mentiroso é um mentiroso. Está-lhe na massa do sangue, como o escorpião...

 

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