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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Paços foi acidente. Só isso!

Por Eduardo Louro

 

 

Entrando no jogo sem Talisca - dir-se-ia que poupado a um eventual amarelo que o pudesse retirar do jogo de Alvalade, não fosse ter entrado para jogar a última meia hora - e com Pizzi, cada vez mais em fase pirilampo, no seu lugar, o Benfica começou por não esconder a frustração e a inquietação da inesperada derrota de Paços de Ferreira. Que as sucessivas ocasiões de golo acabariam por mitigar e que, mais tarde, os dois primeiros golos acabariam por decidamente enterrar.

Ficou clara a sensação que Paços não passou de um acidente, com o Benfica, na despedida de Janeiro, a regressar às exibições de ... Janeiro. Jogadas de bom recorte, jogadores sempre em movimento, muita bola, muitas ocasiões, e apenas poucos golos. Muito poucos golos para tantas ocasiões criadas. Apenas três, dois na primeira parte e outro logo a abrir a segunda, na conversão de um penalti assinalado para punir uma falta sobre o Samaris cometida ainda fora da área. Que não compensou nada dois outros que o árbitro Hugo MIguel - mais um mau árbitro - deixou por marcar por faltas sobre o Lima!

Tivesse o Benfica aproveitado um terço das ocasiões criadas e estaríamos perante uma goleda das antigas. O Boavista fez dois remates. Ambos ao minuto 69: o primeiro, à baliza - com grande defesa de Júlio César - e o segundo, na sequência do canto consequente a essa defesa, muito por cima da trave. 

Fica um amargo de boca, e não é pela oportunidade falhada de uma goleada histórica. É pela estúpida lesão muscular de Júlio César, que o afastará, para já, de Alvalade. Lesionou-se a correr para uma bola que ia sair pela linha de fundo, junto à lateral. Não, não foi para evitar um canto. Para evitar um pontapé de baliza...

E já agora outro lamento: por que é não está já resolvida a situação do Maxi Pereira? Não é que se note em campo. É precisamente por isso!

O chefe do estado a que isto chegou

Por Eduardo Louro

 

"Os portugueses podem confiar no BES" - em que parte do mundo é que isto é tranquilizar alguém sobre o BES?

O homem estava apenas a referir-se ao Banco de Portugal. Nada mais... Para serem mais honestos que ele têm que nascer duas vezes. Está tudo dito, não há nada a esclarecer, o presidente da República não deve explicações a ninguém...

Palavras para quê? É o chefe do estado a que isto chegou!

O roto

Por Eduardo Louro

 

Quando aqui comentei pela primeira vez a vitória eleitoral do Syriza na Grécia, a propósito dos assustados, referi que Rajoy já tinha dado conta do seu pânico, mas que por cá ainda se não tinha visto qualquer reacção. Não tinha, na altura... Mas chegou, tarde como é costume, mas chegou pouco depois a reacção do governo. É certo que não revelou o pânico de Rajoy, porque por cá não há Podemos. Nem juntos, nem separados. Simplesmente não há...

Mas não foi menos gravosa, antes pelo contrário. Rajoy revelou medo, e foi acintoso e inapropriado na reacção. Indelicado. Foi uma reacção a um resultado eleitoral, onde se não deveria meter, é certo, mas foi isso. Foi indelicado para com um partido que acabara de ganhar as eleições no seu país. Passos Coelho, com toda a sua inépcia e a arrogância dos impreparados, reagiu mais tarde e quando o fez atingiu um governo democraticamente eleito num país afim. Não foi apenas inapropriado e acintoso, entrou na esfera do conflito diplomático!

Passos Coelho, e este governo - das formiguinhas - não é apenas incompetente e inapto. Não é apenas o último suporte do radicalismo alemão, cujos interesses sobrepõe aos nacionais. É também ridículo, o roto que aponta ao nu! 

 

E passou a haver outras coisas para contar XIII

Por Eduardo Louro

 

Em carta enviada - mais uma - à Comissão de Inquérito Parlamentar do BES, Ricardo Salagado veio agora informar que, para além dos pedidos de apoio escondidos mas já conhecidos, também bateu á porta do Presidente da República e do vice-primeiro ministro, Paulo Portas. Em Maio, poucos dias antes do aumento de capital!

Quer isto muito simplesmente dizer que, somando estes dois contactos aos outros já conhecidos e igualmente ocorridos em Maio, que antes do aumento de capital, tiveram conhecimento das dificuldades do BES e do GES, através do pedido de apoio que Ricardo Salgado - que pelos vistos todos lhe negaram -, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, o presidente da República, Cavaco Silva, o primeiro ministro, Passos Coelho, o vice-primeiro ministro, Paulo Portas, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque o secretário de estado Carlos Moedas, e o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa. 

Com o chico-espertismo que caracteriza Paulo Portas, o CDS emitiu um comunicado pretendendo matar a notícia com a simples nota que não tinha dado provimento às pretensões do líder do BES. Todos os restantes - à excepção de Cavaco, que esse acha que não deve explicações a ninguém -, depois de conhecidos esses encontros disseram, exactamente o mesmo. Ele veio pedir ajuda, mas nós negamo-la. Não nos envolvemos com interesses privados, disseram em coro!

Não é evidentemente isso que está em causa. Em causa está simpelsmente que, curiosamente ao contrário de todos os administradores do BES já ouvidos na Comissão de Inquérito, toda a gente, do governo ao presidente da República, passando por Durão Barroso, conhecia as dificuldades do grupo e do banco. E todos eles, com Cavaco em primeira linha e, manhoso, escudando-se em informações recebidas do governo e do governador do Banco de Portugal, proclamaram a saúde financeira do banco, e as almofadas financeiras para fazer face à exposição ao grupo. O que quer rigorosamente dizer que foram coniventes com a gigantesca burla que foi o aumento de capital do BES, em que cairam milhares de pequenos aforradores. E não só, embora os outros tenham tido tempo e informação para virar a agulha e minimizar perdas! 

Note-se que, ao contrário do que Cavaco já quis fazer crer, é completamente irrelevante que as declarações tenham sido proferidas antes ou depois do aumento de capital. O que releva é que essas afirmações foram feitas por quem conhecia os problemas do banco e do grupo. Que os conhecia e que sabia que não tinham solução. De outra forma não se perceberia a recusa de qualquer tipo de ajuda ...

A Comissão de Inquérito quer agora chamar Paulo Portas e Cavaco, sendo que ao Presidente da República assiste o direito - de que, sendo quem é, evidentemente não abdicará - de não comparecer, e responder por escrito. Saberá certamente encontrar mais uma boa desculpa, mas já não encontrará certamente quem o desculpe. Está em todas!

Figo vai ser presidente da FIFA!

Por Eduardo Louro

 

Surpreendentemente e à última hora, Luís Figo apresentou a sua candidatura à presidência da FIFA. E fê-lo na CNN, o que não é de desprezar e poderá querer dizer muita coisa. Desde logo ambição!

Platini, mesmo que institucionalmente a UEFA não apoie qualquer candidatura, já veio dizer que Figo é o melhor candidato. E é unânime que é tempo de pôr fim a uma FIFA velha e cheias de infecções. Opaca e corrupta que Blatter, como no passado Havelange, corporiza!

Não ficam agora dúvidas que Figo, mesmo que não seja um modelo de comunicação, irá ser presidente da FIFA. Se não for já - é difícil que seja - será da próxima!

Equívocos (ou contradições insanáveis?) nas reformas estruturais

Por Eduardo Louro

 

 

Não sei se, para a Europa e para o discurso político em geral, as reformas estruturais são uma panaceia se uma obsessão.

Pouco mais de seis meses depois da saída da troika de Portugal, a Comissão Europeia manifestou a sua desilusão com a capacidade reformista do governo. E no entanto tinha dado o programa português por concluído!

Ainda agora, na Grécia, quando se esperava que na sequência da vitória do Syriza – em consonância aliás com toda a pressão, e até chantagem, a que a União Europeia recorreu antes das eleições – a Europa desatasse a levantar reservas e obstáculos, apenas se ouviu falar de reformas estruturais. Não há problema nenhum desde que o novo governo grego avance com as reformas estruturais, foi o que de Bruxelas se ouviu.

Por cá, o governo afirma-se como campeão das reformas… Mesmo que na principal, na mãe de todas as reformas, a reforma do Estado, se tenha ficado por aquelas inacreditáveis e inconsequentes duas páginas que Portas, depois de mais de um ano de incumbência na tarefa, apresentou e chamou Guião.

Toda a gente fala de reformas estruturais, mas nem todos querem dizer o mesmo. Para uns são uma coisa, para outros são outra. Coisas completamente diferentes, e muitas vezes opostas!

Para a União Europeia germanizada, e para aplicar nos países do Sul, reformas estruturais são cortes. Cortes de salários e cortes de despesa social. Para o governo de Passos Coelho, sempre afinado pelo diapasão germânico, é exactamente o mesmo, e por isso não há nada a reformar – no Estado, na Justiça, na Educação, na Economia… – que não seja cortar salários e recursos. O governo cortou salários aos funcionários públicos e fez a reforma da função pública. Cortou salários a médicos e enfermeiros e cortou nos quadros de pessoal, e fez a reforma da saúde. E o mesmo na Educação e na Justiça… Com isto destroçou o mercado interno, fecharam milhares de empresas e foram para o desemprego centenas de milhares de pessoas. Resistiram as exportadoras e, sem consumo nem investimento, equilibram-se as contas externas pela quebra nas importações. E aí está a maior reforma de sempre na economia portuguesa, complementada depois com a sucessiva, imparável e insaciável reforma da legislação laboral...

Isto não é reforma estrutural nenhuma. Isto é austeridade!

Vem isto a propósito do que está para acontecer na Grécia. O Syriza declarou de imediato o fim da austeridade, e a União Europeia respondeu logo que não havia problema nenhum desde que se fizessem as reformas estruturais. Que podem acabar com a austeridade desde que continuem com a austeridade!

Entretanto hoje, na primeira reunião do conselho de ministros, o novo governo grego parou com todas as privatizações que estavam em curso. Isto é, tocou justamente na outra face da moeda das reformas estruturais que a União Europeia tem para o Sul. Nem mais, reformas estruturais são austeridade e privatizações!

O sucesso do Syriza passa fundamentalmente pela resolução destes equívocos. Ou destas contradições, numa linguagem mais própria... É tarefa para Hércules. Ou para Herácles, com mais propriedade!

Uma nova maldição

Por Eduardo Louro

 

 

O Benfica perdeu ontem mais que um jogo, em Paços de Ferreira, como aqui disse logo após o jogo. Perdeu um jogo que não poderia perder, e não é a primeira vez que isso acontece. Um jogo que marcava o início da segunda volta, que lhe permitia alargar para 9 pontos a vantagem para o segundo, e que acabaria com todas as pretensões dos adversários.

Mas perdeu muito mais. Interrompeu uma série de 90 jogos, e perto de 3 anos, para o campeonato, sem marcar. E marcar é meio caminho andado para ganhar… E interrompeu uma série de 9 jogos sem sofrer golos. E não sofrendo golos não se perde…

E com tudo isto partiu-se uma gigantesca onda de entusiasmo vermelho que varria o país e empurrava a equipa a equipa para a frente, como ainda ontem viu, até adormecimento colectivo a meio da primeira parte. Perdeu-se um estado de alma, e uma soberba vantagem psicológica de consequências imprevisíveis. Ao mesmo tempo ressuscitou-se psicologicamente o principal adversário, que já estava de rastos.

E ganhou-se uma nova maldição. Depois da maldição de Bella Gutman, surge agora a maldição dos Barreiros. Ganhar ao Marítimo nos Barreiros dá azar, paga-se logo a seguir. Foi assim que o Benfica perdeu o campeonato há dois anos. Tida então como a última grande dificuldade do campeonato, ganhar esse jogo significaria ganhar o campeonato. O Benfica ganhou, o Marquês foi reservado… e depois foi o que se sabe, com o Estoril, na Luz. E o tal minuto 92, no Dragão… Desta vez era a última jornada da primeira volta, e ganhar representaria virar a página do campeonato com 6 pontos de vantagem. Ganhar da forma categórica, como ganhou, com uma exibição daquelas, onde uma semana depois baquearia o principal adversário, era a passadeira para o título…

Na época passada o Benfica deslocou-se aos Barreiros logo na primeira jornada, com tudo em branco. Perdeu. Mal, mas perdeu e foi o que se viu: o Benfica ganhou tudo o que por cá havia para ganhar… Não há dúvida, aí está uma nova maldição!

Poderia ainda falar de outra maldição. Mas não se trata disso, trata-se de outra coisa qualquer. Refiro-me ao décimo aniversário da morte de Feher, completamente ignorado, tanto quanto me apercebi, por toda a gente, de dirigentes a adeptos. Não há almas penadas, mas parece-me sintomático que já tenha sido esquecido um acontecimento que tanto marcou os benfiquistas!

 

In memorium

Por Eduardo Louro

 

Comemoram-se hoje os 70 anos da libertação de Auschwitz, a maior vergonha da humanidade. Em 27 de Janeiro de 1945 as tropas soviéticas chegavam ao maior campo de concentração e extermínio de Hitler, onde encontraram ainda cerca de 7 mil sobreviventes... Construído em 1940 para acabar com as raças impuras, naquilo a que o regime nazi chamou solução final, ali morreu milhão e meio de pessoas em apenas quatro anos.

Que nunca desapareça da nossa memória!

 

 

 

Adormecer dá nisto. Já deviam saber!

Por Eduardo Louro

 

 

O Benfica perdeu. Três meses depois, em condições bastante diferentes.

Perdeu, interrompeu uma longuíssima série de 9 jogos sem sofrer golos e perdeu a oportunidade de dar a machadada final no campeonato, com consequências que estão para ver. Perdeu muito, como se vê. Perdeu mais que um jogo!

Não importa que a derrota se tenha revestido de uma injustiça tremenda, até porque isso é normal. Raramente as melhores equipas portuguesas perdem com as pequenas por serem inferiores no jogo jogado, como se diz. Não importam as três bolas nos ferros, até porque também isso é habitual no Benfica. Jogo com menos de três no ferro não é jogo para o Benfica!

O que importa é saber por que é que, tendo entrado bem no jogo e encostado a equipa do Paços de Ferreira lá atrás, com duas bolas nos ferros, uma delas no penalti falhado de Lima, a partir de meados da primeira parte, o Benfica deixou que o adversário adormecesse o jogo. Adormecido o jogo, adormeceram os jogadores, adormeceram os adeptos… Com tudo a dormir, o Paços foi deixando o tempo passar, queimando-o a torto e a direito, para agarrar o pontinho… No fim saiu-lhe a taluda, num penalti caído não se sabe de onde, mesmo que o Eliseu seja useiro e vezeiro em disparates.

Saber por que é que o miúdo Gonçalo Guedes entrou a meio do tempo de compensação, não importa nada. É simples curiosidade!

Não tenho dúvida nenhuma que, sem se deixar adormecer, o Benfica teria ganho, e mais uma vez por muitos, este jogo de hoje. Mas tenho uma dúvida. A minha dúvida é se o Benfica se deixou adormecer pelo Paços ou se se terá deixado adormecer por outras coisas. Perigoso é que tenha sido por outras coisas...

 

 

 

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