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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Só faltava esta: "Sócrates tem direito a violar a lei para se defender"!

Por Eduardo Louro

 

 

Sabíamos que Sócrates não se pouparia ao que fosse para virar as coisas a seu favor. Não olharia agora, como de resto nunca olhou, a meios para atingir os seus fins. Há quem chame a isto determinação, mas eu prefiro chamar-lhe falta de vergonha!

O que não sabíamos é que, para além da conhecida guarda pretoriana de Sócrates, dos Santos Silvas deste mundo (aproveito para tirar o chapéu a Pedro Silva Pereira, a quem, depois de, de imediato, expressar o seu “sentimento de profunda tristeza”, não se ouviu nem mais uma palavra) seriam tantos a integrar-se nas suas fileiras, com a mesma – e talvez mesmo maior – falta de vergonha. Mário Soares já passou todos os limites, incluindo o da inimputabilidade. A Mário Soares tudo se desculpava, e nos últimos tempos ainda mais se desculpava, porque a idade, ao contrário de nós, comuns mortais, não perdoa. Só que as chocantes figuras a que se tem prestado, completamente despojadas de equilíbrio e senso, remetem-no para o domínio do absurdo – ou mesmo da insanidade mental – e do total descrédito, como acontece com um das seus últimos escritos, ontem no Jornal de Notícias: “Não há justiça em Portugal infelizmente e o Presidente da República, que devia ser responsável por Portugal, nunca ter dito uma palavra sobre o caso Sócrates…”

Agora foi a vez de Vera jardim juntar mais uns disparates, daqueles que chocam qualquer um, ao rol imenso que por aí anda. Diz, alguém que já foi Ministro da Justiça, que "Sócrates tem direito a violar a lei para se defender".

Só faltava esta?

Se calhar não. Se calhar ainda falta aparecer um figurão qualquer a dizer que Sócrates tem não só o direito de violar a lei, como ainda o de nos obrigar a acreditar no inverosímil. Que, por exemplo, tem um amigo que lhe empresta sucessivamente dinheiro, aos milhões, para fazer face a uma vida que não pode sustentar. Que isso não seja crime, acreditamos. No que não acreditamos, se a isso não formos obrigados, é que haja amigos desses...

 

 

 

 

 

Eusébio, um ano depois...

Por Eduardo Louro

 

Eusébio partiu há um ano. Faz hoje... Ninguém o esqueceu, os fumos negros nos braços das camisolas encarnadas lembraram-no durante todo um ano. Ainda ontem lá andavam, mesmo que ontem as camisolas fossem também elas pretas...

E a partir de hoje tem o seu nome numa avenida de Lisboa, ali mesmo à beirinha do Estádio da Luz, a sua casa eterna.

Pragmatismo e nota artística

Por Eduardo Louro

 

 

Esperávamos ansiosamente por Janeiro, como aqui tenho repetidamente dito. Não por eventuais aquisições, muito menos pelas saídas esperadas (Enzo, que já lá está, feliz, como se vê, e até já jogou e ganhou ao Real Madrid) ou inesperadas (a saída de Gaitan é uma ameaça constante até ao final do mês), mas porque é a altura da época em que, já com os motores bem aquecidos, o Benfica de Jorge Jesus tem disparado para as grandes exibições.

Afinal, desta vez, com a chegada de Janeiro veio o primeiro balde de água fria. Gelada. Não, não foi o jogo de hoje, com o Penafiel. Foi a declaração do presidente Luís Filipe Vieira, numa entrevista a um jornal desportivo, segundo a qual, a partir de agora ... acabou-se a nota artística… Que o Benfica vai ter que ganhar, mas sem nota artística!

Foi a olhar para estes dois extremos opostos – a fé no boom de Janeiro, e o cair na real do presidente – que hoje olhamos para o jogo do Benfica, hoje em Penafiel. E na maior parte do jogo o que vimos foi mesmo o Benfica anunciado pelo presidente a que, depois, ouvimos chamar pragmático. Um estranho pragmatismo, quando pela frente estava uma das muitas fracas equipas deste nosso campeonato…

Depois, nos últimos 25 minutos, já se viram algumas coisas dignas de alguma nota artística. O Benfica dominou e controlou o jogo em absoluto e acrescentou mais dois golos ao resultado. Mas aí já o Penafiel estava a jogar com menos um, por expulsão de um jogador tão conhecido por deixar a pele em campo como por arrancar a dos adversários.

Com mais ou menos nota artística, com mais ou menos pragmatismo, o Benfica ganhou bem um jogo que, mais golo menos golo, não poderia ter outro desfecho. O Penafiel fez dois remates em todo o jogo!

E como o Benfica já não está na Taça, o capitão Maxi lá levou com o quinto amarelo. E, ao contrário do Nani, lá se foi o pragmatismo e escapou ao vermelho… para ficar de fora no próximo jogo. Que é com o terceiro, o Guimarães!

Tudo às avessas, em Alvalade...

Por Eduardo Louro

 

Ontem Alvalade voltou a encher-se de emoções. Num banco, um treinador que queria ser presidente. No outro, um presidente que quer ser treinador... Tudo trocado, tudo às avessas.

E Couceiro, de adversário passou a melhor amigo de Bruno de Carvalho. Ou de Marco Silva?

Com um Estoril tão macio, foi Couceiro que fez o que afinal o Zé Eduardo queria fazer. Deu para tudo, até para a expulsão de Nani... Injusta, pareceu-me. Justíssima, dizem de Alvalade!

Tudo trocado, tudo às avessas em Alvalade... O tom tinha sido dado por Bruno de Carvalho, poucas horas antes do início do jogo... Porque já sabia que iria encontrar as bancadas às avessas. Como a Assembleia Geral, que já não lhe serve para nada!

O tabuleiro de Sócrates

Por Eduardo Louro

 

Entendo a prisão preventiva como um instrumento a que o sistema judicial deverá recorrer em circunstâncias excepcionais e apropriadas. De resto previstas na lei. Deploro o recurso indiscriminado á prisão preventiva, e acho ainda mais deplorável que isso seja feito à custa de uma leitura aligeirada dos respectivos requisitos legais. Recorrer á prisão preventiva para, depois de concluída a investigação, construir a acusação, é uma coisa. Para simplesmente prosseguir a investigação, é outra. Inaceitável num verdadeiro Estado de Direito... Um sistema judicial que nuns casos prende para investigar, quando manda arquivar outros que deixou prescrever sem sequer conseguir investigar, não é próprio de um Estado de Direito!

Um sistema judicial que permite - se não mesmo favorece - a utilização de matéria processual pela comunicação social não prestigia a Justiça. Pior que isso, limita-a. Peia-a!

Como se percebe, tudo isto está a acontecer com José Sócrates. E como se percebe, embora se esconda, tudo isto favorece Sócrates, peando a Justiça. Porque facilita a estratégia do ex-primeiro ministro de transformar tudo isto num processo político, em esvaziar a esfera da Justiça para encher a da Política. É neste tabuleiro que Sócrates se mexe com á vontade e mestria, e por isso tudo faz para tudo colocar nesse espaço. Sem olhar a meios, ora remetendo manuscritos directamente para os jornais, por onde começou, ora contando com a cumplicidade de Mário Soares para fazer publicar na imprensa a troca de correspondência entre ambos, por acaso exclusivamente dedicada à sua estratégia pessoal.

A estratégia está a funcionar de tal maneira bem, que a entrevista por escrito com que a TVI - e Sócrates - conseguiu tornear o sistema, e que ontem fez chegar ao público, começa a pretender instalar na opinião pública a ideia de que se trata finalmente da utilização do direito de resposta, do direito de contraditório, sempre negado a Sócrates. Muitos, e muitos deles verdadeiramente insuspeitos de integrarem a guarda pretoriana de Sócrates, estão agora a saudar esta entrevista como forma da reposição da legalidade democrática, como o legítimo direito de defesa.

Contrariando os propósitos da actual direcção do PS, e em especial de António Costa (não foi por acaso que resistiu até ao limite à peregrinação do partido a Évora), Sócrates tudo faz, e tudo continuará a fazer, para reduzir um complexo processo jurídico recheado de suspeitas de múltiplos crimes a um processo político. À Política o que é da Política e á Justiça o que é da Justiça, não é mais que um jargão. A que António Costa lançou mão, mas que não serve a Sócrates!

Não sei se Sócrates é culpado ou inocente nos crimes de que ainda é mero suspeito. Não sei sequer se virá a ser acusado. Sei tão bem da dificuldade de fazer prova dos factos que lhe são imputados, quanto da fragilidade dos argumentos de defesa que apresenta. E sei bem que, passar para as páginas dos jornais aquilo que se deve apenas passar nas salas dos tribunais, serve só alguns, sempre aos mais poderosos. É por isso anti-democrático, e é a negação da própria Justiça!

 

A praia de Cavaco

Por Eduardo Louro

 

Cavaco voltou apareceu-nos com a sua penúltima mensagem de ano novo. É verdade, ainda teremos de lhe aturar mais outra... 

Ninguém esperaria o que quer que fosse de novo. Porque dele nada de novo se pode esperar, é tudo velho, mesmo que em ano novo. Tudo o que diga cheira a bafio. Ele próprio cheira a bafio...

Confirmou toda a parcialidade que tem feito questão de ostentar, acritica e militantemente colado às posições do governo. Toma partido, sempre o mesmo, sempre partido pelo partido... Em ano de eleições, mas também o do seu último mandato, é simplesmente Cavaco na sua praia.

E do nada, e a completo despropósito, falar de corrupção, não passa de mais uma pequena vingança com destinatário conhecido. Imprópria de um Presidente da República, mas natural em Cavaco. A praia de Cavaco...

Esperar tantos anos pelo velho sonho de uma maioria, um presidente e um governo para, depois, não ter mais que isto para apresentar, é certamente uma das maiores desilusões na desilusão que é política portuguesa!

Ano bom... Novo ano!

Por Eduardo Louro

 

financeirização tomou conta de tudo. Até dos anos... Há o ano mau e o ano bom... E até o novo ano!

O 2014, não há dúvida, foi o ano mau. Muito mau, mesmo. Mas não está fácil de acreditar que o novo ano seja o bom!

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