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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Interesse público e interesse do (algum) público

Por Eduardo Louro

 

Ontem a notícia era que a equipa médica do Hospital de Santa Maria tinha tomado a decisão sobre a gravidez da criança de 12 anos abusada pela besta do padrasto. E que dela não daria notícia pública... 

Aplaudimos. Toda a gente que é gente acha que ninguém tem nada a ver com o sentido da decisão. Notícia tem que ter interesse público, e não se percebe onde possa estar o interesse público no conhecimento da decisão. 

Já basta a dor da pobre criança. Já basta de dor para a criança... Agora só resta punir exemplarmente a besta e os seus cúmplices, se os houver, e tratar da menina. Tratar-lhe do corpo e da alma... Na medida do possível devolver-lhe a infância roubada e dar-lhe sentido ao futuro!

Afinal, não. Não basta nada disso... A cuscovilhice que reina no império sobrepõe-se a qualquer ideia de respeito. Ninguém resiste a espreitar pelo buraco da fechadura ... E a fazer disso modo de vida, fazendo crer que é de interesse público o que é o interesse de algum público. De gente que não é gente!

A confusão do costume

Por Eduardo Louro

 

A Polícia Judiciária está a fazer buscas na Secretaria de Estado das Finanças, de Paulo Núncio. Pouco depois da lista VIP sair das primeiras páginas, esta não é uma boa notícia. Daí que mais uma vez seja lançada a confusão... É o costume...

Daí que para o Ministério das Finanças os vistos gold acabem por não passar de um simples problema de IVA na prestação de serviços de saúde.

Como se um problema de IVA numa empresa pudesse ser motivo para buscas no gabinete de Paulo Núncio, como pretende o comunidado do Ministério das Finanças. E motivo para no mesmo comunicado garantir que "a Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais está totalmente disponível para colaborar com a investigação". Como se fossemos todos parvos!

Como se as gordas das buscas no SEF do Porto tapassem as magras das buscas na Secretaria de Estado das Finanças... Que não tapam...Como se não fosse uma surpresa... dentro da normalidade

Mais que a trivial ascensão e queda

Por Eduardo Louro

 

 

Schauble quis fazer da Grécia um exemplo, o caso prático da lição que a Alemanha quis dar à Europa e ao mundo. Por isso, como um cão raivoso, pegou e não largou mais… Não há limites para a humilhação…

Não há volta a dar. Tem sido assim, e assim vai continuar a ser até à exaustão, dê ela no que der. É nesse quadro que ocorre o sacrifício de Varoufakis. A sua cabeça foi exigida e Tsipras não resistiu... E substituiu-o por um discreto número dois do seu Ministério dos Negócios Estrangeiros, Euclid Tsakalotos, justamente o oposto do seu ministro das finanças. Mais ao jeito de formalismos e convenções!

A opinião publicada está a fazer passar a ideia de um Varoufakis negligente, até irresponsável e mesmo incompetente. De visão simplista e de propostas estapafúrdias... A imprensa transmite agora uma imagem de Varoufakis que não cola na outra, no seu currículo e na sua história, que transmitia há apenas dois meses atrás. O que há pouco era frescura, agora é negligência e até insolência... O que há dias era inteligência, hoje é vazio de ideias... O que ontem era óbvio, hoje é simplista...

E é demasiado limitativa e simplista a tentação de resumir tudo isto a um simples fenómeno de ascensão e queda da pop star em que Varoufakis foi transformado… E se deixou transformar!

 

Só para chatear...

Por Eduardo Louro

 

Hoje recebi uma mensagem numa rede social profissional com um convite para integrar uma comunidade, uma qualquer, não importa qual. Mas primeiro teria de chatear. E lá estava o estranho convite para chatear.

Não sei se era mesmo só para chatear. Nunca o saberei, não aceitei entrar no chat... Não me deixei chatear ... e não me chatearam mais!

Ainda e sempre o pote...

Por Eduardo Louro

 

 

 

Não precisaram de muito tempo. O tempo é um bem escasso. E o tempo de mão no pote pode ainda ser mais… Há que aproveitá-lo bem, sem deixar escapar nada

Da sombra dos Relvas e dos Marco António Costa e afins, um pouco mais longe das primeiras páginas dos jornais e mais escondidos das luzes das câmaras, brotam silhuetas escuras em apressado movimento.

Falta tempo e sobram interesses por satisfazer e favores para pagar... A fé vem agora de cravo ao peito. Eleitoralista. Mais o cravo que a fé!

 

 

 

É Benfica, não são "ellos". Pode ser?

Por Eduardo Louro

 

 

Foi uma correria, cansou só de ver. Cada um correu para seu lado, sempre o contrário do do outro!

O Porto entrou a correr para não deixar o Benfica jogar, descaracterizando a equipa. Percebeu-se desde logo a ideia: impedir que o Benfica pudesse pegar no jogo e fazer mossa em cima de uma convalescença bem congeminada. Que começou logo na noite do desastre, com aquela encenação no aeroporto de Pedras Rubras, continuou com aquela outra à chegada ao Altis e acabou no escalonamento da equipa inicial – incluindo a ressurreição de Helton na crucificação do Fabiano –  e na estratégia de abordagem ao jogo. Tudo bem engendrado, digno da famosa estrutura.

O que não podia acontecer era o Benfica entrar e impor o seu jogo. E para isso era necessário encher o meio campo de gente capaz correr daquela forma. E para ter gente capaz de correr daquela forma eram indispensáveis aquelas encenações, bem preparadas.  Depois, atingido esse objectivo inicial e equilibradas as coisas, trataria então de tentar gradualmente restaurar o seu figurino e procurar então ganhar o jogo.

Pelo contrário, o Benfica entrou dentro da sua estrutura habitual. Mas sem Salvio, que não recuperou, e com Talisca no seu lugar. O que faz toda a diferença!

Obrigado a correr e a lutar o Benfica viu-se impedido de jogar. Nem sequer deu para perceber se a ideia tinha alguma vez sido a de entrar forte, na tentativa de aproveitar as maleitas do adversário. Só quando na segunda parte o Porto mudou de registo, o jogo deixou de ser uma correria louca e uma sucessão de choques e faltas, para passar a ter alguma qualidade em cima da intensidade que nunca perdeu.

Nos últimos minutos passou a ser o Benfica a tomar os cuidados que, como os caldos de galinha, não fazem mal a ninguém. Não sendo bom, o empate não era mau de todo. Mau só para Lopetegui, que mais uma vez demonstrou o seu mau perder (não há ninguém que o ensine a dizer BENFICA, em vez de "ellos"?), deixando a sua assinatura em mais um momento de arruaça. Com a agravante de o ter feito por cima de uma outra, de respeito profissional e de fair play. Que acabou por deixar irreconhecível, completamente apagada!

E lá interrompeu o Benfica a notável série de 92 jogos sempre a marcar na Luz. E lá fiquei eu sem a minha prenda. Logo quando abandonei os meus na minha própria festa, com o argumento de ali estarem uns rapazes de vermelho para me dar a prenda de anos...

Há 40 anos votamos pela primeira vez!

Por Eduardo Louro

 

Há 40 anos Portugal comemorava pela primeira vez o 25 de Abril. E, também pela primeira vez, os portugueses votavam, em eleições livres e universais. Elegeram a Assembleia Constituinte, com uma participação de 92%!

Isso mesmo, 92% dos portugueses foram, em festa, votar. Esperaram horas em filas intermináveis para exercer um direito que sempre lhe tinha sido negado. Já há muito que não há festa, e hoje pouco passa dos 30% os portugueses que votam. Quando passa... Como foi possível?

Interroguem-se... Interroguemo-nos!

Números de circo em sinais de decadência

Por Eduardo Louro

 

Como era previsível, o projecto lei para a cobertura das campanhas eleitorais pelos orgãos de comunicação social abortou. Não resistiu até ao final do dia, e os três da vida airada desataram em piruetas e outras acrobacias circences. 

Passos Coelho pegou na sua melhor pose de Estado e correu a dizer que não tinha nada a ver com aquilo. Era um problema do Parlamento, que ao Parlamento cabia resolver. O governo não interfere nem tem que interferir... Claro. E, claro, se é problema do Parlamento, lá teria de vir o seu líder parlamentar fazer também o seu número, coisa que Luís Montenegro faz com uma perna às costas: o projecto lei, já prontinho e numerado, passava a ser apenas uma proposta em discussão, onde o odioso da coisa era proposta do PS, que o PSD ainda estava a analisar. O número até era um bom número, feito só de dentes: mentir desavergonhadamente com todos os dentes!

Paulo Portas não foi tão completo. Não recorreu a pose de Estado nem precisou de Telmo de Correia. Nem de Nuno Magalhães. Foi um número a solo, bem à sua maneira: “O meu partido já fez sair uma nota sobre isso. Prezo muito a liberdade de imprensa e acho que isso diz tudo”!

 Não seria, evidentemente, António Costa a deixar-se apanhar. O seu número metia corrida, e correu por isso logo a dizer que o Partido não se revia naquilo, deixando a pobre Inês de Medeiros ainda mais sozinha e perdida, como que nua num palco vazio com os holofotes todos em cima, à procura de perceber o que lhe tinha acontecido. Por muito que o mereça, deixa pena...

É isto o regime. E isto é decadência!

 

Cócó, Ranheta e Facada

Por Eduardo Louro

Capa do Público

PSD, CDS e PS, os três da vida airada, arrogantes donos disto tudo, querem agora controlar a comunicação social na cobertura da campanha eleitoral. O cozinhado foi preparado pelos deputados Carlos Abreu Amorim, Telmo Correia e ... Inês de Medeiros e, como não podia deixar de ser, mais a mais em vésperas de 25 de Abril, fez levantar uma onda de indignação. Desde logo a partir dos próprios media, como não poderia deixar de ser, passando por todos os outros partidos e pela própria ERC, cujo presidente ameaçou demitir-se se o projecto passar a lei.

De tal forma que não há neste momento dúvida nenhuma que este assomo de censura prévia não passará. Não há qualquer possibilidade disso, e toda a gente já o percebeu. Ao ponto de já terem metido a viola no saco. Toda a gente, é um bocado exagerado: apenas o Cócó e a Ranheta. A Facada, por ser o que é (golpe de faca) e por estupidez, permitiu-se ficar sozinha com a enormidade às costas, sem sequer lhe sentir o peso.

Há deputados de que nunca ouvimos falar. Ninguém sabe o que lá andam a fazer. Mas há outros de que só ouvimos falar pelas piores razões. Só fazem merda. Inês de Medeiros é dessas. Uma enorme desilusão!

 

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