À meia dúzia
Chegou a assobiar-se na Luz. Ainda a primeira parte não ia a meio, e já a plateia benfiquista assobiava aquele jogo pastoso, sem velocidade e sem chama, que invariavelmente toma conta da equipa. De repente tudo mudou: três golos em apenas seis minutos, obra das duas mais caras contratações de sempre. Finalmente a renderem!
A partir daí o Benfica fez praticamente o que quis de um Marítimo atordoado, que não mais atinou com o jogo. Ficou-se pela meia dúzia, repetindo a maior goleada do campeonato, estabelecida no jogo com o Belenenses, e poderia ter ido muito mais além. Mas, mesmo assim, e ao fim e ao cabo, o resultado é ainda melhor que a exibição. Posso até estar a ser injusto mas, a mim, não me deslumbrou.
E não gostei mesmo nada do individualismo que na parte final do jogo se apossou dos jogadores. Com tudo a correr pelo melhor, o melhor seria mesmo que os jogadores conseguissem afinar a dinâmica colectiva da equipa, longe de navegar nas melhores águas.
Parece que em Setúbal também houve quem experimentasse a meia dúzia. Espero que não lhe tomem o gosto. Isso é mais andança de Ferrari!