Como o filho pródigo...
À segunda - e à segunda-feira, pela hora de almoço - lá foi. O jogo jogou-se, e muito bem, e o Benfica ganhou. E muito bem, mesmo com o golo oferecido daquela maneira a manchar um bocadinho uma grande exibição e mais um resultado gordo.
Foi uma boa decisão - pese embora as dificuldades que naturalmente trará ao Nacional para o jogo da Taça, na próxima quarta-feira, mas não podem ser prejudicados sempre os mesmos, que não têm nada a ver com o absurdo horário escolhido para o jogo - a de continuar o jogo logo no dia seguinte, como já tinha sucedido com o Porto, exactamente nas mesmas condições. Com uma diferença: o árbitro não era Jorge de Sousa, o melhor árbitro português, que não vê os penaltis que todos vemos, mas vê outros, que mais ninguém vê.
À margem disso, que não é nada marginal, porque apenas por esses problemas de visão do melhor árbitro português - por que é que o melhor àrbitro português é sempre assim? Porque se não for assim nunca será o melhor árbitro português ... - só nesses dois jogos, cada um dos adversários do Benfica na disputa do título arrecadou três pontos a mais, e das muitas incidências do jogo ficou, num terreno impraticável, mais uma promessa de que o melhor futebol de Portugal está a caminho de casa. Como o filho pródigo...
Se calhar é por isso que andam todos tão nervosos. Que a pressão sobre os árbitros, como ainda ontem se presenciou em Alvalade, com o sucesso que se viu, não abranda. E que a estratégia de bullying é para continuar sem ponta de dignidade nem espaço para a vergonha.