Exactamente como aqui se previra, hoje, segunda-feira, o Porto já tem treinador. E que treinador: José Peseiro!
Apesar da imagem de perdedor, um grande treinador. Um grande benfiquista -coisa que costuma dar certo no Dragão -, um grande profissional e uma excelente pessoa. Só tenho pena de não lhe poder desejar a sorte que ele merece. Mas ele percebe... E não leva a mal.
Em 2013, há apenas dois anos, chocáva-nos que apenas trezentas e poucas pessoas, os trezentos e tal mais ricos, detivessem tanta riqueza quanto metade do mundo, a metade mais pobre. Um ano depois esse número baixava para menos de metade e em 2015, dois anos depois, para 62. Nem mais: hoje, os 62 mais ricos do mundo acumulam uma riqueza superior à de metade da população mundial. E, pelo vistos, isso já não choca ninguém. Pelos vistos, o mundo aceita que assim seja. Pelos vistos, o sistema transformou-se num monstro que conseguiu eliminar todos os obstáculos ao seu crescimento ilimitado e à ganância insaciável dos que o dominam. Mas esqueceu-se de um pequeno pormenor: a ganância tornou-o autofágico. É que a distribuição de riqueza não é apenas um indicador de desenvolvimento. É também um factor central de crescimento económico. E o crescimento económico é o oxigénio do sistema...
Não sei se, como Obama garante, os Estados Unidos terão por tão certo que o Irão em circunstância alguma venha a usar a bomba atómica. Mas sei, sem qualquer dúvida que, nos tempos que correm nas economias ocidentais, um mercado de 80 milhões de consumidores, ainda por cima alimentado a petróleo, não se pode desprezar. Por muito que sauditas e israelitas se irritem com isso...
Mas, por mera hipocrisia da política externa, por pragamatismo da economia política ou por absoluta convicção, esta é sempre uma boa notícia. A abertura de regimes como o do Irão nunca se fará sem espaço no concerto internacional. E quanto mais fechados sobre si próprios mais perigosos se tornam. E, com armas nucleares, mais ainda...
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