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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

A festa era ontem

 

Ontem é que deveria ter sido. Ontem é que era o dia de cantar os parabéns. Foi ontem que o Benfica  fez 112 anos, e era ontem que lá devíamos ter estado, a cantá-los. Os deuses, ou o tempo, ou os aviões, ou lá o que foi, não quiseram que fosse assim. Ficou para hoje, mas hoje já não era dia...

Por isso os parabéns ao Benfica foram curtos, e os golos também. Magro resultado para tantas e tão gordas oportunidades. Mesmo sem que tenha sido o grande jogo  que, se calhar, nunca poderia ter sido. Porque estava muita coisa em jogo... para o próximo jogo.

Mesmo assim deu para confirmar Lindelof, e para mostrar Grimaldo, titular pela primeira vez. Mas também para mostrar como o futebol é tantas vezes injusto: agora com Nelson Semedo. O jogador que era antes de se lesionar, na selecção nacional... E o jogador que não consegue ainda ser... E deu para mais dois golos de Jonas. Mas não deu para Mitroglou continuar a sua extraordinária série de jogos sucessivos a marcar, e fixar um novo máximo. Muito por culpa própria, tantos foram os golos que falhou...

No próximo sábado é que vai ser... Esperemos que voltem os índices de eficácia que decidamente o Benfica perdeu precisamente no jogo em que mais precisava deles. Desde esse jogo com o Porto, nunca mais a equipa regressou aos altos níveis de eficácia que trazia.  

 

Uma espreitadela aos "oscares"

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Não houve grandes supresas na noite em que Hollyood mais se olha ao espelho. Mas não deixou de ser surpreendente que "Mad Max - Estarda da Fúria", fosse o mais oscarizado, mesmo que ofuscado por "O Caso Spotlight", com a notoriedade acrescida que lhe é dada pelo oscar para o melhor filme.

Nenhuma surpresa para os actores: ao fim de 25 anos e de cinco nomeações, Di Caprio levou a estatueta. Pessoalmente, não tenho a certeza que tenha sido quando mais a mereceu, mas confesso que não gostei de "O Renascido" - o filme que mais nomeações ostentava, 13 - e quando assim é fica-se sempre de pé atrás... E Brie Larson (Quarto), que nasceu já Dio Caprio andava nestas andanças, veja-se lá, arrecadou a estatueta para a melhor actriz, confirmando o favoritismo que lhe era atribuído. Mesmo que o meu favoritismo fosse para Jennifer Jason Leihgt ("Os oito odiados", de Tarantino). 

Mas o que eu queria destacar mesmo é o oscar para a melhor música. Porque foi á volta desta categoria que ocorreram os dois mais marcantes momentos da cerimónia/espectáculo. Porque Ennio Morricone merece esta distinção e, aos 87 anos, já era tempo de a receber. Mas também porque gostei muito da banda sonora do filme de Tarantino. Como gostei do filme, como já se percebeu...

Corruptor/corrompido

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A Juíza de Instrução Criminal do Tribunal de Lisboa decidiu pela medida de coacção mais gravosa, alegando perigo de fuga e de "perturbação de aquisição e manutenção de prova", determinando a prisão preventiva do procurador Orlando Figueira. Que já seguiu para Évora, a prisão VIP do regime. Que não a prisão dos VIP´s do regime: a prisão dos VIP´s do regime do regime de VIP´s... 

Corrompido, parece que já há. Em indícios, evidentemente. Corruptor é que não... Se calhar é porque já não há Rui Machete para pedir desculpas...

Há casos em que acontece o contrário. No célebre caso dos submarinos é o contrário: só há corruptor; ninguém foi corrompido... Nunca apareceu. Nunca se deu por ele. Ou por eles...

Ainda ninguém percebeu que é preciso deitar mão a isto?

 

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O Novo Banco apresentou ontem os resultados de 2015, o primeiro ano completo de actividade: quase mil milhões de euros de prejuízos. No ano anterior, com apenas quatro meses de actividade, os prejuízos tinham atingido quase 500 milhões: 1,5 mil milhões de prejuízos acumulados em menos de ano e meio. A que acescem 2 mil milhões de euros de dívida senior que de lá sairam para o BES, o banco mau. 

Já vai em 3,5 mil milhões de euros. No banco bom, imagine-se o mau... 

A CGD, que continua a acumular prejuízos, não só não devolveu o empréstimo do Estado, como vai ainda precisar e mais capital: 1,5 mil milhões, pelo menos. O BCP lá regressou aos lucros, mas ainda não teve condições para devolver o dinheiro do Estado. E o BPI, em vias de perder o seu braço de Angola, o BFA donde lhe vem 80% dos resultados, tem a sua estrutura accionista em processo de "banificação".

Salva-se o Santander. Mas, esse, quanto mais se "salva", menos se salva o país... Ou perto disso!

 

Surpresas ... ou talvez não!

 

Aí está o primeiro orçamento aprovado pela esquerda, unida. Já não é surpresa, surpresa seria agora se o não fosse. 

Surpresa é ver o liberais como Vítor Bento, e o PCP, do mesmo lado. Se esse lado for o da nacionalização de um banco, não é surpresa encontrar lá o PCP. Supresa é lá estar Vítor Bento. Mas se esse banco for o Novo dito, já com mais de mil milhões de prejuízos acumulados em menos de dois anos, já não é surpresa que lá esteja... Nacionalizar prejuízos - para os liberais - não é bem nacionalizar. Já para o PC, nacionalizar é bom porque sim. Porque lhe está na massa do sangue. E lá se vão as surpresas...

Surpresa também não é o bastonário da Ordem dos Médicos se opor à legalização da eutanásia. Já o sabíamos, mesmo que não saibamos onde acaba a posição pessoal e começa a corporativa. Surpresa é a argumentação rasca. Surpresa é que caia na pantominice de dizer que, com a eutanásia, quem hoje violenta física ou psicologicamente os idosos passaria a matá-los.

É isto que o bastonário está a dizer quando invoca estudos que indicarão que  "um quarto dos idosos é submetido a alguma forma de violência, seja física, seja psicológica”, para concluir que "certamente todos percebemos com facilidade que esses idosos que são submetidos a essas formas de violência, a partir do momento em que seja descriminalizada/ legalizada a eutanásia, vão ser coagidos a optar pela eutanásia".

Surpresa é que pessoas destas não encontrem formas mais sérias de defender as suas ideias.

Mas, surpresa mesmo, é que um alto magistrado do mais importante orgão de investigação de crimes de colarinho branco seja detido por suspeita de corrupção. Ou será que não?

Livro de reclamações

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Dizem os entendidos que Benfica e Porto foram beneficiados num penallti cada um neste último fim de semana. Ambos ganharam e ambos os converteram em golo. No fim das contas, só o do Porto foi objectivamente decisivo na vitória, já que ganhou por um golo (3-2), enquanto o Benfica ganhou por dois (3-1).

Na jornada anterior fora a vez do Sporting sair com benefício idêntico, com o árbitro a punir o adversário com um penalti por uma falta cometida fora da área. Isto para não recuar mais no tempo, e apenas para que fique claro que essas coisas acontecem com alguma frequência. Porque errar, todos erram. Porque esse erros são hoje mais escrutináveis que nunca, e há certamente muita coisa que se vê nas imagens que ao olho humano, no momento, naquela fracção de segundo, não é passível de ser vista.

Mas não é isso que me traz aqui. Melhor: o que me traz aqui só muito remotamente poderá ter alguma coisa a ver com isso. É que uns rapazes de uma claque do Porto, com o respectivo líder à cabeça, voltaram a protagonizar cenas inspiradas na velha Sicília, trazendo-nos de volta tempos que todos julgavamos bem enterrados no passado.

Uma coisa é que não haja praticamente notícia do submundo do crime no Porto que não dê nota de pessoas ligadas aos Super Dragões, deixando bem à vista os cruzamentos entre as claques do futebol e o crime organizado, que nem é novidade nem exclusivo de qualquer uma. Outra é a sua actuação criminosa enquanto tal, enquanto claque, enquanto estrutura institucional apoiada por um clube de futebol. Uma coisa é serem compostas por gente a quem se não conhece profissão, que faz da marginalidade modo de vida. Outra é organizadamente exibirem a intimidação e a chantagem. É espalhar o terror por onde passem e sempre que lhes apeteça. 

Têm agora a palavra as instituições do Estado de Direito. O gangsterismo não pode ficar impune. Onde quer que seja do território nacional. Seja qual for o sector da nossa vida colectiva. 

A GNR tomou conta da ocorrência. Mas o mais provável é que venha concluir mesmo que não passou de um grupo de amigos que numa segunda-feria decidiu ir jantar a uma cidade a 70 ou 80 quilómetros. Que entrou no primeiro restaurante que encontrou, sem qualquer ideia que pudesse ter alguma coisa a ver com o árbitro que terá errado a assinalar um penalti. Um, que não o que beneficiou o seu clube. Que não chamaram "pelo gatuno", mas apenas pelo livro de reclamações... 

Porque, afinal, como se vê pelas televisões e jornais, o que interessa são os penaltis. Isto não tem interesse nenhum!

Encanitado

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Nem sei o que me encanita mais. Se os penaltis do fim de semana vistos aos olhos dos grunhos da bola, se o eurojaoelhar de Passos Coelho, se as preocupações de  Duarte Marques, o de Mação, com a poluição de celuloses no Tejo, se os apelos de Vítor Bento á nacionalização do Novo Banco e ao reforço da banca pública...

Concentração competitiva: cuidado!

 

 

O Benfica regressou ao campeonato... e ás vitórias no campeonato, num daqueles jogos em que só podia ganhar. Porque tinha de ganhar, se quer ganhar o campeonato nao pode perder mais pontos - pelo menos até ao jogo com o Sporting, depois logo se vê -, e porque foi a única equipa a fazer o que tinha de fazer para ganhar. Mas sabemos que às vezes não se ganham jogos desses...

Em Paços de Ferreira, com os benfiquistas mais uma vez em maioria nas bancadas, e mesmo sem fazer uma exibição de encher o olho, o Benfica voltou a criar muitas oportunidades de golo. Aproveitou apenas três, mas criou muitas mais, num jogo em que o adversário fez três remates à baliza e um golo, por um jóvem (Diogo Jota) que - diz-se - já é jogador do Benfica . Por sinal o melhor do jogo, mas nem por isso menos consentido... 

Com esse golo o Paços chegou ao empate - o Benfica marcara logo aos 13 minutos, por Mitroglou, depois de mais um toque de classe de Jonas - que durou pouco mais que um quarto de hora. Em cima do intervalo o Benfica fez o segundo golo. De penalti. Que não foi na altura contestado, mas que, como sempre, não deixará de o ser por estes dias. Semanas ou até meses, como esperamos... Nas repetições fica a ideia que o Jonas - que foge do contacto físico como o diabo da cruz - evitou o derrube saltando por cima das pernas dos adversários que o tentavam rasteirar. A intenção esteve toda lá, o facto acabou por não acontecer...

Na segunda parte o Benfica geriu o jogo. E a fadiga. E a descompressão, depois de uma série de dois jogos muito exigentes. E os amarelos. E os regressos dos lesionados. E deu para criar mais três ou quatro oportunidades e para a estreia de Lindelof a marcar, na réplica a uma jogada já vista no jogo com o Zenite, então com o Jardel a rematar. Mas ao lado.

No fim fica a ideia de alguma displicência do Benfica, particularmente perceptível logo a seguir ao primeiro golo. Pode ter sido apenas decompressão, mas é bom avisar que facilitar na concentração competitiva é abrir a porta às surpresas...

 

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