Com, ou sem número de contribuinte?
No dia em que na Assembleia da República se discute, mas não vota - o que é bom para o (bom) funcionamento da dita geringonça -, o Programa de Estabilibilidade (não sei se ainda se pode chamar de crescimento, se nunca dá para crescer) para Bruxelas ver - e que bem se poderia chamar, com sotaque, para ter mais estilo, "vá... me engana, que eu gosto" -, volta a falar-se da legalização da prostituição.
Não, não é o Bloco. Desta vez é a JS, que há muito se não via por estas paragens. Quem faz trabalho sexual tem de ter direito a protecção social e a reforma, defende - e bem - o deputado João Torres, Secretário Geral da Juventude Socialista. Acredito até que, legalizada, passe a ser uma actividade pouco dada à evasão fiscal, dispensando assim os governos de medidas como as que implementou sobre os cabeleireiros e as oficinas de automóveis. A curiosidade fica para a resposta à sacramental pergunta: "com, ou sem número de contribuinte?"