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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Hoje é quinta-feira... Já é quinta-feira...

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Hoje é quinta feira. Os "Papéis do Panamá" começaram a ser revelados no domingo. Há muito tempo. Tanto que já um primeiro-ministro caiu: tempo suficiente para, na Islândia, o povo sair à rua a exigir a demissão do chefe do governo, o presidente resistir, o primeiro-ministro ser demitido e um novo ser nomeado e estar já em funções...

E no entanto, por cá, no que nos diz mais respeito, todos estes dias depois, sabemos o que sabíamos ao primeiro dia: 244 empresas, 23 clientes, 34 beneficiários e 255 accionistas. Sabemos isto, e nem sabemos o que é nada disto. 

Sabemos que, pela sua qualidade de membro do consórcio internacional que teve acesso aos ficheiros da Mossak Fonseca, o Expresso reserva para si o monopólio das notícias que respeitam a Portugal. E podemos até fazer um enorme esforço para perceber que, saindo a edição em papel ao sábado, o jornal entenda reservar as notícias para potenciar a tiragem e naturalmente as vendas. Mas é mesmo preciso fazer um esforço muito grande. Em primeiro lugar porque este é um tipo de conteúdo muito próximo - e próprio - das plataformas digitais. Em segundo porque, como de resto o Expresso anunciou em circunstâncias de alguma forma similares, a edição em papel privilegia o tratamento, mais que a simples divulgação da informação. E, por último, porque o tempo também mata a notícia, como se está a provar.

Torna-se por isso muito difícil de perceber as razões que poderão levar o Expresso a não soltar a informação do envolvimento português neste escândalo mundial. E quando mais difícil for perceber as coisas, mais fácil é especular sobre elas...

Hoje é quinta-feira. E o Presidente Marcelo reúne pela primaveira vez o Conselho de Estado. Pela primeira vez com um convidado especial. E que convidado: Mario Draghi, nem mais, nem menos!

Preocupações

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Faz hoje 5 anos que Portugal pediu ajuda externa ou, dito de outro modo, se entregou às mãos da troika. O que veio a seguir já sabemos... A dívida é maior, muito maior, os bancos são menos e piores. Como nós, afinal. Somos menos, grande parte foi embora, e provavelmente piores. Certo é que, se não somos, estamos. Pior. Ainda.

Ainda não sabemos quem são os portugueses - e as portuguesas - entre a fina flor da vigarice mundial nos papéis do Panamá. Mas sabemos que por cá, com ou sem recurso a offshores, mais dois destacados membros da Polícia Judiciária cederam à corrupção, e passaram para o lado de lá, ao serviço do narcotráfico, que diziam combater. Não são os primeiros, nem serão os últimos. A boa notícia é que foram apanhados. A má não é notícia, é preocupação: e quantos não são?

Preocupantes são também as declarações do Governador do Banco de Portugal, ontem na Comissão Parlamentar de Inquérito  ao Banif: não tem culpa de nada - nunca tem culpa de nada, coitado -, culpados são o governo anterior - ingrato! -, a administração do banco, o BCE e a Comissão Europeia. Ele é que não. Não tem culpa, porque não tem poderes... Coitado. Outra vez...

Tributo ao Benfica

Liga dos Campeões em direto: Bayern Munique vs Benfica

 

Não há vitórias morais, em futebol. Sair de Munique da forma que o Benfica hoje saiu não é vitória nenhuma. Mas não há benfiquista que não sinta orgulho no jogo que hoje a equipa realizou frente ao Bayern. 

O resultado não deixa espaço para grande optimismo para a segunda mão, de amanhã a uma semana, na Luz. Outra coisa seria se o Benfica tivesse marcado nas duas grandes oportunidades de golo que criou. Ou se o árbitro tivesse assinalado o penalti no lance em que o Lham joga a bola com a mão, impedindo o Gaitan de seguir para o golo. Mas nem por isso os benfiquistas deixam de estar optimistas, e esse é o maior tributo que podem prestar a estes extraordinários jogadores, a esta fabulosa equipa.

O jogo até começou da pior maneira que podia começar: com um golo logo no primeiro minuto. Mas foi como se nada se tivesse passado, e a equipa soube, primeiro, manter-se equilibrada, e depois equilibrar o próprio jogo. 

O árbitro é que não pareceu muito interessado nesse equlíbrio. Não foi só no penalti que não quis assinalar. Foi em tudo, e ainda mais em tudo quanto mais o jogo se aproximava do fim. Nos últimos minutos a dualidade de critérios foi gritante.

A UEFA está muito interessada em ter o Bayern na final. E o Barcelona, pelo que deu para perceber no outro jogo...

A lição islandesa

 

 Podemos não ter a noção da dimensão da economia suja que grassa no submundo das offshores, mas estamos perfeitamemente conscientes que, mais que paraísos fiscais para um certo capitalismo selvagem, são resorts de alto luxo para a corrupção e para todas as formas de crime que inapelavelmente destroem o mundo. 

Talvez por isso não estejamos muito surpreendidos com as revelações - por ora poucas e no entanto tantas - do Panama Papers, e talvez também por isso, por esse mundo fora, a regra seja reacções de circunstância, num discurso previsível e politicamente correcto. Todas as regras têm excepções, e a excepção vem mais uma vez da Islândia: de imediato, logo que conhecida a notícia do envolvimento do seu primeiro-ministro, os islandeses sairam à rua a exigir a sua demissão. Em simultâneo lançaram uma petição no mesmo sentido, em poucas horas assinada por perto de metade dos 300 mil de islandeses.

A mesma Islândia que ainda há pouco tempo mostrava ao mundo como um pequeno país, numa sociedade democrática moderna, pode reagir à corrupção do Estado e aos crimes e abusos do sistema financeiro. A mesma Islândia que, ensinando, não aprendeu nada. Logo depois, com tudo esquecido, foi rápida a devolver o poder aos mesmos, e a deixar tudo como dantes. Como agora se provou!

Uma desgraça nunca vem só!

 

O Congresso do PSD tinha de dizer qualquer coisa sobre o que aí vem. E disse, coisa pouca, porque o tema por lá mais apetecido continua a ser o passado - como se lá pudessem encontrar alguma coisa de que se pudessem orgulhar - mas disse.

Melhor: deixou dito, nas entrelinhas. Deixou dito que Passos Coelho, depois de grande esforço, acredita finalmente que já não é primeiro-ministro. Mas que já não acredita que possa voltar a sê-lo. Por isso começou a preparar a sucessão, para assegurar a sua dinastia. Por isso deixou dito que seria Maria Luís Albuquerque a seguir-lhe na linha sucessória. Porque uma desgraça nunca vem só!

Parabéns a você...

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A Constituição faz hoje 40 anos. Está uma quarentona, mas diria que que pelos liftings, botoxes e outras recauchutagens - desculpem: revisões - parece mais velha. Talvez seja dos maus tratos, sabe-se como é... Não fazem bem a ninguém, nem uma quarentona balzaquiana o consegue disfarçar. A verdade é que tem sido muito maltratada. Veja-se só o que lhe fizeram nos últimos quatro ou cinco anos... Vejam o que lhe fizeram uns gajos que por aí andavam e que a acusavam de tudo. Até de não dar de comer a ninguém, como se essa fosse uma obrigação dela. E não deles...

Baile... Hoje foi noite de baile!

 

O Benfica não entrou bem no jogo. Bem, muito bem mesmo, entraram os adeptos, mais de 60 mil, que no minuto de silêncio de homenagem ao magriço e sportinguista Fernando Mendes acabaram por encontrar nas palmas a forma de abafar (o verbo está na moda, lá voltarei) a arruaça de uma meia dúzia. E bem, também muito bem, entrou o Braga, com 10 minutos extraordinários, a superiorizar-se claramente ao Benfica e a criar duas claras oportunidades de golo, uma das quais numa bola ao poste, no primeiro minuto.

A partir daí, e ainda antes de atingido o primeiro quarto de hora, o Benfica conseguiu libertar-se daquela teia, subiu no terreno e começou a pressionar o adversário logo à saída da sua área, invertendo por completo o que vinha sendo o jogo. Os erros, e os passes falhados na primeira fase de construção, que até ai tinham atingido o Benfica, passaram a acontecer no outro lado. Quando, aos 17 minutos, surgiu o primeiro golo, exactamente em consequência directa dessa pressão alta, já o Benfica tinha recuperado duas ou três bolas nas mesmas circunstâncias.

A partir daí o Benfica abafou - lá está o verbo de volta - o Braga por completo, fazendo desaparecer do jogo aquela que, na opinião de muito boa (ou talvez não) gente, era a equipa que melhor futebol pratica em Portugal. E fazer isso, fazer eclipsar a excelente equipa do Braga, é coisa que ainda se não tinha visto por cá.

No regresso para a segunda parte o Benfica refinou ainda mais o jogo, chegando a atingir aquilo que vulgarmente se designa por baile. Foi isso - o Benfica deu baile!

Foram cinco, mais cinco golos da máquina de os fazer, bem poderiam ter sido mais. E um sofrido, de penalti, no último lance do jogo. O penalti que os adversários tanto têm reclamado chegou finalmente. Não foi a pedido, foi mesmo penalti. Desnecessário, evitável, mas penalti. Quando houve razões para um árbitro o assinalar, o penalti aconteceu. Nada de mais. É isso que se pretende, seja um ano ou um jogo depois. O resto, é o resto é conversa de quem vem atrás!

 

Não é mentira...

 

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... A não ser que seja a mentira da estação de rádio onde ouvi a notícia: " A PSP está hoje de volta ao bairro da Ameixoeira onde na passada terça-feira ocorreu o tiroteio que feriu cinco pessoas, duas das quais três polícias" - ouvido com estes dois, que a terra há-de comer...

Bonito. Apetece aplaudir...

 

A Assembleia da República deu ontem mais um espectáculo ao país. Em causa estava o protesto pela absurda sentença da Justiça de Angola que condenou a pesadas penas de prisão os 17 jóvens angolanos. 

O PS apresentou um voto de condenação. O Bloco, outro.

O CDS votou contra, provavelmente porque Paulo Portas está agora virado para os negócios. Que, como já se viu, passam por lá, por Angola. PSD também, porque agora vota contra tudo. E o PCP também, porque continua a não perceber que o mundo mudou. Continua convencido que o MPLA ainda é dos seus, que Moscovo ainda é Moscovo e que Putin é o sucessor de Brejnev. 

Como se não bastasse este caldo que chumbou o voto de condenação do PS, o próprio PS viria ainda a abster-se na votação do do Bloco.

Bonito. Apetece aplaudir... 

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