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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

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"Ainda o TTIP"

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A propósito deste texto, e deste tema, não posso deixar de dar o devido relevo ao comentário que um nosso leitor, que "habita actualmente numa zona onde estão a ocorrer coisas", e se assina por Aerdna, deixou na caixa de comentários. Sem mais, nem menos, transcrevo o seu interessante testemunho: 

"Este assunto preocupa-me e muito. Vejo com alguma incredulidade que na imprensa portuguesa pouco ou nada se fala acerca disto. Fala-se do assunto no resto da Europa, mas com argumentos muito mal sustentados. Os factos de que me tenho apercebido que estão a ocorrer, são:- A pressa assumida por Barack Obama em assinar este acordo antes do fim do seu mandato (Why?), e a Merkel que pouco ou nada fala publicamente sobre o assunto, mas pressiona e muito os outros países a aceitá-lo;E o trabalho no campo que já começou para facilitar a entrada do acordo:

-A privatização de tudo e mais alguma coisa nos países em crise, que agora começa a ser aplicado ao resto da Europa. Por exemplo, no caso das águas, aqui em França, o serviço é de qualidade muito duvidosa e caríssima (por falta de concorrência, também). E os franceses comentam que estão a acabar com as fontes de forma a tornarem-nos reféns desses serviços. Este é apenas um exemplo.- A retirada dos direitos laborais conquistados no último século pelos trabalhadores do sul da Europa e que garantiam alguma segurança e dignidade. E agora começaram a retirada aos do norte, também. Etc…A França está em polvorosa e estranhamente não se fala muito disso na imprensa internacional, inclusive em Portugal. O Governo, provavelmente pressionado pela Alemanha e pelos EUA por causa do TTIP, quer passar uma nova lei de trabalho, que prejudica e muito a vida de todos. Faz dois meses que a população e os sindicatos estão em luta. Os deputados pressionados pelo eleitorado começaram a dar sinais de a querer chumbar, e o Governo empezinhado, está a recorrer a artifícios legais duvidosos para a fazer passar à força. Aqui o número 49.3 tornou-se famoso, porque é o artigo em que o Governo se está a apoiar para fazer passar este texto que dá total poder às empresas e retira praticamente todos os direitos e protecções aos trabalhadores. Parece-me que a França foi o escolhido para o primeiro esforço de implantação visível do TTIP. Se passa aqui, onde o povo é activo politicamente, o resto da Europa não tem hipótese. Saiu uma notícia a dar conta de que nas linhas de produção dos aviários estadunidenses os trabalhadores usam fralda para não abandonar o posto de trabalho, e eu já vejo os fabricantes de fraldas a esfregar as mãos de contentamento porque não tarda juntam à lista de clientes os Europeus. Triste fim, para um sonho tão lindo que um dia foi a Europa. Numa década, a sede de dinheiro, o consumo excessivo, o alheamento político da maioria da população e a falta de valores, reduziram as sociedades humanas a escravos, novamente. Recordo o tempo do Rockefeller cujo Poder teve de ser travado pela política. E parece que continuamos a não aprender nada, apesar de a história estar aí a ensinar, as consequências. Os Governos existem para equilibrar as balanças de Poder, se deixar de ter esse papel, não vale a pena continuar a existir. Deixamos de que as empresas façam o seu jogo e não pagamos impostos. Um Estado que não assegura equilíbrio social, não assegura saúde, educação e justiça, não tem razão nenhuma para existir. A luta na França, Alemanha e alguns países do norte contra o texto do TTIP está nas ruas, vamos ver se é suficiente. A imprensa precisa de liberdade, nestas alturas para expor e levantar uma discussão justa. E claramente não a tem, neste assunto nota-se muito pela ausência, a influência "dos interesses" nas redacções. Um ataque terrorista e temos dias e dias do mesmo (o Governo precisa justificar o envio de tropas), manisfestações laborais importantes com muito material exposto nas redes sociais e a imprensa quase em surdina! Ai!Ai!"

Não há sanções. Há apertos...

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Bruxelas não vai aplicar sanções por violação da meta do défice de 2015: Espanha oblige. O tal que Passos Coelho diz que é de 3%, porque varreu o Banif para baixo do tapete. O tal, que com o BES, deixaram que nos rebentassem nas mãos para não perturbarem a famosa saída limpa...

Acho que já se percebe por que é que Passos e Maria Luís, e com eles o resto da corte, vibram mais com esta notícia que o próprio governo. E por que é que escreveram e telefonaram... 

Entretanto, e como não dá ponto sem nó, a Comissão Europeia aperta o défice para este ano. Para 2,3%, com mais 700 milhões de austeridade. E lá volta o tal plano B. 

António Costa chuta para canto: Qual plano B qual carapuça, o défice que tem no orçamento é já inferior - 2,2%. Pois, o problema é executá-lo. Mas isso só se vê lá mais para a frente... Embora se note já.

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