"O partido de Mário Soares"
De surpresa, apareceu Guterres, e disse que tinha saudades. Martin Schultz, que estava por cá, também apareceu e disse que é contra as sanções da Europa. António Costa já tinha explicado ao Congresso a legitimidade da sua opção pela geringonça, relendo até passagens do seu discurso no anterior congresso, vai para dois anos.
E veio gente de fora: Pacheco Pereira pôs o dedo na ferida, para dizer que, com o Tratado Orçamental, não há lugar para a social democracia na Europa. Mantê-lo é deixá-la entregue ao neo-liberalismo. E Ana Drago disse o que os socilaistas porventura não poderão dizer, mas que toda a gente percebe que é assim: se o PS não tivesse tomado o rumo que tomou, escolhendo a saída à esquerda, estaria agora em vias de ser riscado do mapa.
Há gente no PS que não percebe isso. É até bem provável que, mais que não perceber isso, não perceba onde está o seu lugar... Muitos multiplicaram-se em entrevistas aos jornais nos últimos dias. Uns até disseram que havia medo. Tanto que nem lá puseram os pés. Francisco Assis não tem medo - tem aspirações, não pode ter medo - e subiu à tribuna para dizer que ... está sozinho. Não está. Com ele estão os que lá não estão, cheios de medo. E está o Sérgio Sousa Pinto. Que não tem medo... nem outra coisa. Por isso se ficou pelos corredores, a dizer que quer o partido de Mário Soares.
Ora aí está o que a oposição a António Costa tem para dizer: que quer o partido de Mário Soares. Como um menino no meio de uma grande birra quer um brinquedo...