As coisas são o que são. Mas também o que parecem...
Foi um acto falhado, o golpe de estado na Turquia. As forças insurrectas da segunda potência militar da NATO, num estranho amadorismo, acabaram superadas pelas forças leais ao regime de Erdogan, muitas mortes e poucas horas depois. Nas maiores forças armadas da Aliança Atlântica, a seguir às americanas...
Quando ontem aqui se deu conta do golpe militar na Turquia, e do derrube de Erdogan, classificou-se o afastamento do presidente turco como uma boa notícia. Que o pior que tinha , na altura, era poder ser ainda francamente exagerada.
Queria naturalmente dizer-se que, aqui, nada daquelas notícias era dado por definitivo, ao contrário das televisões que, na mesma hora, davam notícias do pedido de asilo de Erdogan á Alemanha, da recusa alemã a esse pedido, e até do desembarque do presidente turco em Teerão, com asilo político concedido pelo Irão. Merece alguma reflexão...
Tanta quanto o próprio golpe. Que só serviu a Erdogan, para lhe permitir finalmente encontrar novos caminhos institucionais para perpectuar o seu poder pessoal. Depois de esgotados todos os mais convencionais, como também aqui ontem se fazia notar.
Mais uma vez: para além do que são, as coisas também são o que parecem!