Para que haja acordos de cavalheiros tem que haver cavalheiros. Na vida política já não há disso. Não é de agora, já vem de há muito.
O que há muito vinha a funcionar, criando a ilusão de que ainda havia cavalheiros, eram apenas os superiores interesses do centrão. Quebrado o centrão, rompeu-se o cimento dos interesses.
Correia de Campos foi ingénuo ao não perceber isso. E transformou-se no primeiro achincalho da casa de má fama, e mal frequentada, que se instalou em S. Bento com o pomposo nome de Assembleia da República.
Hoje preocupamo-nos mais com a saúde e o bem-estar do que há alguns anos atrás. Preocupamo-nos com a aparência, com a imagem que projectamos. Para os outros e para nós mesmos.
A preocupação com a saúde oral, com a imagem da boca e dos dentes, é porventura uma das que, nesse contexto, mais se salienta. Toda a gente gosta de ostentar um belo sorriso, dentes atraentes, imaculadamente brancos e de ar saudável.
Em resposta a esta dinâmica de procura surgiram no mercado ofertas de tratamentos dentários de baixo custo. O conceito de “low cost” chegou também às clínicas odontológicas, com muitas e diversas cadeias de baixo custo a instalarem-se por todo o país a oferecer serviços a preços muito abaixo da média do sector, e por isso muito atractivos. Nada melhor para o consumidor, não fosse dar-se o caso, como tantas vezes acontece em tantas outras áreas, de isso ser feito à custa de significativas e inegociáveis quebras de qualidade, na procura do lucro fácil e rápido.
O recente encerramento de cadeias como Funnydent ou Vegamar, assim como a detenção da liderança da Vitaldent, aumentou a visibilidade dos riscos que estas cadeias comportam para os consumidores menos avisados. Hoje cada vez menos, felizmente.
Os implantes dentários, por exemplo, por serem dos tratamentos hoje mais procurados, são um bom exemplo: tem de ser com materiais de alta tecnologia, e naturalmente de alto custo. Decorre daí que os preços não podem ter grandes oscilações. O anúncio de preços significativamente inferiores aos da média, ou aos de clínicas de referência, constitui forte razão para desconfiar, e para supor que os materiais utilizados são de má qualidade.
Um bom dentista profissional é um especialista que deve oferecer um serviço personalizado e saber transmitir segurança e tranquilidade. As clínicas de baixo custo vivem da rotação de pessoal provocada pela política de salários mínimos para lucros máximos. E rápidos. É muito provável que o atendimento numa consulta seja por uma pessoa diferente da anterior. E diferente da seguinte. E pode até acontecer que esse atendimento seja feito por um comercial em vez de um médico especialista…
Frequentemente, no fim, para remediar tudo o que de mal foi feito, o consumidor paciente acaba por ter de recorrer ao profissional especialista que, pelo preço, trocou pela aventura “low cost “. E o que no princípio parecia um tratamento de baixo custo vai tornar-se num tratamento bem mais caro, e muitas das vezes com o risco de não recuperar de danos irreversíveis.
Da banca alemã é que ... nada. Nada para o FMI, nem nada para ninguém. Nada de nada, nenhum problema para a Alemanha, muito menos para a Europa. E então para o mundo, nem... pinners, como diria o outro.
Bem me parecia que não se passa nada no Deutsche Bank. É só boato. E ninguém se enxerga...
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