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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

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Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Coisas parvas*

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A silly season está aí. Entrou a toda a velocidade e não parece disposta a dar tréguas. E faz as delícias dos media, e das redes sociais em particular. Em boa verdade, sem jornais, televisões e, agora, facebook, não há silly season. As coisas parvas – a melhor tradução deste anglicismo é capaz de ser mesmo “a época das coisas parvas” – precisam disso. Se não tiverem amplificação mediática pura e simplesmente não existem… Por si, não têm qualquer capacidade de sobrevivência.

Entrou a todo o vapor com a história do IMI, com gás dado pelo sol e pelas vistas. Ou tirado pelos cemitérios ou pelas estações de tratamento de esgotos. Deu para tudo, com as coisas mais parvas a desafiarem o potencial da mais parva imaginação deixada à solta.

Prosseguiu com os juízes, na teimosa guerra dos colégios privados. Com o que decidira assim, porque tinha a filha no colégio em causa. E logo a seguir com a que decidira assado, porque tinha trabalhado com o actual primeiro-ministro. E logo as televisões se encheram com imagens da senhora a discursar no congresso do PS. Sem que nenhuma referisse, nem ao de leve, que à época a senhora não era juíza.

Ainda tudo isto fervia em pouca água, sem precisar dos 100 graus centígrados, e já o primeiro-ministro devolvia o cheque que o Presidente da República tinha enviado para o Ministério da Defesa, para pagar a sua deslocação a França, no Falcon, para assistir ao jogo das meias finais da selecção nacional, no europeu, há três ou quatro semanas.

E porque o tema era cheque, europeu e jogos da selecção em França, ficou a saber-se que o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais entendeu que resolveria o seu caso com a Galp enviando-lhe também um cheque, para pagar as duas viagens a França, para assistir a outros tantos jogos da selecção nacional.

As contas que cada um terá feito para chegar aos valores a inscrever no cantinho superior direito do dito não são de nossa conta. Não seria coisa parva. Simples curiosidade, que às vezes também é parva…

Coisa parva, mas parva a sério, tinha-a feito Fernando Rocha Andrade, assim se chama o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, ao "encarar com naturalidade, e dentro da adequação social, a aceitação deste tipo de convite, no caso, um convite de um patrocinador da Selecção para assistir a um jogo da Selecção Nacional de Futebol”.

É natural que as empresas destinem este tipo de convites a clientes. E a stakeholders. Não pode ser natural que um governante ache natural ser convidado por uma empresa. Menos ainda se essa empresa tiver um conflito de 100 milhões de euros com o Estado.

E achar que, pegando num cheque e enviando-o à empresa tudo fica resolvido, só é coisa ainda mais parva!

 

* Da minha crónica de hoje na Cister FM

Entrar com o pé direito nos Jogos

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Os Jogos Olímpicos - históricos, os primeiros sob língua portuguesa - só mais logo serão declarados abertos, mas a primeira representação de Portugal já entrou em acção. E com que sucesso...

A selecção olímpica de futebol, a equipa de recurso que Rui Jorge conseguiu constituir depois de sucessivas convocatórias falhadas, estreou-se nos Jogos com uma vitória (2-0) brihante sobre a Argentina, um dos prinicipais favoritos ao título olímpico e um dos históricos da competição, com duas medalhas de ouro (soma ainda mais duas de prata) nas últimas três edições dos jogos.

Quem não soubesse, a ver pelo qualidade de jogo apresentada, não imaginaria as peripécias que envolveram a constituição desta selecção, e a preparação para esta competição. Com um único jogo treino, já no Brasil, com uma equipa de júniores...

Pode até não dar em nada. Mas já não dúvidas que este é o ano de ouro do futebol português. Quase apetece dizer que basta dar um pontapé numa pedra para logo surgir uma selecção de futebol pronta a ganhar!

Não é bem assim, e Rui Jorge tem muito mérito nisto. Evidentemente. Bem mais evidente que os nomes dos jogadores nas camisolas: fugiram todos, e perdemo-los de vista. Não foi bonito. Parecia que as letras estavam coladas com fita-cola...

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