Apenas coisas bonitas
O Éder é todo ele uma história bonita. A gratidão é um sentimento também bonito. A estrelinha de Fernando Santos pode não se ter apagado, mas não brilhou. Se calhar isto até ajuda a explicar a primeira derrota do seleccionador nacional.
A equipa nacional até entrou bem, e durante a primeira metade da primeira parte até mostrou que era a campeã europeia que ali estava. E foi justamente nesse período que se notou que uma história bonita, e um sentimento bonito, são apenas coisas bonitas.
Depois, os jogadores, provavelmente deslumbrados com a superioridade exibida, esqueceram-se daquilo que deles tinha feito campeões da Europa. E lá voltou a habitual e fatal desconcentração. E de repente a Suiça apanhou-se a ganhar por dois a zero...
E já não houve volta a dar. Nem ao resultado nem ao jogo. Os remates - vinte e sete (contra oito) - eram só para a estatística. Como os cantos: 11 contra 1. Mas a estatística nunca ganha jogos.
Não é o fim do mundo. Nem sequer do apuramento para o mundial da Rússia. Mas podia e devia ter sido melhor, até porque a Suiça é o principal adversário neste percurso que vai levar a selecção ao Campeonato do Mundo de 2018. Para já, está em vantagem. E com uma boa vantagem!