Regresso aos jogos de domingo à tarde. E outros...
Jogo às quatro da tarde, de uma tarde bonita, soalheira, à maneira antiga. Estádio cheio, com os adeptos a dizerem que se lixe Nápoles que o jogo é para o campeonato. Nada que parecesse ter impressionado o Feirense, que entrou desinibido, logo com uma oportunidade de golo no primeiro minuto. No primeiro e único remate que fez à baliza em oitenta minutos de jogo. Rui Vitória promoveu três alterações no onze que esteve à beira do desastre no São Paolo: uma, por mais uma lesão – de André Horta – , outra com o regresso de Ederson, que nada teve a ver com os descalabro de Júlio César em Nápoles, mas tão só com a sua politica de alternância na baliza, que a opinião publicada continua a não ver e, por fim, com o regresso do capitão Luisão. Que tem muito a ver com o que o Benfica tem sofrido nos lances de bola parada. E manteve a titularidade de Carrillo, hoje mais metido na equipa, mas ainda muito longe do que sabemos que é capaz. Do que fez no passado, e do que todos continuamos à espera que volte a poder fazer.
O Benfica não jogou mal, raramente esta equipa joga mal. Pode passar por momentos de desconcentração, ou de menor fulgor, mas nunca deixa de produzir bom futebol. Mas faltou-lhe, e falta-lhe com frequência, intensidade. Que tem dois ingredientes fundamentais: velocidade e agressividade.
Faltaram ambas, e isso foi demasiado flagrante na primeira parte deste jogo com o Feirense. Em que, mesmo com 75% de posse de bola, o Benfica não só não criou muitas oportunidades de golo, como não esmagou o adversário. Fez mesmo assim o suficiente para justificar a vantagem ao intervalo, mesmo que resultante de um auto golo. E despropositado.
Na segunda parte o Benfica cresceu muito. Não que essa intensidade de jogo tenha aumentado por aí além, mas porque o segundo golo chegou e acabou com a resistência do Feirense. Foi um golo decisivo, mas de novo um golo com alguma felicidade, se bem que, desta vez, em resultado directo da agressividade – ora aí está! – de Salvio, hoje o melhor em campo e muito mais perto daquilo que foi, e do que já se duvidava que pudesse voltar a ser. E a confirmar a sua ligação ao golo. Um regresso que se saúda!
Como se saúda o de Luisão, que confirmou toda a sua importância na equipa. E acima de tudo o de Zivkovic, um jogador fantástico, que tem tudo para se tornar rapidamente num caso sério. E o de Cervi, à equipa e aos golos, e a acentuar as dificuldades de Carrillo...
E outros haverá a chegar, agora que a competição será interrompida por umas semanas. Com o Benfica a golear (4-0) e a alargar para três pontos a distância para o rival, como diz o outro…
Hoje foi também dia de entrega dos prémios do CNID referentes à época passada:
Melhor treinador – Rui Vitória;
Melhor jogador – Jonas;
Jovem revelação – Renato Sanches.
Não tem nada a ver com o que por aí andaram a fazer crer. Pois não?