António Guterres - Secretário Geral das Nações Unidas
Foi um longo processo, este que levou António Guterres ao topo da hierarquia das Nações Unidas.
Para trás tinham ficado cinco votações dos quinze membros do Conselho de Segurança, com Guterres sempre a ser o mais pontuado. O mais encorajado, na linguagem específica do meio. Uma maratona.
À entrada para a sexta - e última - votação, como que à entrada da porta da maratona (a porta de acesso ao estádio onde, em duas voltas à pista, se completam as últimas centenas de metros dos 42,195 quilómetros da prova), com o candidato português bem isolado na frente, a Srª Merkel e o Sr Junckers empurraram para lá um concorrente que não vinha integrado na corrida. Para correr apenas os últimos 800 metros, e ganhar. Afiançavam.
António Guterres ganhou, na mesma. Reforçou até a sua votação, com treze votos de encorajamento e apenas duas abstenções. E a candidata oficial da União Europeia, a concorrente da batota, acabaria no oitavo lugar. Em dez. Uma vergonha!
Parabéns a António Guterres. O homem certo no lugar certo: o que provavelmente mais ambicionou. E o que provavelmente melhor lhe assenta. Mesmo que não tenha a importância que parece que tem!