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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Coisas com graça*

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Os vencimentos da nova administração da Caixa Geral de Depósitos voltaram à ordem do dia, e prometem algumas fissuras no edifício que alberga a propalada geringonça.

O tema não é novo. Nem pacífico, sabendo-se que o novo responsável máximo da Caixa – o CEO como agora se diz – não exigiu apenas um salário confortável, ao nível do melhor que se pratica na praça, logo a seguir ao que pagam BPI e Santander Totta, e acima de todos os restantes. Mas sabendo-se também que apenas aceitou o cargo depois de ver garantidas as condições de sucesso, designadamente de capital, que lhe permitam atingir os objectivos que lhe possam garantir os ainda mais chorudos prémios.

Não admira que o Bloco tenha declarado inaceitáveis esses “salários milionários”, e que não dará o tema por encerrado. Nem que o PCP tenha levado ao Parlamento, à Comissão de Orçamento e Finanças; uma proposta para limitar as remunerações dos gestores. Se calhar não admira que tenha sido prontamente chumbada pelos votos do PS e do PSD, mesmo que admire que o CDS tenha votado a favor, ao lado dos partidos do lado esquerdo de geringonça. Ou que o Presidente da República se tenha juntado ao coro de protestos, mesmo depois de ter promulgado o diploma que o governo já fizera à medida das exigências do novo “patrão” da Caixa.

Nada disto deixa de ser engraçado. Mas,  graça mesmo, têm as justificações do primeiro-ministro. Poderia simplesmente dizer que os gestores bancários constituem um mundo à parte. Tão à parte que destroem bancos e ainda recebem prémios por isso. Mas, não. Teve de dizer que têm de ganhar bem para que não sofram pressões do accionista. 

Não lembraria ao diabo. Ao outro!

 

* Da minha crónica de hoje na Cister FM 

Goodbye, Trump...

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No fim do terceiro e último combate televisivo são já muito remotas as possibilidades de Trump chegar à Casa Branca. O mundo pode começar a respirar de alívio. 

Não é que Hillary tenha deixado Trump no tapete, inanimado. Foi uma tareiazinha, não foi um tareão dos antigos. É que o ridículo Donald já diz que não aceita os resultados eleitorais... 

Não precisa de dizer mais nada!

 

Benfica bem vivo

 

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Veio do frio, como o espião, a primeira vitória do Benfica nesta edição da Champions. Não foi com uma exibição fulgurante - nem poderia ter sido - mas foi com uma exibição segura e personalizada que o Benfica ganhou, hoje em Kiev, um jogo que não poderia deixar de ganhar.

Não ganhar, hoje, e mais a mais com a inesperada vitória dos turcos do Besiktas em Nápoles, signiificaria já o adeus à mais bonita e importante competição do futebol mundial. Ganhar, como ganhou, conjugado com o surpreendente - ou talvez não, a equipa italiana tem vindo a cair a pique desde o jogo com o Benfica - resultado de Nápoles, deixa tudo em aberto para a segunda volta desta fase de grupos. Onde o Nápoles entra com mais pontos, mas com poucas mais vantagens. Em teoria, claro.

Também na Champions o Benfica acaba por sair vivo desta fase negra de lesões, mesmo que as coisas não tivessem corrido bem nos dois primeiros jogos, que teve que abordar com demasiadas e óbvias fragilidades. A partir de agora só há que esperar mais. E melhor!   

 

    

Casamento perfeito

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Seria provavelmente muito difícil encontrar duas pessoas que casassem tão bem incompetência e charlatanismo como Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque. As suas reacções ao Orçamento constituem as mais evidentes provas de incompetência técnica e política. Mas também põem exuberantemente a nu o charlatão que há em cada um deles. 

A "tentativa de ilusão" de Maria Luís Albuquerque com as "pensões mínimas" casa perfeitamente com os "truqes" de Passos Coelho! Um embuste, é o que é!

A resposta

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Bob Dylan já tinha cantado alguma dificuldade em atender o telefone. Já em 1963 cantava que o telefone tocou, tocou, tocou... Mas aí acabou por atender. Era Kennedy.

Agora, não. Não  atende mesmo o telefone, e a Academia Nobel já desistiu de o contactar.

Acho que é a melhor resposta que Bob Dylan encontrou para a polémica que se instalou à volta da atribuição do Nobel::não dar sinal de vida. Assim deixa toda a gente satisfeita com a sua razão.

Os que acham que foi a escolha errada, reforçam as suas razões: não merece um prémio quem lhe falta ao respeito desta maneira - dirão. Os que, pelo contrário, concordam com a escolha da Academia, sentem as suas razões ainda mais reforçadas: só um espírito livre e desalinhado, próprio de um grande criador, merece incontestavelmente um prémio que despreza desta forma!

Acho.eu... E acho que nem lá vai pôr os pés no dia 10 de Dezembro...

Sem ciclone, sem surpresa...

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Nenhuma surpresa nas eleições regionais nos Açores. Nenhuma novidade na quinta maioria absoluta do PS - a segunda de Vasco Cordeiro. Nenhuma novidade na abstenção galopante - já está praticamente nos 60%. Se não preocupa ninguém, deveria preocupar toda a gente. Nenhuma surpresa no ar triunfal da Cristas. Nem sequer no bem preenchido séquito com que se apresentou a festejar não se sabe bem o quê. Que apenas realçou ainda mais a solidão de Passos Coelho na hora de mais uma derrota.

Passos, sozinho, também já não é novidade. E muito menos surpresa!   

Histórias mal contadas*

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Não estamos habituados – felizmente que não – a crimes de sangue tão violentos e repugnantes como os que ocorreram no início da semana.

Estamos habituados – diria agora que infelizmente – ao tratamento que as televisões dão a este tipo de ocorrências. Exploram até à exaustão o filão emocional da tragédia, muitas das vezes de forma absolutamente gratuita, em longos directos de encher chouriços, cada vez mais deprimentes. E ficam-se por aí…

Serve isto para dizer que não há, nem haveria, grandes razões para esperar grande coisa da inevitável ampla cobertura que as televisões fizeram dos trágicos acontecimentos de Aguiar da Beira. Que, por aí, a história não viesse bem contada não nos surpreenderia por aí além. Surpreende-nos a sucessão de incongruências. E surpreende-nos ainda mais que percebamos que é a GNR quem nos conta coisas inconsistentes.

O que fomos ouvindo foi uma sucessão de histórias mal contadas logo desde o início. Os suspeitos eram dois, mas depois apenas um. Surpreendidos por dois militares da GNR em pleno roubo. De materiais de construção. Mas também podia ser de cobre. Ou outra coisa. No fim, o suspeito acaba identificado pela sua carta de condução, que deixa no bolso do agente que matou …

A carta de condução na posse do militar da GNR sugere mais propriamente um acto de identificação do que um espontâneo e explosivo encontro entre o polícia e o ladrão, em pleno acto criminoso. Com a boca na botija!

E um assassino frio e calculista, como o descreve a GNR, com tempo para tudo – largas horas, mesmo – acaba por fugir e deixar a sua identificação no bolso do militar que matou, e que deixou na mala do carro.

Que está mal contado, está. Acredito que se venha a descobrir por quê…

 

* Da minha crónica de hoje na Cister FM

Acho que o Nobel da Literatura...

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Não se lhe conhecem livros, mas conhecem-se-lhe canções. Livros e livros de música e de palavras. Das melhores que se escreveram...

Diz-se que escreveu dois livros com canções. Eu acho até que escreveu muitos mais. E que escreveu uma obra de ficção. Eu acho que eram mais canções. E que também escreveu um volume de memórias. Eu acho que nem era preciso...

 Acho que não sei o que lhes passou pela cabeça para que lhe entregassem o Nobel da Literatura. Acho até que o Bob Dylan merece. Mas acho que é apenas porque acho que ele merece tudo...

Alguém viu por aí o diabo?

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Hoje é dia de conhecermos o Nobel da Literatura. Mas também de aprovação em Conselho de Ministros da proposta de Orçamento de Estado para 2017.

Certamente já um dos mais discutidos de sempre. Mas também o de maiores expectativas de sempre: todos nos lembramos de, ainda há bem pouco tempo, a propósito de tudo e de nada se dizer que "com o Orçamento de 2017 é que vai ser ". É que seria o golpe final de Bruxelas... É que seria o inevitável rompimento do precário acordo que segura o governo... É que seria a revolta dos números, com as contas a deixarem definitivamente de bater certas...  É que se seria enfim o colapso decisivo da geringonça...  

Afinal, aqui chegados, são muitas as dúvidas sobre o que aí vem do Orçamento. Mas há duas certezas: nem a geringonça engasga, nem há razões para golpes de Bruxelas. Ou três, porque falta talvez a mais decisiva de todas: pode vir aí muita coisa, mas não vem aí o diabo. O tal!

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