Do susto à goleada
A jogar pouco, às vezes muito pouco, a selecção nacional chegou a ver-se aflita para ganhar à selecção da Letónia, que não jogou nada.
Sem intensidade, sem velocidade e sem imaginação, durante toda a primeira parte a selecção foi sempre demasiado repetitiva e previsível. Valeu um penalti - discutível - que o guarda-redes da Letónia quase defendia. porque a selecção nacional não criou verdadeiras ocasiões de golo.
Sem mexer na equipa, mantendo tudo na mesma, contra um adversário que defendia com dez, com as duas linhas muito juntas, a primeira metade da segunda parte foi apenas a continuação da primeira. Tudo igual; sem ocasiões de golo e também com um penalti. Que desta vez Cristiano Ronaldo falhou... Com bastante azar, diga-se. Se no primeiro o guarda-redes quase denfendera, neste foi completamente enganado. A bola foi ao poste, correu pela linha de golo, foi bater no guarda-redes, no chão, lá do outro lado, e acabou por sair...
Toda a gente então se lembrou que um azar nunca vem só, coisa que não demoraria nada a confirmar-se. Numa das poucas vezes que os jogadores da Letónia remataram à baliza de Patrício ... golo e ... empate. Faltavam pouco mais de 20 minutos para jogar, e de repente ... o susto. Dos grandes!
Valeu que Quaresma já estava em campo, e no minuto seguinte já estava a cruzar com "conta, peso e medida" - como dantes se dizia - para o improvável Wiliam Carvalho desfazer o empate. Não sobrou tempo para sustos. Sobrou foi para Quaresma continuar a levar à equipa aquilo que ela não tinha.
E então sim, surgiram oportunidades de golo em catadupla. E mais dois golos. E no fim um 4-1 mais que justificado, e aceitável face à diferença entre as duas equipas e à moral do jogo.