Cromos
Não deixa de ser curioso reparar como a direita portuguesa, primeiro timidamentemas mas já de "peito feito", passou a defender o recém eleito presidente americano.
No início, não se percebe se por pudor e por medo, Trump era o que é: era mau. Não que fosse aquilo que é - em boa verdade, a direita mais conservadora e radical não aprecia especialmente adjectivações como xenófobo, racista ou fascista - mas porque era ... um horror. Que coisa, credo...
Assim que foram conhecidos os resultados, e confirmada a tragédia, a direita deixou de ver "horror" na coisa e começou a ensaiar os primeiros saltos mortais do descaramento. O primeiro a chegar-se à frente foi justamente Passos Coelho.
Sem surpresa. Ele está na primeira lnha sempre que a causa passe por mandar os princípos para as ortigas . Ou por torcer a coluna vertebral!
Agora é ver como por aí corre, livre e desimpedida, a propaganda de Trump. Que dentro de pouco tempo substituirá Salazar na caderneta dos cromos que a direita portuguesa impinge ao imaginário popular: o que Portugal precisa é de um Trump...
Mai nada... o resto é conversa!