A Taça merece luxos destes...
A Taça tembém merece este Benfica. A Taça também merece este futebol!
Que fantástica exibição fez o Benfica!
O Marítimo não teve tempo para nada. Entrou como é costume entrarem os adversários do Benfica, com uma ideia de pressionar logo na primeira zona de construção, coisa que, como se sabe, é possível fazer enquanto há pernas e pulmão..Tem esse problema: não é possível fazer durante todo o tempo. Mas tem outro: se a equipa consegue ultrapassar essa zona de pressão fica logo em vantagem, porque os adversários ficaram para trás, e já sem condições de recuperar.
Foi o que aconteceu logo após a bola de saída. O Benfica saiu da pressão que o Marítimo montou, passando pela teia montada como cão por vinha vindimada, e fez logo o primeiro golo. E o Marítimo ficou ali, como quem fica a meio da ponte: sem saber muito bem se devia cumprir o plano de voo que trazia. Percebeu-se que o abandonou, não voltou a pressionar alto e aconchegou-se lá atrás, a ver jogar o Benfica.
E o que viu... E o que vimos... Que jogo!
A primeira parte foi absolutamente espectacular, com um futebol de ataque permanente, com soluções para todos os problemas, em jogadas a um ou dois toques, numa dinâmica verdadeiramente extraordinária. A ponto de, ao intervalo, apenas os números surpreenderem: três golos para tanto futebol era surpreendente. Tão surpreendente como as estatísticas de posse de bola: não dá para acreditar nos 72% apresentados. Pelo que víramos, não dava para acreditar em tudo o que fosse menos de 90% ...
A segunda parte, meso sem nunca ter baixado do exigível a uma grande exibição, não teve o mesmo nível. Mas teve o mesmo número de golos, que fizeram subir o resultado para a meia dúzia - todos de rara beleza, incluindo o quinto, de penalti -, o maior resultado da época. A condizer com a melhor exibição da temporada. E a deixar excelentes indicações para o que aí vem. Em especial para o que aí vem já na quarta-feira, na Turquia.