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Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Quinta Emenda

Tenho o direito de ficar calado. Mas não fico!

Caganer

Puigdemont, uma pedra no sapato belga

 

Pensava eu que não estaria a ser muito exigente quando ontem, a partir da fotografia publicada pelo Sr Puidgemont, aqui o imaginava aos empurrões a disputar o lugar para o seu rabo com o da Dª Soraya de Santamaria. Era o mínimo que se poderia esperar... Afinal o mínimo é de mais para esse senhor. Não está sequer ao nível dos mínimos e isso era exigir-lhe de mais!

Afinal o Sr Carles Puidgemont tinha apenas aproveitado para publicar uma fotografia que tinha lá no arquivo, e àquela hora já estava a caminho do exílio. Afinal, logo que o governo espanhol bateu o pé, Puidgemont meteu o rabinho entre as pernas e fugiu...

Nunca ninguém terá esperado muito deste fulano, mas também ninguém terá esperado tão pouco. A independência nunca é oferecida em bandeja. Como para participar nos Jogos Olímpicos, há uns mínimos para a independência... O primeiro é desde logo determinação de lutar por ela. Lutar nem sempre é vencer, mas é sempre digno. Perder sem lutar é cobardia.

Portugal foi sempre capaz de afirmar a sua independência porque sempre ousou lutar por ela. Provavelmente é por ter tantos Puidgemonts na sua História que os catalães estimam e admiram os portugueses...

 

PS: Para evitar conclusões mais apressadas, tão comuns nestas coisas, devo esclarecer que não quero dizer que a Catalunha deva ou não deva ser independente, acho que isso só aos catalães, e a mais ninguém, diz respeito. E muito menos que desejaria que estivessem de armas na mão a lutar por ela. Não é de nada disso que estou a falar. É de estatura, de dimensão humana, de causas, de elites, de liderança...

Empurrões

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Aí está a Catalunha no ponto. Provavelmente a esta hora o Sr Carles Puigdemont e a Dª Soraya de Santamaria disputam a mesma cadeira, dentro do mesmo gabinete. Empurrão daqui, empurrão dali, algum dos rabos acabará encaixado na cadeira. Sabe-se lá se não mesmo os dois...

Até pode acontecer que isto se repita todos os dias até 21 de Dezembro. 

A imagem é caricata, mas se calhar nem está muito longe do que seja a actual estratégia do governo de Madrid, acreditando que, nas condições actuais, as eleições marcadas para a data do solestício de inverno sejam um plebiscito à integridade do estado espanhol. 

Bem vistas as coisas, até se poderia dizer que seria a mais sensata das atitudes de Rajoy em todo este processo...

 

Já não há festa na Luz!

 Benfica-Feirense, 1-0 (crónica)

 

Começo pela Luz, pela Catedral. Comemorava o 14º aniversário, mas sem festa, que as coisas não estão para festas. E longe de estar cheia, como ainda há pouco sempre estava. Tudo se paga, e o que se está a passar no futebol do Benfica paga-se também na participação dos adeptos. Já não há colinho, já lá vai esse tempo...

Não há retoma nenhuma. Queríamos muito que houvesse, mas não há. Está tudo na mesma, só que cada vez mais incompreensivelmente. A mesma coisa: a equipa entra bem, procura o golo que invariavelmente alcança, e depois ... acaba. Acaba à meia hora, como no domingo passado, como acaba no primeiro minuto, como já aconteceu. Hoje acabou aos 10 minutos, por Jonas, como (quase) sempre!

É uma fatalidade. Até os adversários já sabem que é assim. Jogam fechados e sem qualquer ambição até sofrerem o golo, e soltam-se logo depois. Vêm para a frente, ganham bola, ganham livres, ganham cantos...

O Feirense até parecia que ansiava pelo golo do Benfica para poder sustentar os tais 50% de favoritismo que o seu treinador dera por garantido.

Nos 35 minutos que então teve pela frente na primeira parte, o Feirense não equilibou apenas o jogo. Foi claramente melhor. E continuou melhor na primeira meia hora da segunda, com dois bons remates, muito bem defendidos pelo miúdo que está na baliza do Benfica, que continuava sem futebol, sem intensidade, sem chama, e permitindo que os adversários chegassem sempre primeiro à bola. 

No último quarto de hora o Benfica voltou a superiorizar-se, criou até três ou quatro oportunidades. Mas até isso não deu para mais que reforçar a falta de qualidade e de confinaça que marca a equiipa, com finalizações escandalosas. E falando em finalização tem que se falar dos que estão e dos que não estão. Tem que falar de Mitroglou, e tem que dizer que Seferovic desapareceu, e já não existe. E que o Raul, enfim... E falando de jogadores tem que falar da insistência em Salvio, e de Zirvkovic na bancada. E do que Rui Vitória vê em Filipe Augusto que não vê em krovinovic ou mesmo em João Carvalho. Ou que não viu em André Horta...

Do mal, o menos. Ao ter conseguido voltar a pegar no jogo na parte final, para além do próprio peso das últimas imagens, o Benfica livrou-se - e livrou os adeptos - do pesadelo dos últimos minutos. Em boa verdade o espectro do empate não passou pela Luz no último quarto de hora.

 

 

 

 

 

O coiso*

Imagem relacionada

 

Não é a primeira vez, nem será certamente a última, que os grandes acontecimentos da semana são abafados por um coiso qualquer. Disse bem, não me enganei: um coiso qualquer, que não uma coisa qualquer.

Numa semana em que não faltaram grandes temas – não é todas as semanas que há uma moção de censura ao governo, que o governo espanhol dá uso ao tal artigo 155, seja lá isso o que for, ou, por muito que pareça que é, que o nosso Cristiano Ronaldo é consagrado como o melhor do mundo – a notícia é um coiso.  

Chamo-lhe coiso porque não encontro melhor palavra para me referir a um ser abominável que tem o poder de produzir coisas tão pérfidas como um conjunto de alarvidades desprezíveis para pretensamente sustentar uma abjecta decisão jurídica, verdadeiramente aberrante, que enoja o país e conspurca a Justiça portuguesa.

O coiso vive na Idade Média, mas administra a Justiça nas mais altas instâncias do edifício jurídico português do século XXI. A ponto de, da sua abjecta decisão, não haver possibilidade de recurso.

Mesmo que indignados, podemos compreender o caracter irreversível do aborto jurídico saído das entranhas do coiso. O que não podemos compreender é que ainda haja coisos destes. E o que não podemos aceitar é a impunidade da coisa.  

Não podemos aceitar que o Conselho Superior da Magistratura tenha sido tão rápido a anunciar que nada tinha para fazer. Não aceitamos, e afinal tinha. Valeu a pena a onda de indignação que atravessou o país. Tanto que já está anunciada a abertura de um inquérito disciplinar ao coiso.

O país aguarda impacientemente pelas suas conclusões. O país e a nova geração de magistrados que está a substituir este e tantos outros coisos. E que já faz da Justiça portuguesa – e esta é também uma notícia da semana – a mais eficaz da Europa no processo cível e a quinta mais eficaz no processo penal.

 

* Da minha crónica de hoje na Cister FM

Traquinices

Capa do Público

 

Dizem hoje os jornais que, quando o Presidente Marcelo fez, há uma semana, aquele discurso violento que encostou o governo às cordas, já este o teria informado da demissão da ministra e das medidas que iria anunciar no final da semana. 

É bem possíve que sim, Marcelo é, bem o sabemos, muito dado a estas travessuras. 

Na altura desse discurso, quando todo o país o aplaudia de pé, alguém transmitiu uma imagem que me pareceu muito feliz, dizendo que Marcelo dera chutos numa bola que já estava dentro da baliza e gritara golo. Confirma-se em absoluto a traquinice!

Mas Marcelo é Marcelo. E a Marcelo tudo se perdoa... Nunca nada passa de uma simples traquinice. De mais uma!

Falar disto...

Imagem relacionada

 

Ontem disse aqui que era preciso uma lata do diabo para o CDS e Cristas apresentarem uma moção de censura tendo por objecto os incêndios deste ano. Não que a quota parte de responsabilidade do governo nesta tragédia não fosse merecedora de censura. Porque foi. Apenas porque a do CDS, como partido de governo que tem sido, e a de Cristas, responsável pela total liberalização do eucalipto no anterior governo, não é menor. Bem pelo contrário!

Bem sei que a direita tem feito tudo para branquear o eucalipto, mas não há volta a dar: o eucalipto, sendo um inimigo da floresta e da agricultura em geral, e um aliado dos incêndios é, particularmente em Portugal, o grande responsável pelas piores consequências dos incêndios.

O eucalipto é uma espécie predominantemente cultivada na Nova Zelândia sob especiais cuidados de localização, num país com área geográfica e densidade populacional muito particulares. Que Portugal, geograficamente, mas também naquelas condições de dimensão e demografia, nas antípodas da Nova Zelândia, se  limitou a importar sem se importar com mais nada, tornando-se no país europeu com a mais alta taxa de eucaliptização, e no paraíso das celuloses.

Falar de eucaliptos, é falar disto. É falar de ignorância, e é falar de interesses. E não é possível falar disto sem falar de Cristas, por mais moções de censura que engendre para que se não fale justamente disto! 

Lata e censura

Imagem relacionada

 

Hoje é dia de moção de censura. É a 29ª do regime, e a sétima apresentada pelo CDS, que iguala o PCP na liderança desta tabela. Apenas uma atingiu as últimas consequências  - foi apresentada pelo PRD em Abril de 1987, contra o primeiro governo de Cavaco. Ironicamente, o governo caiu, mas Cavaco não. Ficou bem de pé, e por lá permaneceu para o resto da vida... O PRD, esse morreu, enterrado na própria sepultura que cavou!

É certo que houve uma outra - duas, melhor dizendo: uma do PS e outra do PC, em simultâneo - que provocou a queda do governo. Mas porque o governo (de Mota Pinto) se antecipou à censura, e apresentou a demissão. Estávamos em 1979, na altura dos governos de iniciativa presidencial (Ramalho Eanes), e às portas da AD de Sá Carneiro e Freitas do Amaral.

Nesta, de hoje, e como a maior parte das outras condenada ao fracasso, o que mais surpreende é a lata de Cristas e do CDS. É que se trata de matéria que envolve todo o arco da governação, onde PS, PSD e CDS repartem responsabilidades há mas de 40 anos, e onde sobressai com particular brilho Assunção Cristas, dona da pasta da floresta em mais de quatro dos últimos seis anos, e com inusitadas responsabilidades directas no aprofundamento da sua eucaliptalização.

Mas quem tem lata para dizer que enquanto foi ministra não aconteceu nenhuma tragédia destas, tem lata para tudo...

 

Haveria necessidade?

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Depois de ter contribuído decisivamente para empurrar a questão catalã para um beco sem saída, Mariano Rajoy decidiu lançar a bomba atómica sobre uma Catalunha encurralada. Já não tinha por onde fugir mas... da bomba atómica não há como fugir, mesmo que que haja por onde.

Optando sempre por respostas desproporcionadas, Mariano Rajoy incendiou a Catalunha. Convencido que quanto mais endurecesse a sua posição, quanto mais aproximasse a independência e os independentistas da humilhação, mais dividendos políticos retiraria, cego de oportunismo, Rajoy acabou por prestar um péssimo serviço à integridade da Espanha.

É indiscutível que alcançou uma grande vitória política. Mas é uma vitória de Pirro... Capturou o PSOE, com Pedro Sanchez completamente encostado à parede, e sem estatura nem coragem para de lá sair. Tudo correu mal para a Catalunha, sem que nada corresse bem para a Espanha... Agora sem alternativas, e mesmo com muito poucas escapatórias!

Cheira a retoma. Não estraguem!

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Não foi uma grande exibição, nem poderia ser, mas cheirou a retoma. O jogo do Benfica, hoje no mal tratado relvado da Vila das Aves, foi bem diferente dos do passado recente.

Entrou forte, mas isso também tinha acontecido na maioria dos jogos anteriores. A ponto de sempre ter marcado cedo. Talvez tenha aí começado a diferença: o Benfica não marcou cedo, e teve de continuar dominador. Quando o golo surgiu já os ponteiros do relógio roçavam a meia hora; a equipa já tinha de ter os motores aquecidos, e portanto com menos facilidade em engasgarem.

É certo que no perído final da primeira parte, durante cerca de 5 minutos, vieram-nos à memóra estes fatídicos últimos jogos. O Aves criou então duas boas oportunidades de golo, e o Benfica pareceu abanar. Valeu que o intervalo estava mesmo ali...

Rui Vitória manteve, não a equipa que na quarta-feira tinha perdido com o Manchester United, mas as apostas que então fizera. Desde logo os miúdos: Svilar na baliza, Rúben Dias, na defesa e Diogo Gonçalves, na frente. No Banco, quase dois anos depois, Pizzi, para o regresso de Jonas à equipa. E desta à dupla de pontas de lança, também com o regresso de Seferovic, um dos muitos jogadores com assinalável quebra de rendimento.

O Benfica tinha rematado muito na primeira parte. E só não rematou mais porque falhou bastante na finalização de muitas jogadas. Na segunda parte melhorou significativamente neste aspecto, com duas consequências directas: rematou ainda mais e o Quim defendeu ainda muito mais. E como defendeu!

Não sei se à meia dúzia seria mais barato, mas foi mesmo meia dúzia de golos que Quim evitou, com outras tantas defesas portentosas. Francamente: já não tem idade para aquilo!

Na segunda parte o Benfica chegou cedo ao segundo, e foi acentuando a sua superioridade no jogo. À entrada do último quarto de hora, em mais um período de 3 ou 4 minutos de algum desacerto, consentiu mais um golo parvo. É mesmo isso, um golo parvo, como tem sido tão frequente...

Não deu em nada de mais porque, logo a seguir, de penalti, Jonas repetiu e repôs a diferença. E estabeleceu o resultado final - porque o velho Quim continuou a fazer impossíveis, e porque ainda ficou mais um penalti por assinalar.

Termino como comecei: sem grandes alardes, nem razões para grandes optimismos, há um cheirinho a retoma. Não estraguem! 

Animalidade política*

Resultado de imagem para fotos que marcam os incêndios

 

A tragédia que voltou a abater-se sobre o país, no domingo e na segunda-feira passados, acrescentando mais 43 mortes às 64 ou 65 de Pedrogão, quatro meses antes, destruindo o que faltava destruir da nossa floresta, incluindo agora o nosso Pinhal do Rei, aperta-nos o coração, mas também nos enche de revolta e de vergonha.

E mudou a face do país. Literalmente, porque toda aquela vasta mancha verde é agora negra. Porque o verde da esperança que renascia, se transformou num negro profundo de incertezas e dúvidas. No tal tão anunciado diabo, que de repente virou do avesso a situação política do país. 

A dimensão da tragédia, pondo a nu fragilidades, se não desconhecidas pelo menos esquecidas, e confrontando os cidadãos com a incapacidade do Estado para os proteger, era já suficiente para romper com a confiança dos cidadãos no Estado e nas suas instituições. Que, como se sabe, é o mais forte cimento da estabilidade social e política. A forma desastrada como o primeiro-ministro (e deixemos de lado a já ex-Ministra e o Secretário de Estado da Administração Interna), lidou com a tragédia dinamitou completamente a sua relação com o país.

António Costa é invariavelmente apresentado como o mais hábil e experimentado líder político da actualidade. Percebemos hoje melhor o que isso quer dizer. Percebemos que corresponde a um estereótipo à medida do entendimento que nos querem impingir do que é a política.

A sua desastrada reacção - desastre que a intervenção do Presidente da República acelerou em progressão geométrica - foi o melhor exemplo disso mesmo. Afinal, a ideia que António Costa transmitiu foi que reduziu a dimensão da tragédia a uma maçada que atrapalhou o que estava a correr tão bem.

O que se seguiu não foi melhor. Na substituição da ministra finalmente demissionária, António Costa não procurou competência para a mais sensível e a mais destroçada pasta política do seu governo. Procurou amigos, e procurou lealdade!

Ora, isto é a animalidade da política em todo o seu esplendor!

 

* Da minha crónica de hoje na Cister FM

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