Zé Pedro
Está activa, a besta. Não pára, não dá descanso nem poupa ninguém...
Nem dá para recompôr. São uns atrás dos outros. Agora foi o Zé Pedro. Que também não merecia partir tão cedo.
Que merda!
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Está activa, a besta. Não pára, não dá descanso nem poupa ninguém...
Nem dá para recompôr. São uns atrás dos outros. Agora foi o Zé Pedro. Que também não merecia partir tão cedo.
Que merda!
Não terá sido apenas por ter criado o maior grupo económico do pós 25 de Abril, que chegou a representar 4% do PIB, e esteve representado em 70 países, que Belmiro de Azevedo terá de ser o maior, e o melhor, dos empresários portugueses. Belmiro de Azevedo fez escola, foi referência na gestão empresarial, e marcou um estilo único em Portugal, um país habituado a viver de e para o Estado, mesmo que declare sempre o contrário.
Belmiro de Azevedo foi ousado, frontal e inovador. E foi disso que precisou para ter sido quem foi, e para se tornar no exemplo de que "se pode enriquecer de forma honesta", como ele próprio afirmou.
Não precisou de bajular a classe política, que sempre colocou no devido lugar, por sinal um lugar a que não devia grande respeito. Criticou-a com dureza, usando às vezes até de um certo populismo. Não poupou nem vacas sagradas, como Marcelo, Guterres ou Cavaco, nem plásticos como Sócrates, Passos Coelho ou Marques Mendes, de quem um dia disse que nem para porteiro da Sonae servia...
Mais do que na sua própria relevância, Assunção Cristas acredita na irrelevância da próxima liderança do PSD. E acredita mesmo que é a rã que pode vir a alcançar o tamanho do boi...
O segundo aniversário do governo ficará certamente como um marco n a legislatura, mas também, mais que na geringonça, no futuro da solução governativa que representa. E não é pela controversa comemoração, em Aveiro.
É provável que aprovação do terceiro orçamento deste governo, que poderia querer dizer que a geringonça continua a funcionar e imune ao próprio desgaste de que o governo vem dando sinais, tenha trazido a resposta quanto ao futuro do entendimento da esquerda. E a resposta é - tudo o indica - que a actual solução dificilmente se repetirá.
A sustentar esta opinião está justamente o rompimento do PS com o compromisso assumido com o Bloco a propósito das rendas na energia. Não tanto pela facada, pela falta à palavra, como salientou com todas as letras a deputada Mariana Mortágua, porque não é raro que essas coisas se perdoem. Uma facadinha aqui, um amuo ali, fazem parte das relações.
Não é bonito, mas não é o problema. O problema é que António Costa e o PS fizeram, nesta matéria, o mesmo que Passos Coelho e o PSD e o CDS tinham feito à troika, quando fizeram ouvidos de mercador à recomendação de rever as rendas excessivas da EDP.
Na altura, Passos Coelho preferiu cortar salários e pensões e optar pelo aumento colossal de impostos a afrontar a EDP, em circunstâncias que levaram até à demissão do Secretário de Estado da tutela. Agora, António Costa prefere pôr em causa as condições da governação do país a tocar nos previlégios da EDP.
Antes, Passos, como agora, Costa, do mesmo lado. Antes, como agora, primeiros ministros de governos legítimos da República. Numa semana em que António Costa voltou a proclamar a sua total incompatibilidade com Passos, manifestando a esperança que possa ter com a próxima liderança do PSD a possibilidade de diálogo que nunca existiu com a actual, é legítimo perguntar: que interesses são os da EDP, que empresa é esta que, ao que se vê, consegue unir o que não há interesse nacional que una?
O problema é que, num regime capturado pelos interesses, António Costa mostrou de que lado está. Do lado em que invariavelmente têm todos estado. E isto tem que dar em rotura - não rompendo com o passado, rompe-se inapelavelmente com o futuro!
O preço do pão vai aumentar 20%. Não se percebem agravamentos de 20% nos preços em tempos de taxas de inflação de1%, mas... Sei lá, podia ser da seca. Com a seca, os preços dos cereais poderiam ter disparado. Ou com os furacões na América. Ou com o embargo à Rússia. Ou até com o diabo. Mas não, os industriais explicam-no com o aumento do salário mínimo. E justificam-no com uma ameaça: ou aumenta o preço ou aumenta o desemprego.
Podem ter todas as razões para aumentar o preço do pão em 20%. Mas expliquem-nas. Se quiserem. Se não se quiserem dar a esse trabalho, pelo menos não digam disparates.
Ninguém certamente esperaria que o Benfica voltasse hoje às grandes exibições e às goleadas das antigas. Mas, como se diz em futebolês, "o futebol é isto mesmo".
Isto, hoje, foi isto mesmo. Foi a habitual entrada forte, e o habitual golo madrugador, desta vez por Luisão. O que não é muito habitual. Também fugiu do habitual que a equipa se mativesse ligada ao jogo depois do primeiro golo. Nem sempre jogando bem, é certo, Mas ligada.
O segundo golo, o golo 100 de Jonas pelo Benfica, também na sequência de um dos muitos cantos de que a equipa usufruiu, libertou finalmente os jogadores. E, libertos, foram outros. Ou melhor, passaram a ser o que já foram num passado não muito distante.
A segunda parte teve períodos de grande brilhantismo, que já na primeira se tinham começado a desenhar. Logo a abrir, uma grande jogada de futebol. Não deu golo. Mas deu outra, logo no minuto seguinte. Como deram, e não deram, outras que se sucederam a um ritmo impressionante.
Nunca se poderá dizer que a expulsão de lateral esquerdo do Vitória de Setúbal, no final da primeira parte, - com um primeiro amarelo por protestar uma falta que de facto não tinha cometido, e um segundo "arrancado" pelo Luisão, e nessa medida porventura mal expulso - não teve qualquer influência no que foi o jogo. Mas também não se poderá dizer o contrário. O contra factual nunca se pode provar.
Por isso, o que fica, e sem mácula, é uma bela exibição do Benfica. Com seis golos, que poderiam ter sido muitos mais. E disso, não estávamos à espera. E as boas coisas sabem muito melhor quando surgem de surpresa!
Ver o jovem Luisão a jogar assim, ver Pizzi e Grimaldo de regresso, ou confirmar que Zivkovic continua com tudo no sítio, sabe muito bem. Ver que Varela se manteve na equipa, sabe bem quando testamos o paladar da liderança e de gestão do grupo. E ver tudo isto, e esta exibição individual e colectiva do Benfica, sabe muito bem nesta altura do campeonato, a cinco dias da visita ao Dragão.
É verdade. Tenho a boca doce. E não é só por ter abusado dos melhores doces do mundo, que por aqui têm andado nestes útimos dias...
Há gente que sabe que só consegue sair da sua irrelevância pela porta do disparate. Estão mesmo convencidos que, quanto mais aberrante for a alarvidade, mais engalanada fica essa porta de saída. São sempre os mesmos, mas um há que é sempre mais o mesmo.
Mas, ir a botar palavra aos jotinhas populares para declarar Portas o melhor ministro da defesa que o país conheceu, juntar a essa declaração orgulho no negócio dos subamarinos, à conta do qual há gente presa em todo o lado menos neste cantinho cheio de gente desta, só o torna ainda mais irrelevante. Para não utilizar outro (des)qualificativo...
A vida continua a pregar-nos partidas. E cheia de injustiças. Morreu Pedro Rolo Duarte, para além de tudo, também um de nós.
Não é justo!
Embora há muito no centro do debate político, a austeridade regressou esta semana em força aos jornais e às televisões. O debate já leva dois anos: a esquerda diz que acabou com a austeridade, o primeiro-ministro utilizava a expressão “virar a página da austeridade”; a oposição sempre teimou que não, que o governo segue uma austeridade encapotada.
Quando, no tema central desta semana – o descongelamento das carreiras -, o primeiro-ministro veio dizer aos professores que não há dinheiro, a oposição fez uma festa: ali estava a confirmação!
Mas afinal o que é a austeridade?
Austeridade serve para adjectivar um comportamento severo aplicado a costumes e a modos de vida, e gira à volta de ideias de rigor e disciplina e, algumas vezes, de penitência.
Em democracia, a política de austeridade deve referir-se a comportamentos de âmbito económico. Apenas deve tocar em costumes e modos de vida na exclusiva medida em que traduzam efeitos económicos.
Por isso a política de austeridade não tem que ter nada a ver com penitência. Mas tem que ter tudo a ver, e isso não tem mal nenhum, com rigor e controlo nos gastos. E tendo a ver com isso tem a ver com opções e escolhas nos gastos.
Não tendo nada a ver com penitência ou punição, e tendo tudo a ver com rigor e disciplina no controlo da despesa, a austeridade não é o diabo que pintam.
O diabo está na austeridade punitiva como foi apresentada pelo governo anterior e por toda a sua entourage política. A política de austeridade que implementou, até com a vontade expressa de ir para além da troika, não era mais que o justo castigo para os desvarios e pela irresponsabilidade dos portugueses. E o diabo ainda está no objecto da punição, em quem é punido e quem é premiado.
O actual governo, para salvar os portugueses dessa punição, só tinha que declarar morte à austeridade – a essa austeridade punitiva. Tinha que virar essa página. Podia ter outro discurso?
Como dizia um anúncio publicitário: Podia, mas não era a mesma coisa!
Entretanto, enquanto tudo faz para contrariar a ideia que o governo acabou com a austeridade, a oposição refere-se agora ao governo anterior não como o seu próprio governo, mas como o governo da troika. Com o qual já não quer ter nada a ver…
Pois. O que por aí está em debate não é a austeridade, mas o habitual fait divers da nossa (baixa) política!
* Da minha crónica de hoje na Cister FM
Aí estão de novo, pela décima nona vez, os doces conventuais. No sítio do costume... Na capital do doce. Daqui não saem, daqui ninguém os tira.
Deixem-se lá de black friday. Tenham juízo e passem por aqui.
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